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Conforto e Sustentabilidade na Arquitetura: O mais recente de arquitetura e notícia

Como a simulação de materiais durante o projeto garante um bom desempenho da construção

Com a quantidade de informações e tecnologias que dispomos atualmente, seja de pesquisas acadêmicas ou dos próprios fabricantes dos produtos de construção, sobra muito pouco espaço para empirismos e experimentações ao projetarmos nas escalas mais diversas. Ainda mais quando equívocos na especificação de projetos representam enormes custos e dores de cabeça. Isso quer dizer que muito antes da construção e a ocupação do edifício, é possível entender claramente como o edifício funcionará termicamente, qual sua capacidade de geração de energia fotovoltaica e mesmo quanto de energia será necessário para resfriá-lo e/ou aquecê-lo. Há softwares, ferramentas e aplicativos que permitem quantificar todas essas decisões de projeto, para evitar erros, deseconomias, geração de resíduos e garantir a eficiência de todos os materiais aplicados.

Quais são as megatendências que estão remodelando o campo da arquitetura e a indústria da construção?

Antes da pandemia, o mundo já enfrentava uma série de transformações globais no campo da construção, e os países emergentes estavam na vanguarda de uma poderosa mudança econômica. Como a população mundial deve atingir a marca de 10 bilhões de pessoas antes de 2100, o setor de construção deve ser capaz de entender e se adaptar às tendências que estão remodelando o globo.

Fachadas para o clima quente e úmido: elementos vazados em 10 projetos na Índia

A orientação e dimensionamento dos vazios são algumas das principais variáveis a serem levadas em conta na proposição de elementos vazados nas fachadas de edifícios. O estudo das condições locais é fundamental para o bom desempenho deste tipo de solução, particularmente bem-vinda em países que costumam ter temperaturas elevadas, como a Índia. Ainda que sua variedade climática dificulte as generalizações, as temperaturas podem atingir acima 40 graus no verão na maior parte do país, o que exige estratégias arquitetônicas específicas para amenizar a sensação de calor e umidade no interior das edificações.

Fachadas para o clima quente e úmido: elementos vazados em 10 projetos na Índia - Image 1 of 4Fachadas para o clima quente e úmido: elementos vazados em 10 projetos na Índia - Image 5 of 4Fachadas para o clima quente e úmido: elementos vazados em 10 projetos na Índia - Image 6 of 4Fachadas para o clima quente e úmido: elementos vazados em 10 projetos na Índia - Image 7 of 4Fachadas para o clima quente e úmido: elementos vazados em 10 projetos na Índia - Mais Imagens+ 6

Como o estilo de vida e as expectativas arquitetônicas mudarão nos próximos anos?

Entre 1950 e 2011, o mundo teve sua população urbana multiplicada por cinco. Em 2007, o número de pessoas vivendo em cidades ultrapassou a cifra daquelas no campo. Em 2019, a porcentagem já era de 55% e estima-se que em 2050 pouco mais que dois terços da população viverá em cidades. Mas o crescimento não é constante em todas as partes do mundo. Segundo o Relatório da ONU World Urbanization Prospects 2018, prevê-se que a população urbana global cresça em 2,5 bilhões de habitantes entre 2018 e 2050, com quase 90% desse aumento concentrado na Ásia e na África. À medida que a população aumenta, aumentam também a demanda por energia, comida e água. A pressão sobre os escassos recursos é agravada pelo impacto negativo que isso está causando no clima e no meio ambiente.

Fototoxicidade: Os efeitos nocivos das lâmpadas LED em nossas retinas

As lâmpadas LED tornaram-se massificadas devido ao seu baixo consumo de energia, durabilidade e preços cada vez mais acessíveis. Mas a necessidade de iluminar pode jogar contra nós se não soubermos os efeitos deste tipo de luz no corpo.

Se em outras ocasiões temos tratado de temperaturas da luz, luzes quentes e frias e os perigos da luz azul, em termos de ciclos de sono e cansaço visual, adicionamos agora a fototoxicidade da luz azul.

Como transformar um ambiente interno poluído em um lar saudável

Com a maior parte do mundo vivendo em cidades e comunidades em crescimento, as pessoas tendem a passar a maior parte do tempo em ambientes internos. Quando não estamos em casa, estamos trabalhando, aprendendo ou até participando de atividades divertidas em ambientes fechados e construídos. Ao todo, 90% do nosso tempo é ocupado em interiores. É essencial garantir uma qualidade ambiental interna confortável, produtiva e saudável, seguindo parâmetros e práticas de projeto bem regulados que considerem temperatura, iluminação, poluição sonora, ventilação adequada e a qualidade do ar que respiramos. Este último é especialmente importante, pois, ao contrário do que podemos pensar, a poluição do ar é muito maior no interior do que no exterior.

Efeito Borboleta: 4 dicas que permitem que o projeto arquitetônico ajude a combater problemas globais

Em um mundo majoritariamente urbano, que constantemente precisa lidar com questões complexas como geração de resíduos sólidos, desabastecimento de água, desastres naturais, poluição atmosférica, e mesmo com a disseminação de doenças, é impossível ignorar o impacto das atividades humanas no meio ambiente. A mudança climática é dos maiores desafios do nosso tempo e torna-se urgente buscar formas de, ao menos, desacelerar esse processo dramático. Para contribuir efetivamente nisso, nossos hábitos de produção, consumo e construção terão de ser modificados, ou a degradação do meio ambiente e mudanças climáticas continuarão diminuindo a qualidade e a duração de nossa vida e das gerações futuras.

