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Arquitetos: unparelld’arquitectes
- Área: 113 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:José Hevia, Roger Serrat-Calvó
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Fabricantes: Modern Masters, Rajoleria Llensa, Rixaab
Descrição enviada pela equipe de projeto. Can Sau estava localizada no centro histórico de Olot, onde demolições não são incomuns. Como metade da casa foi afetada pelo novo alinhamento da via, ela foi demolida, deixando um vazio urbano presidido por uma empena e quatro contrafortes escalonados na lateral da Igreja matriz. Por diferentes razões, as mesmas consequências: lotes abandonados, perda de urbanidade, desconfiguração da rua, destruição da paisagem comum.
Mediante a solicitação de um projeto de pavimentação e um contrato em andamento para um sistema de impermeabilização da empena feito em chapas metálicas, o pedido é, portanto, reformulado. Torna-se urgente alocar recursos no plano vertical para dotar o espaço de urbanidade, além de garantir o selamento da empena em questão. Na cidade compacta, as fachadas assumem a responsabilidade de dar forma e caráter às ruas.
Com tijolos ocos, é construída uma cenografia de emergência que completa o que os contrafortes sugerem, revelando ao fundo os traços de atividade doméstica marcados na empena. Uma construção de três abóbadas e quatro nichos é oferecida ao espaço público como uma fachada porosa, acompanhada por uma pequena arquibancada. É uma estrutura inacabada e apropriada. O artista visual Quim Domene intervém a posteriori nos nichos, com elementos que fazem alusão à história do bairro.
A igreja Tura, confinada entre ruas estreitas, agora ganha um espaço público, onde a porta murada do antigo templo do século XV preside.