Romullo Baratto

Romullo Baratto é arquiteto e urbanista, doutor em arquitetura e cinema pela FAU-USP. Project Manager do ArchDaily, também trabalha como fotógrafo de arquitetura. Integrou a equipe curatorial da 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo em 2017. Siga-me no instagram: @romullobf

NAVEGUE POR TODOS OS PROJETOS DESTE AUTOR

UIA2021RIO inaugura programação virtual com debates sobre arquitetura, periferia e inclusão social

O 27º Congresso Mundial de Arquitetos deu início esta semana à sua programação online, que precede as atividades presenciais marcadas para acontecer entre 18 e 22 de julho. Inclusão social, periferia e intervenções arquitetônicas em favelas foram os temas dos debates que contaram com a participação de Fabienne Hoelzel, Maria Alice Rezende de Carvalho, Alfredo Brillembourg, Jorge Mário Jáuregui, Alejandro Echeverri e Adriana Levisky.

Casas brasileiras: 19 residências em terrenos estreitos

Casas brasileiras: 19 residências em terrenos estreitos - Image 1 of 4Casas brasileiras: 19 residências em terrenos estreitos - Image 2 of 4Casas brasileiras: 19 residências em terrenos estreitos - Image 3 of 4Casas brasileiras: 19 residências em terrenos estreitos - Image 4 of 4Casas brasileiras: 19 residências em terrenos estreitos - Mais Imagens+ 15

Adensamento e a demanda pelo solo urbano resultaram, entre outras coisas, na redução das dimensões dos lotes nas cidades. Grandes porções de terra, outrora destinadas a residências unifamiliares, passaram a receber edifícios onde vivem muitas famílias e, dependendo da localização, que contam em seus térreos com serviços e estabelecimentos comerciais. Construir uma casa em grandes centros urbanos não é fácil, e um dos motivos é a ausência de lotes para isso ou, quando existem, suas reduzidas dimensões.

Países Baixos abrem inscrições para bolsas de estudo exclusivas para brasileiros

Com um dos melhores sistemas de ensino superior do mundo, os Países Baixos oferecem anualmente bolsas de estudos para brasileiros através do programa Orange Tulip Scholarships. As inscrições para o ano letivo de 2021/2022 já estão abertas para estudantes de graduação, pós-graduação ou MBA.

Mais de 20 universidades holandesas participam do programa, oferecendo opções de bolsas para cursos das áreas de Artes, Ciências Biológicas, Saúde, Exatas, Tecnológicas e Humanas, incluindo alguns voltados à arquitetura e planejamento urbano – todos ministrados em inglês.

Projeto baseado em economia circular transforma cascas de sururu em cobogó em Alagoas

Considerado patrimônio imaterial pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC) de Alagoas, o sururu é um molusco cuja pesca constitui a principal fonte de renda para diversas comunidades do estado. Apenas em torno do lago Mundaú, em Maceió, cinco favelas que vivem abaixo da linha de pobreza produzem anualmente cerca de 300 toneladas de cascas de sururu – uma enorme quantidade de um material que, até então, não apresentava nenhuma utilidade e acabava sendo destinado a aterros sanitários da capital alagoana.

Enxergando nisso grande potencial econômico e de engajamento social, os designers Marcelo Rosenbaum, Adriana Benguela, e Rodrigo Ambrósio desenvolveram o projerto Cobogó da Mundaú, que incorpora os resíduos da pesca do sururu na fabricação de elementos vazados para arquitetura.

Projeto baseado em economia circular transforma cascas de sururu em cobogó em Alagoas - Image 1 of 4Projeto baseado em economia circular transforma cascas de sururu em cobogó em Alagoas - Image 2 of 4Projeto baseado em economia circular transforma cascas de sururu em cobogó em Alagoas - Image 3 of 4Projeto baseado em economia circular transforma cascas de sururu em cobogó em Alagoas - Image 4 of 4Projeto baseado em economia circular transforma cascas de sururu em cobogó em Alagoas - Mais Imagens+ 5

Mais vegetação, espaços de convívio e mobilidade ativa: o que desejam os paulistanos na pandemia

A resiliência urbana foi posta em cheque com a chegada da pandemia de forma acelerada e drástica nas cidades. A limitação de deslocamentos, contatos e acesso aos espaços públicos foi a estratégia mais eficaz de contenção do vírus. Mas a estrutura da cidade, somada à falta de políticas públicas emergenciais, revelou-se nada resiliente quando grande parcela da população teve que continuar percorrendo longos trajetos em transporte público para trabalhar em serviços essenciais, e também quando a saúde mental e física da população foi afetada pela falta de acesso a locais que possibilitassem a prática de exercício físico em segurança, evidenciando a precariedade de oferta desses espaços na cidade.

