Ao organizar os elementos, materiais e cores de um layout arquitetônico, os arquitetos podem guiar com sucesso os usuários através de uma sala e seus diferentes espaços, criando um fluxo intuitivo e adequado para aqueles que a habitam. Ao explorar estratégias inovadoras para criar novas maneiras de organizar um espaço, a arquitetura pode usar a cor para intensificar certos aspectos de um projeto. O uso da cor em um projeto de arquitetura combina diferentes fatores além das preferências estéticas, afetando também as emoções e o comportamento do usuário. Antes de iniciar a seleção de cores, o processo de design implica certa tomada de decisão, como quais elementos arquitetônicos devem ser destacados, se houver uma zonificação ou divisão de espaços dentro do uso de cores, a criação de pontos focais e a consideração de como cada cor está associada a um determinado humor.
Através de cinco projetos de arquitetura, o artigo a seguir analisa como a cor é aplicada como uma estratégia de design para definir espaços através de três categorias: estrutura, elementos e objetos e definição de espaços.
'Incluir a cor em certos lugares tem o grande valor de fazer os contornos e os planos estruturais parecem mais enérgicos' - Antoni Gaudi
Os materiais de construção mais primitivos do mundo estão sendo usados para criar os edifícios mais avançados. À luz das crises ambientais, os arquitetos estão concentrando seus esforços em projetar ambientes melhores para as pessoas e o planeta. Os resultados podem muitas vezes parecer “greenwashing”, deixando de abordar a raiz do dano ecológico. A arquitetura ambientalmente responsável deve ter como objetivo não reverter os efeitos da crise ecológica, mas instigar uma revolução nos edifícios e na forma como os habitamos. Ensaios do livro The Art of Earth Architecture: Past, Present, Future preveem uma mudança que será um salto filosófico, moral, tecnológico e político para um futuro de resiliência ambiental.
De smartphones a foguetes espaciais e carros autônomos, o poder da tecnologia nesta era digital moderna é enorme (e praticamente ilimitado). Isso impactou todos os aspectos de nossas vidas e continuará a abrir possibilidades que hoje não podemos nem vislumbrar. Quando aplicada de maneira social e ambientalmente responsável, a tecnologia tem o poder de melhorar a produtividade, a comunicação e a sustentabilidade, permitindo que as comunidades globais funcionem com eficiência, atendendo às necessidades cotidianas das pessoas e melhorando sua qualidade de vida. Simplificando, a boa tecnologia serve para a humanidade. E, assim como as indústrias de saúde ou manufatura aproveitaram isso, o mundo da arquitetura, design e construção não pode ficar para trás.
NASA Sustainability Base / William McDonough + Partners and AECOM. Courtesy of William McDonough + Partners
O termo “cradle to cradle” foi cunhado pelo arquiteto estadunidense William McDonough e pelo engenheiro químico alemão Michael Braungart em seu livro-manifesto Cradle to Cradle: Remaking the Way We Make Things, lançado em 2002. Trata-se de uma teoria que não é meramente arquitetônica, mas se aplica em qualquer produto, promovendo uma abordagem biológica à fabricação na qual os componentes são considerados nutrientes em um “metabolismo saudável”.
Refletindo sobre como serão os materiais do futuro, falaremos de um material que está em alta em Barcelona e que talvez nos leve a responder essa questão sugerindo que, como sempre acontece, tudo volta.
Os ladrilhos hidráulicos há alguns anos voltaram a ser tendência, despertando interesse pelo seu alto valor artesanal e pelos seus diversos desenhos, perfeitos para combinar ambientes tradicionais com detalhes de vanguarda.
Estantes têm uma função clara: organizar, armazenar e expor. Esse papel simples, mas vital, tornou-as uma obrigação em todos os lares, mantendo o local arrumado armazenando livros, roupas, brinquedos ou quaisquer outros itens que, de outra forma, seriam espalhados pelo chão. Embora geralmente encontradas em armários, quartos, banheiros e cozinhas, as prateleiras são úteis onde quer que o armazenamento extra seja necessário. São especialmente ideais para tirar o máximo proveito das salas pequenas, o que sempre se beneficiará de ter espaço mais limpo e sem desordem. Respondendo a essa necessidade crucial de armazenamento e, seguindo uma abordagem rigorosa de 'forma segue a função', as estantes tradicionais são frequentemente compostas por planos horizontais mínimos e planos presos a uma parede - um layout simples que não se destina particularmente a chamar a atenção. Portanto, as pessoas não tendem a pensar em estantes além do armazenamento e, nesse sentido, as inúmeras possibilidades de design que eles oferecem são frequentemente negligenciadas.
