HOSPITAL CLÍNICO DE PREVENÇÃO DE RISCOS
Configuração
O partido geral buscou concentrar o programa clínico no volume existente e dispor dois volumes novos com o programa público nas faces norte e sul do terreno. O volume norte em frente a alameda com seis pavimentos e contém a área administrativa e de consulta, enquanto o volume sul de três pisos abriga o programa de reabilitação. Estes dois volumes novos são conectados ao edifício existente através de um quarto volume que constitui o hall público de pé direito duplo que ordena a distribuição em torno a um pátio interior.
Impacto urbano: Uma nova fachada na Alameda
O terreno do projeto está localizado no lado sul da Alameda para aproveitar a localização do terreno do Hospital de Prevenção de Riscos assim fortalecendo sua imagem institucional. Tal operação se realiza fornecendo o volume principal da ampliação de seis níveis paralelo à Alameda construindo uma fachada de 98 metros de largura e 27 metros de altura. Deste modo, a nova Clínica se une à tradição de outros projetos que aproveitam a presença desta avenida que atua como eixo orientador dentro de Santiago. Desta maneira, o esforço esteve concentrado na definição das proporções da fachada por meio da definição clássica de um partido, desenvolvimento e coroamento. O partido foi desenvolvido através de uma escada de 60 metros de frente e 2,8 metros de altura e uma fachada revestida por pré-fabricados de concreto. O desenvolvimento está definido por uma parede cortina modulada à 1/10 de luz de estrutura e da impressão em tela à 1/20 a mesma distância, de modo que controle as vistas do exterior respeita o programa médico, deixando o coroamento definido por uma esbelta cobertura metálica.
Programa
O projeto se desenvolve através de 53000 m² que contém 121 leitos, 10 enfermarias cirúrgicas, 24 boxes de emergência e 600 vagas de estacionamento em 25000m².
Estrutura
A definição da estrutura enfrentou o problema de resolver um programa altamente especializado que requer uma grande quantidade de instalações e por outro problema, pois o projeto trata de uma ampliação onde deve ser resolvida e combinada a definição de níveis e prumos junto com a continuidade dos corredores. Tais pontos se resolveram considerando uma estrutura de pilares e capitéis distanciados a 7,5m e lajes pós-tensionadas de modo que facilitasse o traçado das instalações e mudanças na distribuição dos recintos.
CLÍNICA BICENTENÁRIO
Configuração
Sua configuração está definida por dois volumes: um horizontal de 120 metros de largura e 8 pavimentos de altura que contém dois programas clínicos, e outro vertical de 20 pavimentos que abriga o programa de consultórios. Estes volumes são conectados por um hall público de pé direito duplo que percorre o volume clínico e distribui aos diferentes serviços.
A localização destes volumes no terreno contempla duas operações: A primeira operação é a constituição da clínica como um marco urbano no contexto da Estação Central através da localização da torre de 20 pavimentos para a alameda em conjunto com uma praça de acesso pública de escala urbana. A segunda operação é a orientação do edifício horizontal de maneira perpendicular à alameda, cujo hall percorre a extensão longitudinal do terreno desde a praça de acesso até o fundo e dividi-se no setor de serviços clínicos, localizado para o leste, do parque público que se localiza ao oeste.
Programa
Conta com um total de 62600m² construídos na primeira etapa (90000 na segunda etapa) e dispõe de 208 leitos, incluindo camas para estados críticos (UTI, UCI e Coronário), 16 pavilhões cirúrgicos (gerais e de Gineco-Obstetrícia), 40 boxes de consultas médicas de especialidades (Torre de Consultas), 28 salas de procedimentos diagnósticos e terapêuticos, 16 boxes para o serviço de emergência de adultos, pediátrico e gineco-obstétrico e serviços de apoio como radiologia e laboratório clínico.
Estrutura
A elaboração dum edifício clínico a partir do zero supõe um alto grau de liberdade que obriga uma correta administração e coordenação da estrutura, instalações e recintos. Desta perspectiva foi considerado um desenho estrutural que permitisse a máxima flexibilidade possível, optando por um sistema de concreto armado que combina núcleos duros, lajes pós-tensionadas e capitéis no lugar de vigas, de modo que libera o teto para um traçado flexível de redes e instalações. Devido à envergadura do projeto tanto em altura como em extensão, cujo conjunto reúne a torre, o edifício clínico e o volume que os conecta, dividiu a construção em 6 edifícios estruturais, onde o volume horizontal foi dividido em quatro partes.
Fachada
O fechamento e fachadas do edifício tiveram como ponto de partida por definição do cliente um envelope de vidro, de parede cortina transparente em sua totalidade. Através dum estúdio foi reconhecida a incidência na geração dentro dos recintos expostos, o que obrigou a repensar a fachada através da necessidade de possuir ao menos uma superfície 30% opaca. Finalmente foi definido o desenho que libera 50% de transparência através dum sistema que combina módulos de vidros transparentes com outros que contém partições no interior do módulo de parede cortina e que contempla pelo exterior o vidro ceramizado.
Paisagem
Os espaços verdes do projeto se dão conta pela preexistência do parque situado ao oeste do terreno que ocupa uma área de 20% do prédio. Durante o processo de construção se mantiveram espécies que foram conservadas dentro de um viveiro. Este espaço verde se situa como um parque interior que permite se distanciar do prédio contíguo e gerar um espaço de descanso rodeado da maioria dos espaços públicos da clínica, como o hall, cassino, café, auditório e oratório.