Mesmo parecendo inatingíveis e distantes, as diversas questões de ineficiências e desperdícios estão muito mais próximos do que podemos imaginar e presentes nos edifícios que usamos no cotidiano. Como arquitetos, essa questão é ainda mais amplificada, pois lidamos com decisões projetuais e especificação de materiais diariamente. Em outras palavras, nossas decisões realmente têm um impacto em nível global. Como podemos usar o 'efeito borboleta' para um futuro saudável para o nosso mundo?

Lixo Zero na arquitetura: Repensar, reduzir, reutilizar e reciclar

As atividades econômicas humanas são dependentes do ecossistema global, sendo que as possibilidades de crescimento econômico podem ser limitados pela carência de matéria-prima para abastecer os estoques das fábricas e comércios. Enquanto que para determinados recursos ainda há estoques inexplorados, como certos metais e minerais, existem outros, como combustíveis fósseis e mesmo a água, com problemas graves de disponibilidade em alguns locais.

Como o BIM pode tornar as reformas e retrofits mais eficientes

BIM (Building Information Modeling) é uma sigla cada vez mais usual entre os arquitetos. A maioria dos escritórios e profissionais já vem migrando ou planeja mudar para esse sistema, que representa digitalmente as características físicas e funcionais de uma edificação, integrando diversas informações sobre todos os componentes presentes em um projeto. Através dos softwares BIM é possível criar digitalmente um ou mais modelos virtuais precisos de uma construção, o que proporciona maior controle de custos, eficiência na obra. Também há possibilidade simular o edifício, entendendo seu comportamento antes do início da construção, e seu respectivo suporte ao projeto ao longo de suas fases, inclusive após construído ou na sua desmontagem e demolição.

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Fachadas Inteligentes: Edifícios adaptando-se ao clima através da pele

As fachadas constituem a interface entre interior e exterior de uma edificação. São as partes mais marcantes e visíveis das obras, atuam na proteção contra os agentes externos e são dos maiores responsáveis por criar ambientes confortáveis, uma vez que é ali que ocorrem os ganhos e perdas térmicas. Assim como a nossa pele, um órgão extremamente versátil no corpo, seria natural que fosse a parte da edificação que carregasse tecnologia de forma a tornar-se adaptável às condições ambientais do local onde está inserida. 

Como podemos reduzir a emissão de carbono em projetos de arquitetura?

Estima-se que, desde a década de 70, as demandas de recursos do estilo de vida atual da sociedade excedam a capacidade biológica do planeta para atendê-las. Ou seja, estamos retirando e poluindo a natureza mais do que ela pode se recuperar naturalmente. Segundo o Banco Mundial, se a população mundial chegar mesmo ao número projetado de 9,6 bilhões de pessoas em 2050, serão necessários quase três Planetas Terra para proporcionar os recursos naturais necessários a fim de manter o atual estilo de vida da humanidade.

Diariamente uma quantidade enorme de dióxido de carbono é liberada na atmosfera, através da indústria, transporte, da queima de combustíveis fósseis e até mesmo pela respiração de plantas e seres vivos. À medida que as consequências das mudanças climáticas se tornam mais claras, tanto os governos quanto as empresas do setor privado vêm estabelecendo metas para as reduções de emissões de carbono. O dióxido de carbono é apontado como o principal gás do efeito estufa, e sua alta concentração na atmosfera leva à poluição do ar, chuvas ácidas, entre outras consequências.

Projetar visando a boa qualidade do ar pode determinar o resultado de uma reunião

Os seres humanos podem sobreviver 30 dias sem comer, 3 dias sem beber, mas apenas 3 minutos sem respirar. Naturalmente, a nossa necessidade de ar é constante, dependemos dele em todos os momentos, tanto em ambientes internos como externos, embora muitas vezes este seja menos limpo do que o esperado. Odores desagradáveis nos alertam para um ar ruim, mas muitas substâncias irritantes e gases insalubres não são facilmente detectáveis pelo cheiro embora ainda afetem nossa saúde. Os cheiros são o sinal mais óbvio, pois são conscientemente percebidos pelo cérebro e pelo sistema nervoso, permitindo-nos fazer julgamentos sobre o nosso ambiente.

Saiba mais sobre as origens da má qualidade do ar interior, a importância de abordá-la dentro do ambiente construído e como projetar almejando conforto e uma boa qualidade do ar interior.

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Projetos de escolas e creches para diferentes climas

Crianças europeias passam aproximadamente 200 dias por ano nas suas escolas primárias. Ainda que grande parte do mundo não tenha toda essa carga letiva, depois da própria casa, geralmente o local em que as crianças e adolescentes passam mais tempos são nas instituições educacionais. Podem ser locais de aprendizado, brincadeiras e convívio. E, por mais triste que possa ser, também podem ser os locais seguros, de oportunidades e mesmo de alimentação para crianças que vivem em ambientes de abandono, fome e violência. Através de uma pesquisa ampla no Reino Unido, concluiu-se que as diferenças nas características físicas das salas de aula explicavam 16% da variação no progresso da aprendizagem ao longo de um ano. Ou seja, quanto mais bem projetada a sala de aula, mais bem as crianças se dão academicamente. Ainda segundo o estudo, os fatores que mais influenciam são a luz solar, a qualidade do ar interno, o ambiente acústico, a temperatura, o projeto da própria sala de aula e a estimulação dentro dela.