Mais vegetação, espaços de convívio e mobilidade ativa: o que desejam os paulistanos na pandemia - Image 1 of 4Mais vegetação, espaços de convívio e mobilidade ativa: o que desejam os paulistanos na pandemia - Image 2 of 4Mais vegetação, espaços de convívio e mobilidade ativa: o que desejam os paulistanos na pandemia - Image 3 of 4Mais vegetação, espaços de convívio e mobilidade ativa: o que desejam os paulistanos na pandemia - Image 4 of 4Mais vegetação, espaços de convívio e mobilidade ativa: o que desejam os paulistanos na pandemia - Mais Imagens

Primeiro ônibus convertido em unidade de saúde contra Covid-19 já está em operação no Brasil

Desenvolvido pelo estúdio brasileiro Democratic Architects, o O-SI - Ônibus de Saúde Imediata nasceu de ideias elaboradas por designers e médicos focados em desenvolver uma plataforma modular que disponibilizasse serviços de atendimento de saúde para a população, de forma moderna, segura e ágil, tendo como base a utilização de tecnologias de ponta e conceitos atuais de healthcare com mobilidade, reuso sustentável e inclusão social.

Primeiro ônibus convertido em unidade de saúde contra Covid-19 já está em operação no Brasil - Image 1 of 4Primeiro ônibus convertido em unidade de saúde contra Covid-19 já está em operação no Brasil - Image 2 of 4Primeiro ônibus convertido em unidade de saúde contra Covid-19 já está em operação no Brasil - Image 3 of 4Primeiro ônibus convertido em unidade de saúde contra Covid-19 já está em operação no Brasil - Image 4 of 4Primeiro ônibus convertido em unidade de saúde contra Covid-19 já está em operação no Brasil - Mais Imagens+ 5

"Êxito é a apropriação e uso do espaço construído": entrevista com Noelia Monteiro

Falar é mais fácil que fazer, e quando nos referimos à prática da arquitetura – uma atividade fortemente condicionada por inúmeros fatores que lhe são, digamos, externos – essa afirmação toma ainda mais corpo. Não é qualquer profissional que se dispõe a contribuir com a solução de problemas de comunidades distantes, relativamente isoladas, e em condições de vulnerabilidade social e ambiental; este é, porém, precisamente o foco de atuação de Noelia Monteiro, arquiteta argentina que trabalha no Brasil e, junto de Christian Teshirogi, fundou em 2015 o Estúdio Flume.

Desenvolvendo projetos na companhia de equipes multidisciplinares que envolvem profissionais da arquitetura, engenharias, ciências sociais, geologia e antropologia, a abordagem da arquiteta não é, por isso, menos pessoal. Exige, na realidade, certa dose de envolvimento com as comunidades, aproximando as pessoas do processo de projeto desde os primeiros momentos até a conclusão. O resultado desta prática vem sendo reconhecido com importantes prêmios nacionais e, mais recentemente, o ArchDaily selecionou Noelia para sua lista de melhores jovens escritórios e práticas de 2020.

"Êxito é a apropriação e uso do espaço construído": entrevista com Noelia Monteiro - Imagen 1 de 4"Êxito é a apropriação e uso do espaço construído": entrevista com Noelia Monteiro - Imagen 2 de 4"Êxito é a apropriação e uso do espaço construído": entrevista com Noelia Monteiro - Imagen 3 de 4"Êxito é a apropriação e uso do espaço construído": entrevista com Noelia Monteiro - Imagen 4 de 4Êxito é a apropriação e uso do espaço construído: entrevista com Noelia Monteiro - Mais Imagens+ 11

Edifícios transparentes e a ilusão da democracia

Entre 1914 e 1915, Le Corbusier projetava a Maison Dom-Ino, uma proposta de sistema estrutural que subvertia os modelos de então substituindo densas paredes portantes por pilares e lajes de concreto reforçado com aço. Muito mais leve e composto por elementos esbeltos, a este sistema se uniria o uso de grandes superfícies de vidro que garantiriam, de uma só vez, a entrada de higiênica luz solar nos espaços interiores e uma almejada transparência arquitetônica que diluiria as fronteiras entre interior e exterior – ao menos, metaforicamente.

