Calçada de Copacabana. Foto: Donatas Dabravolskas, CC BY-SA 4.0 , via Wikimedia Commons
Um dos maiores símbolos cariocas, a calçada de Copacabana é um marco na deslumbrante paisagem do Rio de Janeiro. O que nem todos sabem é que sua história (e desenho) precede a intervenção de Roberto Burle Marx na década de 1970. A origem do desenho é, assim como suas pedras, portuguesa.
Ópera de Paris, de Charles Garnier. Foto de Francesco Zivoli, via Unsplash
Existem estilos arquitetônicos mal-quistos no decorrer histórico. Em geral, o apogeu de um movimento significa o ocaso de outro. Com o passar do tempo, pode ser que a situação se inverta, como no caso do pós-modernismo, que divide opiniões desde seu surgimento, mas que experimentou um revival nas primeiras décadas dos anos 2000 (ou talvez não). O distanciamento temporal contribui para a revisão da relevância de certos estilos, e avaliação de suas qualidades – ou problemas.
Floresta Cidade é um programa de extensão, pesquisa e ensino da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, iniciado em 2020 e coordenado pela professora Iazana Guizzo. Ao versar sobre a vida urbana carioca através das questões do antropoceno e do deslocamento da perspectiva antropocêntrica, objetiva-se a troca de saberes em torno do habitar na metrópole. A transdisciplinaridade com diversos campos do conhecimento e com sensibilidades conectadas à floresta, historicamente silenciadas, formam o caminho para deslocar o modo habitual de pensar.
Transescalar é uma palavra interessante. Ela pode significar a passagem de uma escala para outra, isto é, um deslocamento de grandezas, como também a negação da própria escala, a recusa em aceitar seus próprios limites físicos. É também o termo que Pedro Varella usa para descrever a prática do gru.a (grupo de arquitetos), escritório com sede no Rio de Janeiro do qual é sócio juntamente com Caio Calafate. Apoiado num tripé formado por projeto, ensino e pesquisa, o gru.a realizou um conjunto relevante de obras que lhe rendeu reconhecimento dentro e fora do Brasil em pouco mais de dez anos de trabalho.
Nomeado ao Mies Crown Hall Americas Prize (MCHAP) 2022 e ao DÉBUT da Trienal de Lisboa 2019, o gru.a também tem no portfólio dois troféus de primeiro lugar no Prêmio Arquitetura Tomie Ohtake AkzoNobel (2015 e 2019), além de premiações em concursos de projeto. Mais recentemente, em 2022, integrou a lista de melhores Novas Práticas do ArchDaily por um trabalho baseado na economia de recursos que tensiona os limites do campo convencional da arquitetura e reivindica a esta a possibilidade de ser lida como arte.
Será inaugurada no dia 22 de março, no Paço Imperial do Rio de Janeiro, a exposição Souto de Moura – Memória, Projectos, Obras, um recorte da mostra realizada em 2019 na Casa da Arquitectura em Matosinhos, Porto, (Portugal) dedicada ao arquiteto Eduardo Souto de Moura. Prêmio Pritzker de Arquitetura de 2011 e Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza em 2018, Souto de Moura é um dos mais importantes arquitetos portugueses da atualidade.
Nara Roesler Rio de Janeiro tem o prazer de inaugurar sua temporada de 2023 com a exposição “Córte”, da celebrada artista Lucia Koch, a partir de 16 de março de 2023. Serão apresentadas obras inéditas da série “Fundos”, uma das mais emblemáticas de sua produção, em que fotografa interiores de embalagens vazias usadas para acondicionar os mais diversos produtos, e que, ao serem ampliadas para a escala humana, se transformam em espaços arquitetônicos que interagem com o percurso da exposição, criando para o público perspectivas surpreendentes.
As obras de “Córte” foram criadas especialmente para o espaço da Nara Roesler Rio de
Como ressignificar espaços públicos degradados? Cores vibrantes, um traçado geométrico e a ajuda comunitária. Ao menos esta poderia ser a resposta do artista carioca Antonio Ton. Inspirado pelas trocas que encontra na rua e a partir de um diálogo com as comunidades locais, suas obras vão além de revitalizar quadras esportivas e pistas de skate. Ton nos demonstra como a arte favorece a construção de um lugar de encontro e lazer. Conversamos com ele para entender como acontece todo o seu processo artístico e quais resultados suas pinturas oferecem.
Para arquitetos e urbanistas, o mais difícil no processo de desenvolvimento das cidades talvez seja lidar com as estratégias políticas utilizadas em temas que, para nós, seriam somente uma questão de planejamento urbano. No passado, tínhamos em nosso imaginário que as cidades eram criadas e transformadas somente com o desenho do arquiteto, mesmo tendo certeza que sempre existiram diversas forças atuando sobre isso. No caso de Inhoaíba, localizada na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, infelizmente, as forças externas aos arquitetos e urbanistas estão muito mais presentes do que gostaríamos, o que me levou a escrever este texto.
É a primeira lei em todo o estado do Rio de Janeiro que garante a gratuidade no transporte para esta população. Foto: Bruno Campos
Macaé, município do Rio de Janeiro com mais de 266 mil habitantes, acaba de incluir moradores em situação de rua ao direito à gratuidade no transporte público. O acesso gratuito já era garantido a pessoas com mais de 60 anos e/ou com deficiência e agora passa a beneficiar a população vulnerável da cidade.
Aprovada por unanimidade durante sessão na Câmara de vereadores de Macaé, a medida foi apresentada pela vereadora Iza Vicente (Rede) e atende a um pedido da Defensoria Pública do Rio de Janeiro. É a primeira lei em todo o estado do Rio de Janeiro que garante a gratuidade no transporte para esta população.