A relação da arquitetura com a natureza é complexa. Se, por um lado, buscamos paisagens naturais para emoldurar, por outro, tentamos a todo custo evitar patologias causadas pela presença de raízes e folhas em nossas paredes e estruturas. Ao mesmo tempo que lançamos mão de tetos verdes, jardins verticais e floreiras para aproximar as cidades da vegetação e melhorar o conforto das pessoas, nos conformamos em construir edifícios com materiais completamente dissociados da fauna e flora. Ainda que a revolução com os biomateriais e novas tecnologias esteja mudando isso aos poucos, devemos nos perguntar se as estruturas e edifícios precisam necessariamente estar separados da natureza em que se apoiam. Foi essa dúvida que motivou os pesquisadores da Universidade da Virginia (UVA) a desenvolverem estruturas geometricamente complexas impressas em 3D feitas de solo, onde as plantas pudessem crescer livremente.
Considerando o tempo, a energia e o impacto ambiental de um processo de construção, a arquitetura deve explorar diferentes metodologias que funcionam com o ambiente construído existente. Por exemplo: Como dar vida a um edifício esquecido? A reutilização adaptativa oferece novas oportunidades a edifícios abandonados, seguindo a ideia de que a boa arquitetura deve ser durável, inovadora e reciclável.
Os arquitetos não devem projetar apenas para o presente, mas também devem pensar em como adaptar os edifícios para o futuro. Em vista da situação atual do mundo em relação à crise climática e aos recursos naturais disponíveis, a reutilização adaptativa explora estratégias para a sustentabilidade e a inovação projetual, trabalhando para reduzir o consumo de energia, com menos emissão de carbono e impacto social positivo.
A história e a formação cultural das Filipinas estão refletidas na paisagem construída por todo o país, com suas estruturas e habitações que expressam várias influências das nações que ocupavam as ilhas.
Quando falamos sobre arquitetura e habitações filipinas, de modo geral, podemos pensar na primeira casa filipina conhecida: Bahay Kubo. A Bahay Kubo é uma pequena cabana composta por nipa, bambu e outros materiais regionais. Comumente, muitas pessoas ainda optam por adotar este tipo de habitação, que se modernizou com o passar do tempo e permanece como conceito em casas contemporâneas.
Unindo novas e velhas técnicas construtivas, os pesquisadores do Instituto de Arquitetura Avançada da Catalunha (IAAC) ergueram uma pequena estrutura de terra com impressão 3D. É o primeiro projeto do tipo realizado na Espanha.
“Trata-se de um protótipo que representa a ponte entre o passado – arquitetura vernacular de barro – e o futuro – tecnologia de impressão 3D em larga escala – que não só servirá para mudar a arquitetura do futuro, mas também será muito útil para enfrentar o clima atual e a crise habitacional em todo o mundo”, afirma o Instituto.
Hoje em dia, bem-estar é uma palavra comumente usada no design e em outras áreas. Mas o que isso realmente significa? De acordo com o National Wellness Institute, o conceito é definido como "um processo ativo pelo qual as pessoas tomam conhecimento e fazem escolhas para uma existência mais bem-sucedida". Isso pode ser visto de diferentes perspectivas, como fatores ambientais, intelectuais, espirituais e físicos. Embora esses elementos possam ser integrados separadamente na vida de alguém, eles também podem se complementar e trabalhar juntos. Por exemplo, o exercício não apenas fornece benefícios físicos, mas contribui para o bem-estar emocional também.
Usado por artesãos em todo o mundo por milhares de anos, o vidro colorido é uma das formas de arte mais antigas. Suas origens datam do século VII, quando janelas coloridas começaram a adornar igrejas, catedrais e conventos - geralmente representando símbolos religiosos e histórias bíblicas. Eles se expandiram para mesquitas e palácios islâmicos durante o século VIII, e na Idade Média podiam ser encontrados em inúmeras igrejas em toda a Europa. Intrincados trabalhos em vidro atingiram o esplendor máximo nos edifícios monumentais do período gótico, resultando em vitrais gigantes e elaboradas com figuras, padrões e geometrias extremamente complexas. No entanto, hoje em dia isso já não é exclusivamente reservado para locais de culto proeminentes ou estruturas antigas. De mãos dadas a métodos inovadores de produção e novas tecnologias, o vidro colorido retornou na arquitetura contemporânea, embelezando edifícios com seus toques ousados e animados.
