1. ArchDaily
  2. Cidades

Cidades: O mais recente de arquitetura e notícia

Precisamos repensar os cursos de arquitetura

Desde que os primeiros cursos de arquitetura foram criados no final do século XIX, poucas mudanças foram feitas em suas matrizes curriculares. A maioria dos cursos do mundo todo é focado em uma universidade neoliberal, cada vez mais projetada e definida pela produção de sucesso implacável e pelos moldes da indústria da construção.

Pouco se discute sobre o erro e a falha e a produção projetual é ainda extremamente voltada para formar star architects (arquitetos estrela) – termo usado para descrever arquitetos cuja celebridade e aclamação da crítica os transformaram em ídolos do mundo da arquitetura, criadores de grandes projetos e masterplans.

As cidades mais populosas da América Latina em 2023

Em 11 de Julho foi celebrado o Dia Mundial da População, um evento anual criado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em 1990 que busca conscientizar o público sobre as questões demográficas globais. Um tema não menos importante nos dias de hoje, já que espera-se que sejamos quase 10 bilhões de pessoas até 2050 e os últimos relatórios da ONU-Habitat estimam que, até lá, dois terços da população viverão em cidades. Ao mesmo tempo, este ano é especialmente interessante porque a Índia se tornou o país mais populoso do mundo, com 1,4286 bilhão de habitantes, o que naturalmente levanta a questão de como será construir para bilhões de pessoas.

O World Population Review avalia anualmente o crescimento das cidades e a quantidade de habitantes que vivem em áreas metropolitanas para entender as tendências de evolução global. Embora a lista das 20 cidades mais populosas do mundo contenha figuras repetidas da Ásia, como Tóquio, no Japão, Délhi, na Índia, e Xangai, na China, ao mesmo tempo há várias cidades latino-americanas, como São Paulo, Cidade do México e Buenos Aires, que tiveram um crescimento de 0,85%, 0,89% e 0,78%, respectivamente, em relação ao ano passado.

As cidades médias que assustam as capitais

A divulgação dos primeiros dados do Censo 2022 pegou muita gente de surpresa. Segundo o IBGE, o Brasil tem hoje cerca de 203 milhões de habitantes, número abaixo da expectativa do Instituto, que era de 215 milhões. Outro dado que chamou atenção foi o crescimento das cidades médias (100 mil a 499 mil habitantes), que ganharam 8,3 milhões de habitantes. Considerando que a população do país cresceu 12 milhões desde o Censo 2010, essas cidades respondem por mais de dois terços do aumento.

As cidades médias que assustam as capitais - Image 1 of 4As cidades médias que assustam as capitais - Image 2 of 4As cidades médias que assustam as capitais - Image 3 of 4As cidades médias que assustam as capitais - Image 4 of 4As cidades médias que assustam as capitais - Mais Imagens+ 5

O verde insustentável do subúrbio americano

Em uma viagem recente aos Estados Unidos, olhei a vista da janela do avião ao decolar de Tampa, na Flórida, e chamou atenção a perfeita paisagem verde do subúrbio americano. Sequências organizadas de árvores que pareciam iguais, cobrindo o território plano como um tapete verde. Para alguns, o verde pode parecer um sonho de sustentabilidade integrada ao meio ambiente.

Nada poderia ser mais distante da verdade. O subúrbio americano, baseado no conceito ultrapassado da “cidade jardim”, foi projetado para incentivar o automóvel, a moradia unifamiliar residencial de baixa densidade e o zoneamento de atividades. Tal modelo inviabiliza transporte ativo (a pé ou de bicicleta) e torna o transporte de massa, que exige densidade e caminhabilidade, inviável.

Para além do palco: impactos urbanos dos megashows

Quando astros musicais mundialmente famosos como Beyoncé, Taylor Swift e Paul McCartney anunciam suas turnês globais, após o frisson provocado pela divulgação dos países e das respectivas cidades-sede, esses locais se preparam para comportar a série de mudanças que serão desencadeadas por esses eventos em seus espaços urbanos. Esses megashows não se restringem ao âmbito musical, eles transcendem o palco para mobilizar cifras significativas e implicar em diversas transformações no cotidiano urbano dessas cidades. Mesmo que durante um curto período de tempo, esses eventos provocam alterações em variadas esferas e setores urbanos, como o turístico, o hoteleiro, o alimentício e o de transporte.

