1. ArchDaily
  2. COVID-19

COVID-19: O mais recente de arquitetura e notícia

Adaptabilidade vital: hospitais de campanha no contexto da pandemia

A cidade sempre foi um palco de transformações. Mudam-se os direcionamentos, os fluxos, as formas como as pessoas se apropriam dos espaços, alteram-se os desejos, surgem novas demandas, novos lugares. Tal abundância, ao mesmo tempo em que permite um caráter inovador e mutável à cidade, tende também a exigir da arquitetura uma flexibilidade programática e estrutural. No último ano, especialmente, pudemos acompanhar – em vertiginosa velocidade – grandes mudanças nas cidades e nos seus espaços. A pandemia trouxe consigo novos paradigmas, desestruturando repentinamente ordens há muito estabelecidas. As casas viraram escritórios, os escritórios viraram desertos, hotéis deram lugares a leitos médicos e estádios se transformaram em hospitais. A arquitetura, em meio a tudo isso, teve de mostrar sua flexibilidade abrigando usos que antes eram inimagináveis. Uma adaptabilidade que parece ser cada vez mais a chave para a criação de espaços coerentes com o modo (e a velocidade) como vivemos.

Equipe de estudantes brasileiras vence concurso para transporte público pós-pandemia no Canadá

As Universidades de Concordia e Montreal, ambas no Canadá, organizaram um concurso internacional para estudantes que desafiava os participantes a reimaginar a experiência do transporte público em uma metrópole pós-pandemia. O certame tinha como objetivo estimular o debate sobre novas experiências proporcionadas pelo transporte público visando melhorar a resiliência urbana.

Entre as mais de oitenta propostas recebidas, os organizadores buscaram identificar aquelas que melhor abordavam a temática a partir das novas narrativas associadas ao transporte público no contexto de (pós)pandemia; propostas de desenho que promovam o uso do transporte público; e princípios de design que fomentem novas experiências dos sistemas públicos de transporte. 

O que ordens de despejo têm a dizer sobre a desigualdade social nas grandes cidades

Um dos principais impactos da atual pandemia na economia das cidades foi o aumento das ordens de despejo e multas por atrasos no pagamento dos aluguéis. Sabe-se que a vida nas grandes cidades não é fácil e embora o salário médio nas metrópoles costuma ser maior se comparados a cidades de menor porte, os custos de vida também são relativamente mais altos. Isso significa que, uma vez desempregados—como os milhares de trabalhadores que perderam seus postos de trabalho por conta da pandemia—, os moradores das grandes cidades passam a enfrentar sérios problemas para poder pagar as suas contas. Neste início de retomada, a medida que a economia começa a dar sinais de recuperação, há uma série de questões que ainda precisam ser resolvidas, principalmente em relação ao endividamento de muitos inquilinos que por meses não tinham meios para poder pagar seus aluguéis. Neste contexto, o que fica claro é que o custo de vida nas grandes cidades está tornando a vida nas metrópoles praticamente insustentável para muitos trabalhadores—os quais se vêm entre a cruz e a espada e sem nenhuma opção de escolha.

Esta pandemia pode ser nossa chance de mudar nosso modo de pensar: uma conversa com Kengo Kuma

"Todos nós temos que mudar nossa maneira de pensar agora. Quero mudar minha arquitetura para que ela seja ainda mais gentil com a natureza", disse Kengo Kuma em entrevista ao Louisiana Channel, onde ele compartilha suas ideias sobre o impacto da pandemia na arquitetura e no meio ambiente. O arquiteto discute a responsabilidade coletiva em relação à natureza e a importância de projetar edifícios e cidades que possibilitem e incentivem atividades ao ar livre.

Esta pandemia pode ser nossa chance de mudar nosso modo de pensar: uma conversa com Kengo Kuma - Image 1 of 4Esta pandemia pode ser nossa chance de mudar nosso modo de pensar: uma conversa com Kengo Kuma - Image 3 of 4Esta pandemia pode ser nossa chance de mudar nosso modo de pensar: uma conversa com Kengo Kuma - Image 4 of 4Esta pandemia pode ser nossa chance de mudar nosso modo de pensar: uma conversa com Kengo Kuma - Imagem de DestaqueEsta pandemia pode ser nossa chance de mudar nosso modo de pensar: uma conversa com Kengo Kuma - Mais Imagens

UNStudio publica guia sobre como construir comunidades no mundo pós-pandemia

Em relatório recentemente publicado e disponibilizado de forma pública e gratuita, o UNStudio procura documentar e esclarecer o processo de construção de comunidades desenvolvidos pelo estúdio neste primeiro momento de retomada pós-pandemia. Por meio de exemplos práticos, o UNStudio busca pôr em evidencia algumas das várias estratégias projetuais utilizadas tanto em projetos de arquitetura quanto de planejamento urbano que procuram favorecer e potencializar a interação humana e os processos de trocas entre as pessoas em uma era de tantos medos e incertezas. Além disso, o relatório enfatiza a importância dos chamados “terceiros lugares” e da incessante busca do estúdio por uma escala mais humana na arquitetura e no planejamento urbano, assim como a influência das novas formas e modalidades de trabalho e socialização que emergiram ao longos dos últimos anos.

