O Mediated Matter Group, baseado no MIT, criou a Fiberbots, uma plataforma de fabricação digital autônoma projetada para construir rapidamente arquiteturas após um desastre natural. Utilizando a manufatura robótica cooperativa, Fiberbots pode criar estruturas altamente sofisticadas. Os pequenos robôs trabalham em conjunto para tecer o filamento de fibra de vidro e criar estruturas tubulares de alta resistência. Pesquisadores do MIT prevêem a construção dos robôs para ambientes extremos e zonas de desastres naturais.
Fiberbots foi projetado como uma plataforma que pode permitir o design e a fabricação digital de estruturas de larga escala com alta resolução espacial. Aproveitando os nós de fabricação móvel, ou "agentes" robóticos, Fiberbots foi projetado para ajustar a composição do material da estrutura que está sendo construída em tempo real, conforme informado pelo ambiente. Essas estruturas podem ser construídas em paralelo e entrelaçadas para criar rapidamente estruturas arquitetônicas. Os robôs são móveis e usam o feedback do sensor para controlar o comprimento e a curvatura de cada tubo individual de acordo com os caminhos determinados por um protocolo de projeto personalizado, com base em informações ambientais e baseado em floculação.
Um time de 16 robôs foi criado no MIT, juntamente com um sistema de design para controlá-los. Estes foram desenvolvidos internamente e implantados para criar autonomamente uma estrutura de 4,5 metros de altura. A estrutura permaneceu no exterior e intacta durante os meses de inverno de Massachusetts, demonstrando o potencial dessa tecnologia capacitadora para futuros sistemas robóticos colaborativos de criar projetos em ambientes remotos e de climas severos. Fiberbots utiliza uma abordagem de enxame na fabricação para transformar a construção digital fabricando digitalmente materiais estruturais; gerando produtos e objetos maiores que seu tamanho de pórtico; apoiando a construção, oferecendo novos processos de fabricação, como tecelagem robótica e impressão de forma livre. Com a detecção e atuação de enxames, os sistemas podem se tornar mais responsivos e adaptáveis às condições ambientais.
Como afirma o MIT, a pesquisa busca partir de métodos de fabricação uniaxial e desenvolver unidades de fabricação capazes de ser altamente comunicativas ao mesmo tempo em que depositam materiais multifuncionais sob medida. O MIT pretende demonstrar que sua estrutura de pesquisa é aplicável em várias escalas: da microescala à escala do produto e, unicamente, à escala arquitetônica. Cada Fiberbot consiste em um braço sinuoso e uma base motorizada. O braço é conectado a um tanque no solo que contém fibra e resina. Os robôsbots desenham do tanque com o braço sinuoso para misturá-lo em seu bocal, criando um filamento que é girado pelo braço em volta do corpo do Fiberbot. O robô então usa uma luz ultravioleta que solidifica o filamento de fibra de vidro. Depois disso, usa um pequeno motor elétrico que se move com pequenas rodas para continuar construindo.
O projeto FIBERBOTS foi desenvolvido pelo grupo The Mediated Matter no MIT Media Lab. Os pesquisadores incluem: Markus Kayser, Levi Cai, Christoph Bader, Sara Falcone, Nassia Inglessis, Barrak Darweesh, João Costa e a Profa. Neri Oxman (Diretora Fundadora).