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Cidades: O mais recente de arquitetura e notícia

Mulheres na liderança urbana: 6 pioneiras que você deve conhecer

"Cidades felizes, vibrantes e bem-sucedidas surgem da visão de muitos, não de poucos poderosos." - Jane Jacobs.

Embora tenhamos visto progresso na representação feminina ao longo do século passado, as perspectivas e vozes das mulheres ainda são significativamente marginalizadas. Este ano, a ONU relatou que, em apenas 22 países as mulheres ocupam cargos de Chefes de Estado ou de Governo e que, 119 países nunca tiveram uma líder feminina, apesar do forte argumento de que sua liderança contribui para tomadas de decisão mais inclusivas e um governo mais representativo. Além disso, as mulheres ocupam apenas 10% dos cargos de maior importância nas principais empresas de arquitetura do mundo.

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8 Iniciativas que empoderam as mulheres nos setores da arquitetura e construção

Enquanto em muitos países do mundo os setores da construção, da arquitetura, da engenharia e do planejamento urbano ainda estão dominados por homens, as iniciativas que empoderam as mulheres nestas disciplinas estão surgindo em todo o mundo. Estes movimentos, - que desempenham um papel fundamental na integração do poder feminino - adotam muitas formas como sites, plataformas, organizações, etc. que trabalham com profissionais, artesãs e trabalhadoras. 

Desde capacitar e conectar mulheres de destaque, garantir exposição e promover o trabalho de pioneiras, essas iniciativas têm o objetivo comum de estimular o setor feminino a causar impacto em suas cidades.

Mais estradas, mais problemas: como solucionar o problema do trânsito nas grandes cidades

Todos os países do mundo enfrentam problemas de mobilidade. Muitos destes entraves têm a ver com a própria infra-estrutura disponível mas, construir mais estradas nem sempre resultará em melhores índices de mobilidade urbana. Nos Estados Unidos, algumas cidades ficaram famosas por seus congestionamentos quilométricos, como Los Angeles, Minneapolis e Atlanta, cidades onde a relação entre quilômetros de infra-estrutura viária por habitante está na ordem de 8 para 1.000. Isso também tem a ver com a forma que o transporte público opera nestas cidades, onde os sistemas de mobilidade urbana são os menos eficientes. Então, por que continuamos a construir estradas cada vez maiores, mais largas e mais rápidas e como isso afeta os congestionamentos nas cidades?

O que o mercado imobiliário nos diz sobre as migrações de volta às cidades?

Quase um ano após o início da pandemia de COVID-19, parece que estamos começando a recuperar minimamente o sentido de normalidade—ou de uma nova normalidade. Com a esperança injetada pela chegada das primeiras vacinas, voltamos a pensar sobre o futuro e os impactos da pandemia em nossos modos de vida. Durante o primeiro lockdown, testemunhamos um esvaziamento da maioria dos grandes centros urbanos, passando a habitar cidades fantasmas à medida que aqueles que podiam, buscavam refúgio em áreas menos densas e próximas à natureza. Passamos a nos questionar se estávamos de fato vivendo um fenômeno de êxodo urbano, contrário ao alarmante incremento da população urbana testemunhado ao longo das últimas décadas. Esta tendência, entretanto, foi apenas temporária e as pessoas estão finalmente voltando para a cidade.

Urbanismo social: repensando o desenho espacial e os discursos da América Latina

Social Urbanism: Reframing Spatial Design – Discourses from Latin America, novo livro de Maria Bellalta, ASLA, reitora da Escola de Arquitetura da Paisagem da Boston Architectural College, é uma adição bem-vinda ao crescente número de publicações sobre questões de justiça social na forma de urbanismo, arquitetura e espaço público que emanam de Medellín e da Colômbia. As conquistas do urbanismo social tornaram-se um sinônimo de Medellín no mundo do paisagismo, do planejamento e projeto urbano, e da arquitetura de forma geral.