Espaços públicos socialmente justos são cruciais para sociedades prósperas

Uma das instâncias mais radicais de transformação do espaço público aconteceu recentemente. Durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19, o espaço público se transformou em "um recurso médico, centro de distribuição, espaço de transbordamento, local de protesto e resistência, academia, centro para idosos, centro comunitário, creche, pátio escolar, boate, via de transporte, restaurante ao ar livre, shopping center, parquinho infantil, teatro aberto, espaço de música, refugio natural e um lugar de pertencimento, de 'sentir-se em casa'".

Espaços públicos socialmente justos são cruciais para sociedades prósperas - Image 1 of 4Espaços públicos socialmente justos são cruciais para sociedades prósperas - Image 2 of 4Espaços públicos socialmente justos são cruciais para sociedades prósperas - Image 3 of 4Espaços públicos socialmente justos são cruciais para sociedades prósperas - Image 4 of 4Espaços públicos socialmente justos são cruciais para sociedades prósperas - Mais Imagens

O impacto das ferramentas de inteligência artificial na arquitetura em 2024 (e além)

Em 2022, uma audiência mais ampla teve acesso a ferramentas de inteligência artificial inesperadamente poderosas, como Stable Diffusion, Midjourney e DALL-E 2 para geração de texto para imagem, além do chatbot da OpenGPT.  

Um ano depois, analistas, organizações e governos afirmaram que essas tecnologias representarão riscos profundos para a sociedade e a humanidade, desde a perda de empregos causada pela automação até a perturbação dos processos democráticos e a automatização de armas.

Cidades em destaque: lições de 2023 sobre resiliência ambiental

No cenário em constante evolução do século XXI, as cidades despontam como modelos de inovação em relação aos objetivos de desenvolvimento sustentável. Criativamente, enfrentam desafios urbanos urgentes, como densidade populacional, transporte, habitação e resiliência. Possuem o potencial de liderar uma agenda climática abrangente, atuando como laboratórios para iniciativas sustentáveis, inovações inter-setoriais e estratégias orientadas para a comunidade. As cidades agem como catalisadoras de revoluções, implementando soluções impactantes que podem ser aplicadas globalmente.

Cidades em destaque: lições de 2023 sobre resiliência ambiental - Image 1 of 4Cidades em destaque: lições de 2023 sobre resiliência ambiental - Image 2 of 4Cidades em destaque: lições de 2023 sobre resiliência ambiental - Image 3 of 4Cidades em destaque: lições de 2023 sobre resiliência ambiental - Image 4 of 4Cidades em destaque: lições de 2023 sobre resiliência ambiental - Mais Imagens+ 5

Jardins flutuantes estão transformando o rio Chicago

O projeto Wild Mile é uma iniciativa ambiciosa da organização sem fins lucrativos Urban Rivers, que visa recuperar um trecho de 1,5 km do rio Chicago, nos Estados Unidos. O projeto envolve a criação de um oásis urbano vibrante e sustentável com calçadões e jardins flutuantes.

Desde a inauguração de sua primeira seção em julho de 2023, o Wild Mile já atraiu mais de 30.000 visitantes, incluindo moradores locais, programas educacionais e eventos especiais. Os líderes da Urban Rivers expressam seu orgulho das conquistas do projeto, destacando a transformação de um trecho do rio antes negligenciado em um espaço público próspero tanto para a vida selvagem quanto para as pessoas.

Curso "Políticas Habitacionais: Resultados e Desafios"

Laboratório Arq.Futuro de Cidades lança curso sobre políticas habitacionais no Brasil


Entre 29 de janeiro e 3 de fevereiro, o Laboratório Arq.Futuro de Cidades, do Insper, ministrará o curso “Políticas Habitacionais: Resultados e Desafios”. As aulas acontecerão presencialmente na Vila Olímpia, São Paulo, em que os alunos estudarão os diferentes mecanismos adotados na esfera governamental, na busca de soluções e da garantia a um direito constitucional, que é a moradia. 

