Habitações de interesse social construídas como módulos que podem crescer. Prédios com escadas externas que servem não só aos seus moradores, mas a toda a comunidade. Propostas que os arquitetos Luiz Carlos Toledo, Verônica Natividade e Petar Vrcibradic apresentam no livro "Repensando as Habitações de Interesse Social", que será lançado no próximo dia 12, quinta-feira, na sede do IAB-RJ.
O Programa “Minha Casa, Minha Vida”, por atender primordialmente aos interesses do setor privado, tem reproduzido um padrão de cidade segregada e sem urbanidade, já que seus empreendimentos são mal servidos por transporte, infraestrutura e ofertas de serviços urbanos. Essa é a síntese de avaliação do maior programa habitacional do Brasil feita pela Rede Cidade e Moradia a pedido do Ministério das Cidades.
O programa, segundo o governo, já engloba 7,3 milhões de brasileiros, desde sua criação, em 2009, com a entrega de 1,8 milhões de moradias e um investimento de R$ 230 bilhões.
A Rede é um consórcio de onze instituições, coordenadas pelo Observatório das Metrópoles, contratado em 2013 pelo Ministério das Cidades e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com o objetivo de fomentar a produção acadêmica, o desenvolvimento de metodologias de avaliação e oferecer insumos para o aprimoramento da política habitacional do país.
O Governo Municipal de São Paulo está estudando a possibilidade de desapropriar 41 edifícios localizados na região central da cidade para transforma-los em habitações populares; uma estratégia para revitalizar a região.
Segundo José Floriano, secretário municipal de Habitação, a prefeitura pretende adquirir estas 41 edificações, muitas das quais há muito tempo ocupadas por movimentos bem organizados. O secretário deixa claro, entretanto, que “ocupação com menos de um ano não vai ficar.”
Dentre as ocupações que serão convertidas em moradias definitivas para sem-teto estão a Ocupação Mauá e a Ocupação Prestes Maia, ambas na região da Luz. Outros dois edifícios tombados pelo patrimônio histórico, o Hotel Lord, na região de Santa Cecília, e o Hotel Cambridge, na Bela Vista, serão revitalizados e transformados em conjuntos de habitação popular.
Vigliecca integra o bloco temático “Projetos Arquitetônicos, Urbanísticos e Tecnologias” do qual também participam a arquiteta holandesa Ineke Hulshof e o arquiteto brasileiro Claudio Acioly, da ONU-HABITAT do Quênia. Após as apresentações individuais, está previsto um debate, a partir das 11h30, com os participantes.
A competição será uma oportunidade para refletir e abordar, a partir de uma situação local, questões que afligem muitas cidades no mundo inteiro – moradia digna de interesse social.
O objetivo da terceira edição do Congresso é aprofundar as discussões que integram a sustentabilidade econômica, social e ambiental no tema da Habitação de Interesse Social, bem como desencadear a proposição de alternativas viáveis com vistas à produção de conhecimento e ao avanço do trabalho conjunto entre universidade e gestores públicos, e a difusão da produção científica nos cenários nacional e internacional nessas áreas.