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Sou Fujimoto serve de inspiração na Fashion Week de Paris

Na Fashion Week de Paris deste ano a maison suíça Akris mostrou sua coleção de primavera/verão 2016: uma montagem de vestes baseada na obra do arquiteto japonês Sou Fujimoto.

O diretor criativo da Akris, Albert Kriemler, foi apresentado a Fujimoto pelo fotógrafo Iwan Baan quando trabalhava na Université Paris-Saclay. Com grande admiração, Kriemler foi então influenciado pela obra do arquiteto: "Tenho admirado a obra de Sou Fujimoto e sua abordagem única em relação à arquitetura há algum tempo [...] Há arquitetos cuja visão é próxima à essência da moda - criar uma relação entre o corpo e o ambiente que ajude os seres humanos a viver confortavelmente."

As peças da coleção foram organizadas em grupos que correspondem a projetos arquitetônicos específicos - vestes perfuradas lembram a House of Hungarian Music:

"L'Arbre Blanc" - a torre multiuso de Sou Fujimoto em Montpellier

As autoridades de Montpellier escolheram o projeto "A Árvore Branca (L'Arbre Blanc) de Sou Fujimoto Architects, Nicolas Laisné Associés e Manal Rachdi Oxo architects como vencedor do concurso "Folie Arquitetônico do século 21". Inspirada na tradicional vida ao ar livre da cidade e nas propriedades eficientes de uma árvore, a torre de uso misto se "alimentará" dos recursos naturais encontrados no local a medida que se ergue à altura de 17 andares e conecta os novos e antigos distritos de Montpellier.

O medo sustenta o urbanismo sustentável

Neste artigo, originalmente publicado no Australian Design Review como "Saudade de um Verde Presente", Ross Exo-Adams examina o medo que está por trás da tendência do urbanismo sustentável, e considera que a crise em meio a qual nos encontramos não pode ser confinada somente para as questões ecológicas.

Na última década, os arquitetos encontraram-se cada vez mais projetando distritos, bairros, zonas francas e até mesmo novas cidades inteiras: um fenômeno que tem sido acompanhado por um compromisso com a ‘sustentabilidade’, que agora aparece inseparável do próprio projeto de urbanismo. Enquanto a 'sustentabilidade' continua sendo um conceito vago, na melhor das hipóteses, ainda assim é se apresentada com senso de urgência semelhante àqueles que impulsionaram muitos dos grandes movimentos da arquitetura moderna frente à frente com a cidade. Implícita a tal urgência está uma referência retórica a um medo coletivo de alguma forma palpável, seja o medo da revolução (Le Corbusier), medo da tabula rasa cultural (Jane Jacobs, Team X) ou o nosso novo medo: colapso ecológico. É óbvio que os inumeráveis projetos "eco" que surgiram em todo o mundo não seriam viáveis se não o fato de eles apareceram em um contexto de catástrofe iminente - uma condição de proporções assustadoras. No entanto, a essência desse medo está longe de ser clara. De fato, à luz da catástrofe ecológica e em meio a qualquer fetiche por moinhos de vento ou por vegetação, os arquitetos têm cultivado o que parece ser uma nostalgia curiosa para o presente - um pragmatismo cuja falta de paciência para o passado procura uma espécie de reconstituição do presente em imaginar qualquer futuro. Então, se não a do caos climático, qual é a verdadeira natureza desse medo que está no cerne dos projetos urbanísticos de hoje, os '"urbanismos ecológicos"?

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