UNStudio publica guia sobre como construir comunidades no mundo pós-pandemia - Image 1 of 4UNStudio publica guia sobre como construir comunidades no mundo pós-pandemia - Image 2 of 4UNStudio publica guia sobre como construir comunidades no mundo pós-pandemia - Image 3 of 4UNStudio publica guia sobre como construir comunidades no mundo pós-pandemia - Image 4 of 4UNStudio publica guia sobre como construir comunidades no mundo pós-pandemia - Mais Imagens+ 1

Diretrizes sanitárias e pandêmicas para a arquitetura

No artigo desta semana da Metropolis Magazine, Madeline Burke-Vigeland, arquiteta associada ao American Institute of Architects, credenciada pela LEED e diretora na Gensler, e Benjamin A. Miko, doutor em medicina e professor assistente do Centro Médico da Columbia University exploram juntos como a padronização de soluções técnicas e construtivas poderiam ser a solução que todos precisamos para melhor proteger as pessoas da COVID-19 e de futuras pandemias.

Reinventando espaços para o bem-estar pós pandemia

Há cerca de um ano, a palavra bem-estar tinha um efeito diferente do que hoje. A pandemia da Covid 19 cristalizou a necessidade que todos temos de saúde mental e física, e tivemos de parar para refletir sobre nosso ritmo de vida e o impacto da tecnologia e de tudo que nos cerca nas nossas vidas.

Designers e arquitetos estão olhando para o amanhã precisando pensar em como criar ambientes seguros, funcionais e confortáveis. De plantas baixas mais abertas a materiais que ajudam a mitigar a propagação de doenças, os profissionais estão olhando para o futuro considerando o que nos dá espaço para respirar e viver juntos. 

Reinventando espaços para o bem-estar pós pandemia - Image 1 of 4Reinventando espaços para o bem-estar pós pandemia - Image 2 of 4Reinventando espaços para o bem-estar pós pandemia - Image 3 of 4Reinventando espaços para o bem-estar pós pandemia - Image 4 of 4Reinventando espaços para o bem-estar pós pandemia - Mais Imagens

Turismo digital: quatro formas de visitar cidades sem sair de casa

Há mais de um ano em pandemia, o fluxo de viagens e turismo diminui no mundo todo. Mas nem por isso precisamos deixar de conhecer cidades distantes. Desde o início da quarentena, diversos museus e organizações prepararam tours virtuais que levam os usuários a imersões digitais pelas suas localidades. Pensando nisso, reunimos aqui quatro diferentes formas para você explorar lugares sem sair de casa. 

Os shopping centers de hoje serão nossas casas amanhã?

Dizem que os shopping centers e as galerias comerciais, outrora tão frequentadas, estão com os dias contados. Embora em grande parte, a forma como costumávamos consumir tenha mudado consideravelmente ao longo dos últimos anos e sobretudo após o início da crise sanitária de Covid-19, com muitas lojas passando a operar apenas no mundo virtual, parece que muitas das mudanças que a pandemia nos trouxe chegaram para ficar. À medida que as nossas cidades continuam a crescer a um ritmo bastante acelerado, e os grandes centros comerciais e shopping centers—por outro lado—permanecem vazios e ociosos, há uma pergunta a se fazer: existe alguma possibilidade de transformarmos estes ambientes de consumo em moradia para aqueles que mais necessitam?

Os shopping centers de hoje serão nossas casas amanhã? - Image 1 of 4Os shopping centers de hoje serão nossas casas amanhã? - Image 2 of 4Os shopping centers de hoje serão nossas casas amanhã? - Image 3 of 4Os shopping centers de hoje serão nossas casas amanhã? - Image 4 of 4Os shopping centers de hoje serão nossas casas amanhã? - Mais Imagens+ 3

A escolha dos materiais na arquitetura em tempos de Covid-19

No artigo desta semana publicado pela Metropolis Magazine, a presidente do ThinkLab Amanda Schneider nos convida a refletir sobre “como nós, arquitetos e arquitetas, podemos colaborar com a criação de espaços interiores mais saudáveis e seguros em tempos de pandemia”. Questionando vários aspectos relacionados à higienização e desinfecção dos espaços habitáveis, a autora tangencia uma série de questões relativas à materialidade na arquitetura, apontando possíveis soluções para quem busca criar espaços mais seguros e saudáveis.

OMA explora o futuro dos hospitais e a área da saúde na Bienal de Veneza de 2021

O escritório holandês OMA foi convidado a participar da 17ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia. Intitulada "Hospital do Futuro", a instalação explora como, após anos de preparações médicas e avanços tecnológicos, uma pandemia foi capaz de a obstruir o progresso da medicina e acabar com a tipologia do hospital como a conhecemos, dando caminho a uma nova forma de arquitetura da saúde.