A religião da cidade: carros, transporte coletivo e Coronavírus

A religião é uma realidade exclusivamente humana. Assim como as cidades. À medida que emergimos de nosso isolamento, as cidades silenciosas e locais de adoração serão novamente humanizados, em comparação com a triste memória do que já foram.

Vamos nos recuperar dessa estranha realidade, a pandemia e, quando o fizermos, seremos forçados a responder a algumas questões. Antes deste século, o automóvel já foi visto como a forma como os americanos podiam criar uma nova realidade: uma enorme classe média que podia controlar sua vida usando a liberdade que os carros lhes davam para ir onde quisessem, quando quisessem e viver onde eles quisessem viver. Entretanto, antes do isolamento, essa visão do que os carros significavam para nossa cultura estava mudando - especialmente nas cidades.

Espaços públicos e os desafios da Covid-19: intervenções da UN-Habitat no Vietnã, Bangladesh e Índia

A Un-Habitat ou agência das Nações Unidas para o desenvolvimento urbano sustentável, cujo principal foco é encontrar soluções para os desafios impostos pelo rápido e voraz processo de crescimento e expansão urbana em países de economias emergentes, vem desenvolvendo abordagens inovadoras no campo da arquitetura e do urbanismo, centradas no usuário e nos processos participativos. Pensando nisso, o ArchDaily associou-se à UN-Habitat para trazer notícias semanais, artigos e entrevistas que se destacam neste setor, disponibilizando a nossos leitores conteúdos em primeira mão e direto da fonte.

Ao longo deste ano pandêmico, os espaços públicos desempenharam um papel fundamental para a manutenção da saúde física e mental das pessoas em diferentes comunidades urbanas no mundo todo”, afirma James Delaney, presidente da Block by Block. Na verdade, as pessoas sempre precisaram sair de casa, e agora isso se faz mais evidente que nunca. Pensando nisso, com o principal objetivo de qualificar uma série de espaços públicos para melhor enfrentar os desafios impostos pela pandemia de COVID-19, a UN-Habitat uniu forças com a Fundação Block by Block para desenvolver soluções urbanas em dez diferentes cidades do planeta para ajudá-las a voltarem com segurança à normalidade. Desenvolvidas em parceira com as autoridades e governos locais além de contar com a ativa participação das comunidades envolvidas, estas iniciativas ajudaram a estabelecer espaços públicos seguros e saudáveis, especialmente em bairros pobres, onde historicamente há uma carência de áreas verdes e espaços de convívio. Embora estas sejam soluções imediatas para um problema recente, elas são também uma oportunidade para resolvermos problemas históricos, como a desigualdade, a falta de oportunidades e infra-estrutura pública nos bairros mais pobres das grandes cidades. Pensando nisso, a UN-Habitat lançou-se em uma empreitada que abrangeu desde a instalação de playgrounds móveis para as crianças de Hanói, no Vietnã, passando pela construção de estruturas temporárias para vendedores ambulantes nas cidades de Dhaka e Khulna, em Bangladesh, até a introdução de espaços públicos seguros em assentamentos informais de Bhopal, na Índia.

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5 Diretrizes para uma cidade autossuficiente e circular

O mundo está em constante mudança e nossas cidades estão em constante evolução para se adaptar a ele. À medida que nos encontramos imersos em desafios, os especialistas se veem reexaminando as abordagens que a humanidade fez até agora, a fim de estabelecer novas ideias para um amanhã melhor.

"As cidades estão no centro do problema e, portanto, também no centro da solução." O Space 10, um laboratório de pesquisa e design focado nas pessoas e no planeta, acaba de lançar sua última publicação, The Ideal City, em colaboração com a gestalten. Reunindo conhecimentos de todo o mundo, o livro repensa as cidades, investigando como criar espaços que apoiem o bem-estar dos moradores e contribuam para um mundo melhor. Coletando projetos e opiniões de especialistas, ele destaca 5 pilares principais que ajudam a moldar o futuro das cidades.