Conforme a Fundação João Pinheiro (2021), o déficit habitacional brasileiro é equivalente a quase seis milhões de casas. As moradias desse estudo são divididas em três categorias: habitações precárias (1.482.585), coabitações

Seis arquitetas do Oriente Médio e da Ásia para conhecer

Há e sempre existiram mulheres arquitetas, planejadoras e políticas urbanas inspiradoras, mas em todo o mundo, as profissões de ambiente construído – e em particular seus escalões superiores – permanecem fortemente dominadas por homens, mais do que outras esferas, como educação ou saúde.

Hoje, 64% dos arquitetos formados no Brasil são mulheres. Na Engenharia, houve um aumento de 42% no número de mulheres registradas no CREA desde 2016. Mas, onde estão esses reflexos na sociedade brasileira? No mundo o processo é mais lento. Temos apenas 40% de mulheres arquitetas e pouquíssimas nos papéis de líderes.

Seis arquitetas do Oriente Médio e da Ásia para conhecer - Image 1 of 4Seis arquitetas do Oriente Médio e da Ásia para conhecer - Image 2 of 4Seis arquitetas do Oriente Médio e da Ásia para conhecer - Image 3 of 4Seis arquitetas do Oriente Médio e da Ásia para conhecer - Image 4 of 4Seis arquitetas do Oriente Médio e da Ásia para conhecer - Mais Imagens+ 2

Escadarias urbanas: poesias verticais nas cidades

As escadarias desempenham um papel importante nos trânsitos e deslocamentos dentro das cidades, podendo moldar a forma como as comunidades interagem e se movem em seus ambientes urbanos. Muitas vezes despercebidas em meio à paisagem, elas são testemunhas importantes da história, conectores fundamentais, e mais do que simples elementos arquitetônicos, elas são espaços onde o ritmo da vida urbana se desenrola. Entre os prédios, morros, ladeiras e ruas movimentadas, as escadarias se revelam como palcos de deslocamentos, de encontros e desencontros, onde o tecido da cidade se entrelaça às histórias contadas a cada degrau.

Escadarias urbanas: poesias verticais nas cidades - Image 1 of 4Escadarias urbanas: poesias verticais nas cidades - Image 2 of 4Escadarias urbanas: poesias verticais nas cidades - Image 3 of 4Escadarias urbanas: poesias verticais nas cidades - Image 4 of 4Escadarias urbanas: poesias verticais nas cidades - Mais Imagens+ 15

Seis a cada dez brasileiros sentem medo diante da previsão de chuvas intensas, aponta pesquisa

Diante da previsão de chuvas fortes nas regiões onde moram, 64% dos brasileiros sentem medo. Para 76% das pessoas, as cidades não estão preparadas para enfrentar chuvas fortes, tempestades ou alagamentos. Os dados fazem parte de uma pesquisa inédita realizada pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em cooperação com a UNESCO no Brasil e o apoio da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (ANAMMA ) e da Aliança Bioconexão Urbana. O resultado completo do estudo será apresentado no dia 2 de dezembro durante a 28a Conferência de Mudanças Climáticas da ONU, a COP 28, que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Seis a cada dez brasileiros sentem medo diante da previsão de chuvas intensas, aponta pesquisa - Image 1 of 4Seis a cada dez brasileiros sentem medo diante da previsão de chuvas intensas, aponta pesquisa - Image 2 of 4Seis a cada dez brasileiros sentem medo diante da previsão de chuvas intensas, aponta pesquisa - Image 3 of 4Seis a cada dez brasileiros sentem medo diante da previsão de chuvas intensas, aponta pesquisa - Image 4 of 4Seis a cada dez brasileiros sentem medo diante da previsão de chuvas intensas, aponta pesquisa - Mais Imagens+ 2