OMA explora o futuro dos hospitais e a área da saúde na Bienal de Veneza de 2021 - Image 1 of 4OMA explora o futuro dos hospitais e a área da saúde na Bienal de Veneza de 2021 - Image 2 of 4OMA explora o futuro dos hospitais e a área da saúde na Bienal de Veneza de 2021 - Image 5 of 4OMA explora o futuro dos hospitais e a área da saúde na Bienal de Veneza de 2021 - Image 8 of 4OMA explora o futuro dos hospitais e a área da saúde na Bienal de Veneza de 2021 - Mais Imagens+ 12

A COVID e a cidade, no Brasil e em Brasília

No momento em que escrevo este artigo, o Brasil está na mais grave crise humanitária de sua história — não apenas uma “crise sanitária”, como se costuma comentar. A pandemia da COVID-19 matou, até 30 de abril de 2021, 411.854 de pessoas e, apenas nos últimos dias, a média móvel de mortes começou novamente a arrefecer — tendo chegado ao máximo de 3.125 em abril.

Epidemiologistas, microbiologistas, infectologistas etc. observam que o impacto da pandemia nas cidades brasileiras é fortemente idiossincrático: cada qual tem condições peculiares a considerar, antes de podermos ousar generalizações. Por outro lado, estima-se uma alta subnotificação (até um décimo dos casos reais), que, inclusive, varia entre cidades. Contudo, feitas as reservas, o que podemos observar no quadro geral? 

O futuro espaço de trabalho não será um espaço de trabalho

À medida que em alguns países a pandemia de COVID-19 pareça estar sobre controle e as pessoas comecem à retomar suas antigas rotinas, muito se especula sobre se vamos de fato voltar a viver como vivíamos antes, cumprindo jornadas de trabalho presenciais de oito horas por dia cinco dias da semana. Por outro lado, há aqueles que acreditam que algumas das mudanças pelas quais passamos ao longo do último ano vieram para ficar e que o sistema híbrido de trabalho já não é mais visto como uma solução temporária e sim definitiva. Entretanto, nem todas as pessoas desfrutam do fato de poder trabalhar de casa e em muitos casos, isso significa encontrar um outro lugar que não o escritório para poder desempenhar suas atividades profissionais. Este espaço intermediário entre o ambiente doméstico e profissional vem sendo chamado de third place, literalmente “terceiro” lugar, um termo utilizado para descrever quase todos os outros lugares, desde cafeterias a praças e até espaços de co-working. Se você costuma frequentar uma biblioteca para estudar ou trabalhar, ou aproveita para responder e-mails enquanto espera à mesa de um restaurante ou bar, faz ligações e video chamadas desde a sala de espera do aeroporto, isso significa que você já está incluído na lista das pessoas que frequentam este “outro” lugar.

Neurodiversidade e biofilia: o futuro do espaço de trabalho na era pós-pandêmica

Qual o papel dos escritórios corporativos nos dias de hoje? A pandemia do Coronavírus evidenciou necessidades e transformações profundas nas vidas de todos nós: nas relações, no trabalho, nos hábitos de consumo, no aumento da desigualdade. Certamente o tema dos espaços de trabalho veio à tona em uma fase histórica quando, pela primeira vez na era pós-moderna, as pessoas viram suas próprias liberdades limitadas.

Grande parte das pessoas foi obrigada a trabalhar de casa e desde o começo da quarentena a reflexão sobre o futuro dos espaços de trabalho se fez inevitável. Alguns dados interessantes mostram que o Coronavírus apenas impulsionou uma prática que vinha se consolidando há anos em alguns países. Segundo estudos realizados em parceria pela Global Workplace Analytics e FlexJobs, entre 2005 e 2015, o número de profissionais nos Estados Unidos que fazem pelo menos 50% de seus trabalhos a partir de casa ou de outro lugar fora de seus escritórios cresceu 115% e hoje esse número chega a 4.7 milhões, 3.4% da força do trabalho.

O papel do transporte informal na recuperação pós-pandemia

As crises geralmente provocam mudanças na maneira como nos movemos. A prosperidade pós-guerra fez do automóvel um item doméstico e um estilo de vida. A crise fiscal e petrolífera global dos anos 70 trouxe um boom de bicicletas de curta duração e uma retirada dos dólares das cidades para o transporte público. E a crise financeira de 2008 preparou o caminho para que o capital de risco no Vale do Silício estourasse, apoiando novas plataformas como Uber e Waze.

Cientistas criam primeiro atlas global dos microrganismos urbanos

"Se você me der seu sapato, poderia dizer com 90% de precisão a cidade no mundo de onde você veio.” Este é o nível de exatidão garantido pelo professor Christopher Mason, da Weill Cornell Medicine, principal autor do primeiro atlas global de microrganismos urbanos. O estudo, desenvolvido pelo Consórcio Internacional Metagenômica e Metadesenho do Metrô e Biomas Urbanos (MetaSUB), que também conta com pesquisadores brasileiros da Fiocruz e da USP, mapeia o microbioma de algumas das maiores cidades do mundo.