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Micro Escola Urbana - "As Camadas da Cidade"

Dentro do eixo das ações de Pedagogia Urbana do coletivo de urbanismo TransLAB.URB, nos próximos dias iniciará um pequeno ciclo da MICRO ESCOLA URBANA com o tema "Identificando Camadas das Cidades”, no qual serão abordados temas como infraestrutura verde, perspectiva de gênero, mobilidade e muito mais, contando com a ajuda de convidadas especiais de diferentes Estados do Brasil, diferentes países e continentes, pessoas que atuam nas áreas temáticas.

O paradoxo do desenvolvimento “sustentável” sem fim

Este artigo foi publicado originalmente no Common Edge

Em um recente artigo publicado no Common Edge, discuti brevemente um conceito que chamo de “mentira tripla”, que é a idéia de um sistema econômico “saudável” alimentado por um número crescente de pessoas, as quais consumirão cada vez mais—e que este sistema continuará funcionando perfeitamente ad infinitum. Ao longo de sua história, os Estados Unidos se apegaram à ideia de um crescimento econômico infinito, e muito disso se deve ao fato que esta ilusão opera como uma espécie de ópio para o povo, dissimulando o conflito de classe. No entanto, “a mentira tem pernas curtas” e como todos nós sabemos, estamos nos aproximando do limite finito do crescimento, tanto do ponto de vista dos recursos (estamos esgotando nossas matérias-primas) quanto do ponto de vista tecnológico (nossas invenções estão se tornando cada dia menos revolucionárias).

Você moraria aqui? O que torna uma cidade desejável?

Desde que as cidades existem, surge uma questão fundamental para o seu futuro: "O que torna as áreas urbanas desejáveis?" Mais da metade dos habitantes do mundo vive em cidades e esse número deve aumentar na próxima década, com mais de 5 bilhões de pessoas vivendo em centros urbanos em todo o mundo. Para se preparar para essa demanda, as cidades estão encontrando maneiras de ser mais desejáveis ​​e atrair talentos para grandes e pequenas empresas, enquanto encontram outras maneiras de criar oportunidades de vida igualitárias para todos.

Como cidades mais verdes podem ajudar a criar um futuro equitativo?

Compreender os motivos que engendram desigualdades econômicas e sociais em nossa sociedade é um dos tópicos mais controversos e amplamente debatidos no campo do urbanismo. É evidente que esta é uma questão complexa, onde muitos fatores devem ser considerados—sendo um deles a localização e acessibilidade às áreas verdes em uma cidade. Embora parques urbanos sirvam como espaços de convívio e lazer, construindo comunidades, seus benefícios para a saúde pública nem sempre compensam. Em muitos casos, a instalação de áreas verdes se dá às custas de um amplo processo de gentrificação e expulsão das comunidades mais pobres. Neste contexto, nos cabe pensar em soluções que nos permitam construir cidades melhores, mais verdes e principalmente, mais inclusivas e portanto, menos desiguais.

As cidades do futuro têm dois caminhos possíveis: antropocêntrico ou ecocêntrico

Muitas das expectativas que projetamos para o futuro das cidades estão mudando, principalmente à medida que nos deparamos com os atuais, e cada dia mais urgentes, desafios globais—da crise climática a como viveremos juntos.

Por que e para quem estamos construindo cidades novas do zero?

Tente imaginar como seria projetar uma cidade inteira do zero; desenhar cada uma de suas ruas, casas, edifícios comerciais, praças e espaços públicos. Uma folha em branco onde tudo é possível e sua única missão é criar uma cidade com identidade própria. Talvez esse seja o sonho de todo arquiteto e urbanista, e para a sorte de alguns poucos felizardos, esse sonho pode muito bem se tornar realidade em um futuro próximo.