O Centro Brasileiro da Construção em Aço divulgou os vencedores do 15º Concurso CBCA para Estudantes de Arquitetura. Com abrangência nacional, as equipes foram desafiadas a abordar o tema “Indústria, Inovação e Infraestrutura”.
Ao desenvolver um projeto, um arquiteto precisa lidar com inúmeras decisões: o edifício corresponde ao que o cliente demandou? A mão de obra contratada poderá construí-lo sem problemas? Os custos estão dentro do esperado? O projeto apresenta uma boa interface com o seu contexto? De que forma ele perdurará com o tempo? Para tal, o profissional deve equilibrar diversas questões que terão influência entre si e que alterarão diretamente o produto final. Dentre estas, os materiais e as técnicas construtivas escolhidas tem papel primordial, já que são os elementos que materializam os anseios dos projetistas e podem influenciar em fatores como a possibilidade de acesso, ou no impacto ambiental da edificação.
No entanto, estar ciente de todas as possibilidades, vantagens e desvantagens de cada decisão é uma tarefa hercúlea, que demanda muitos recursos, estudo e tempo - fatores que geralmente são escassos em nossa profissão. Sob o mote “O que é uma boa arquitetura”, compilamos abaixo uma série de artigos com boas práticas no uso de Materiais e Técnicas construtivas, buscando abranger o máximo possível de repertório para consulta:
O espaço ocupado pelas construções nas cidades tem crescido rapidamente. Em todo o mundo, a área ocupada pelo piso de edifícios pode dobrar até 2060. Construir e manter a infraestrutura urbana exige quantidades significativas de energia e recursos materiais. Dessa forma, a maneira como as cidades constroem – e com quais materiais – exerce um impacto sobre até que ponto as metas de sustentabilidade são atingíveis ou mesmo realistas. As cidades precisam se certificar de que estão usando materiais de baixo impacto para o planeta e que possam ser renovados. Esse cenário aponta uma oportunidade para a madeira.
https://www.archdaily.com.br/br/988501/como-as-cidades-podem-adquirir-madeira-de-origem-sustentavelWhitney Light, Scott Francisco e Sadof Alexander
Junto à parede ou num canto da sala, a maioria dos sofás parecem relegados a permanecerem encostados em alguma superfície, de preferência com uma TV à frente. Sendo peças geralmente muito grandes, sua localização pode ser motivo de preocupação, engessando o espaço e conformando fluxos sem a flexibilidade tão valorizada nos tempos atuais. É por isso que alguns apontam o sofá como uma peça âncora em um design de interiores, já que dificilmente mudará e interferirá no restante dos elementos da casa.
Sofás modulares, por outro lado, conferem flexibilidade e versatilidade a estes móveis. Compostos por partes separadas, podem adotar diversas configurações conforme a necessidade, criando distintas ambiências e mudando completamente o layout e a distribuição dos ambientes. Neste artigo abordamos algumas opções de sofás modulares e como as suas geometrias podem dinamizar os interiores rapidamente, trazendo exemplos de produtos presentes no catálogo do Architonic.
Concreto, metal ou madeira, todos os materiais de construção se degradam com o tempo quando expostos à água e umidade. Além disso, cada elemento construtivo está mais ou menos exposto a essas intempéries, da fundação ao telhado. Em todos os casos é necessário prever camadas de proteção que impeçam a água de ter contato com o material em estado bruto — a impermeabilização—, garantindo a manutenção e longevidade da obra.
Conseguir o design e o layout do banheiro perfeito para cada usuário vem com muitas decisões detalhadas. Um deles é decidir sobre incluir uma chuveiro ou banheiro, com argumentos válidos a favor de cada uma das opções, sem certo ou errado. Ao projetar um banheiro, arquitetos devem usar sua experiência e percepção para tomar decisões que melhor responderão às necessidades espaciais do layout. Dimensões padrão de chuveiro ou banheira, colocação de elementos e seleção de materiais são alguns dos fatores que devem ser estudados antes de se ajustar aos requisitos do usuário.
Analisando quatro fatores - necessidades espaciais, demandas do usuário, inovação e sustentabilidade - o artigo a seguir visa discutir os prós e contras das banheiras e dos chuveiros. Através de uma seleção de layouts de banheiros inovadores, acessíveis e que economizam espaço, que incluem produtos da categoria Banheiro no Architonic, a discussão exemplifica soluções para possíveis problemas de chuveiros e banheiras.