1. ArchDaily
  2. Arquitetura Brasilseira

Arquitetura Brasilseira: O mais recente de arquitetura e notícia

Artacho Jurado, arquiteto?

Bretagne, Louvre, Viadutos, Planalto. Estes são apenas alguns dos projetos assinados por Artacho Jurado, um personagem controverso no universo arquitetônico paulista. Com uma atenção especial dada aos elementos decorativos, o arquiteto autodidata foi extremamente criticado na época pela classe profissional, mas aceito pelo público. Hoje, sua obra costuma ganhar cada vez mais atenção por despontar como algo que se vislumbrou além do cânone moderno, de modo que seus edifícios se tornaram símbolos da paisagem urbana de São Paulo. Numa investigação sobre sua arquitetura, está em cartaz a exposição Artacho Jurado, arquiteto?, com curadoria de Abilio Guerra na Chácara Lane, Museu da Cidade de São Paulo até abril de 2022.

Coberturas descoladas do volume: condicionamento climático em 13 projetos brasileiros

Coberturas descoladas do volume: condicionamento climático em 13 projetos brasileiros - Image 1 of 4Coberturas descoladas do volume: condicionamento climático em 13 projetos brasileiros - Image 2 of 4Coberturas descoladas do volume: condicionamento climático em 13 projetos brasileiros - Image 3 of 4Coberturas descoladas do volume: condicionamento climático em 13 projetos brasileiros - Image 4 of 4Coberturas descoladas do volume: condicionamento climático em 13 projetos brasileiros - Mais Imagens+ 26

Sombra e ventilação contínua são alguns dos benefícios que uma cobertura elevada pode proporcionar. Esta é uma estratégia de condicionamento climático que proporciona o resfriamento e combate a umidade, por isso, muitas vezes arquitetos e arquitetas brasileiros optam por tal solução ao lidar com o clima tropical. 

Casas Brasileiras: 11 residências com beiral

Frequentemente empregado em projetos residenciais e atuando como uma extensão da laje, o beiral abandonou na contemporaneidade a timidez dimensional e aplicação intimamente ligada a proteção das faces externas contra a chuva e, indo muito além, é reinventado, garantindo novos espaços de convívio, como a varanda por exemplo, que parece ressignificar o antigo alpendre bandeirista e cria uma extensão dos interiores quebrando os limites entre interno e externo. 

As residências de Eduardo Longo: utopia e experimentação

Descrever a obra de um arquiteto é, por vezes, um trabalho árduo. Pontuar a produção pelos diferentes quesitos a qual o conjunto está atrelado é sujeito a categorizações no quadro contextual inserido. No caso de Eduardo Longo, parece haver distinção a este aspecto, uma vez que o trabalho do arquiteto apresenta certa negação aos princípios presentes na época na busca por experimentações. Ingressando em 1961 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, deparou-se com um momento particular da arquitetura brasileira: a formação da chamada “Escola Paulista” e também junto a instabilidade no quadro político nacional, pelo processo inicial da ditadura militar no Brasil e construção da capital do país.

Enquanto estudante, afastou-se dos cânones da Escola Paulista na busca de experimentação e desenvolvimento de novas discussões. É neste cenário que, no quarto ano da academia, Longo desenha a Casa de praia Mar Casado, projeto destinado a seus tios e altamente criticado pelo corpo docente e estudantes, decorrente da “forma independente de interpretar a arquitetura” [1] e conformação estrutural – que incorporava um desenho não ortogonal, com ângulos agudos e obtusos junto à cobertura multifacetada –, não se adequando ao brutalismo paulista. Mesmo em meio às críticas, o projeto viria a ser construído e receber reconhecimento por sua relevância pelo crítico de arte Pietro Maria Bardi em 1967, na Revista Domus em 1968 e instituído ao livro de Yves Bruand em 1981 [2].