Ao longo das últimas duas décadas, cidades inteiras foram construídas do zero em uma escala sem precedentes, a maioria delas na Ásia, Oriente Médio, África e também na América Latina. Além disso, o nosso planeta conta atualmente com mais de 150 novas cidades em processo de implementação. Esta nova tipologia de desenvolvimento urbano tem se mostrado particularmente sedutora em países de economia emergente, iniciativas propagandeadas como elementos estratégicos capazes de impulsionar o crescimento econômico e atrair novos investimentos.

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Gentrificação e distopia: o futuro das cidades pós-pandemia

Gentrificação e distopia: o futuro das cidades pós-pandemia - Image 1 of 4Gentrificação e distopia: o futuro das cidades pós-pandemia - Image 2 of 4Gentrificação e distopia: o futuro das cidades pós-pandemia - Image 3 of 4Gentrificação e distopia: o futuro das cidades pós-pandemia - Image 4 of 4Gentrificação e distopia: o futuro das cidades pós-pandemia - Mais Imagens

A realidade das grandes cidades, como a Cidade do México é, na maioria dos casos, formada por pessoas de vários estados do país e de vários países ao redor do mundo. No entanto, devido à situação da pandemia e à nova era do trabalho remoto, foi radicalmente despertado um interesse em regressar às províncias e regiões costeiras onde há menos população, superlotação e, aparentemente, menos restrições sanitárias em comparação com as grandes cidades que acolhem os grandes aeroportos.

A abordagem contemporânea para reconstruir cidades após desastres: o caso de Beirute

Quase 6 meses atrás, em 4 de agosto de 2020, a cidade de Beirute foi sacudida por uma das maiores explosões não nucleares da história. Deixando o lado norte da capital em ruínas, a explosão danificou cerca de 40.000 edifícios. Novas estruturas contemporâneas concluídas recentemente por arquitetos locais conhecidos internacionalmente estão agora enfrentando dilemas de reconstrução, levantando questões existenciais: Como devem ser os esforços de reconstrução de “novos” edifícios danificados? Os arquitetos devem reconstruí-los como eram antes da explosão, apagando o que aconteceu, ou eles devem deixar cicatrizes e retratar novas realidades?

A fim de explorar ideias e destacar diferentes perspectivas, o ArchDaily teve a oportunidade de se sentar com três arquitetos cujos edifícios foram impactados pela explosão. Bernard Khoury, Paul Kaloustian, e Lina Ghotmeh conversaram sobre seus projetos e sua visão da reconstrução de Beirute com a editora-chefe do ArchDaily, Christele Harrouk, ao lado do fotógrafo de arquitetura Laurian Ghinitoiu, que documentou em uma série de fotos a extensão da destruição.

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Cidades policêntricas: um velho novo conceito como futuro urbano pós-pandemia

O ano de 2020 trouxe consigo um turbilhão de desafios, colocando em xeque muitos aspectos da vida cotidiana. Marcados pela pandemia todos nós precisamos, de alguma forma, nos reinventar para resistir a esse momento único. Com a cidade, não foi diferente. A Covid-19, assim como outras doenças infecciosas (peste negra, gripe espanhola, etc.) escancarou a relação entre a sua proliferação e a urbanização. Uma análise fácil de ser feita quando os dados mostram que a propagação do vírus tem sido muito maior em grandes centros urbanos.

Nesse sentido, a crise sanitária tem trazido à tona discussões sobre o modelo de urbanização ao qual nossas cidades são submetidas, um modelo de aglomerações dispersas que prioriza a mobilidade através de veículos automotores. Wilson Ribeiro dos Santos, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Campinas, em artigo elaborado em parceria com Sidney Piocchi Bernardini e Gabriela Celani, afirma que esse modelo de urbanização no qual o comércio e os serviços se concentram no centro da cidade, enquanto áreas estritamente residenciais e os condomínios fechados se situam na periferia, acabou acelerando a dispersão do vírus, pois pessoas de todas as partes da cidade precisam circular diariamente pelo mesmo local, onde trabalham, estudam, vão ao médico, fazem compras etc.