Edifícios transparentes e a ilusão da democracia  - Image 1 of 4Edifícios transparentes e a ilusão da democracia  - Image 2 of 4Edifícios transparentes e a ilusão da democracia  - Image 3 of 4Edifícios transparentes e a ilusão da democracia  - Image 4 of 4Edifícios transparentes e a ilusão da democracia  - Mais Imagens+ 4

Designer retrata cotidiano do isolamento em livro ilustrado

Nos primeiros dois meses do isolamento em decorrência da Covid-19, o designer Ivan Jerônimo acumulou mais de quarenta desenhos que mostram objetos e ambientes de seu apartamento. São cenas comuns mas que, de repente, foram promovidas a primeiro plano durante a pandemia.

Designer retrata cotidiano do isolamento em livro ilustrado - Image 1 of 4Designer retrata cotidiano do isolamento em livro ilustrado - Image 2 of 4Designer retrata cotidiano do isolamento em livro ilustrado - Image 3 of 4Designer retrata cotidiano do isolamento em livro ilustrado - Image 4 of 4Designer retrata cotidiano do isolamento em livro ilustrado - Mais Imagens+ 2

"O Brasil é sinônimo de desigualdade": imagens aéreas mostram o abismo socioeconômico em cidades brasileiras

"O Brasil é sinônimo de desigualdade": imagens aéreas mostram o abismo socioeconômico em cidades brasileiras - Image 1 of 4"O Brasil é sinônimo de desigualdade": imagens aéreas mostram o abismo socioeconômico em cidades brasileiras - Image 2 of 4"O Brasil é sinônimo de desigualdade": imagens aéreas mostram o abismo socioeconômico em cidades brasileiras - Image 3 of 4"O Brasil é sinônimo de desigualdade": imagens aéreas mostram o abismo socioeconômico em cidades brasileiras - Image 4 of 4O Brasil é sinônimo de desigualdade: imagens aéreas mostram o abismo socioeconômico em cidades brasileiras - Mais Imagens+ 7

Desigualdade socioeconômia é um termo com o qual a maioria de nós está familiarizado, no entanto, embora sentida na pele por boa parte da população mundial, permanece relativamente abstrata para muita gente. Torná-la visível é a proposta do fotógrafo Johnny Miller que, através do projeto Unequal Scenes, vem registrando territórios de tensão a partir de uma perspectiva bastante esclarecedora: a imagem aérea.

Iniciado na África do Sul, país social e espacialmente marcado pelo apartheid, o projeto foi recentemente trazido ao Brasil para registrar contextos em que pobreza e riqueza extremas coexistem a poucos metros, mostrando que distância não é apenas uma grandeza fisicamente mensurável, mas também pode assumir aspectos mais complexos, profundamente enraizados em nossa sociedade.

6 Filmes que usam visualizações arquitetônicas para contar histórias e criar atmosferas

Representar o mundo real está, sem nenhuma dúvida, na gênese do cinema, uma arte que nasce da fotografia, posta em sequência para oferecer ao espectador a impressão de movimento. Tão verdade, que o primeiro registro fílmico de que se tem notícia, de 1895, mostrava a chegada de um trem à estação de Ciolat, na França – um acontecimento banal no cotidiano das cidades europeias do século XIX. 

Entretanto, por mais que a realidade concreta faça parte do cinema, não se pode negar que o fascínio exercido por esta arte venha, em grande medida, de sua capacidade de criar mundos imaginários, ativar espaços mentais e desencadear emoções. Nesse sentido, o mundo real pode muitas vezes não bastar como combustível, inspiração ou pano de fundo das histórias elaboradas por diretoras e roteiristas, exigindo das equipes de direção de arte e cenografia a criação de realidades outras, imateriais, que sirvam de base para a narrativa. 

6 Filmes que usam visualizações arquitetônicas para contar histórias e criar atmosferas - Image 1 of 46 Filmes que usam visualizações arquitetônicas para contar histórias e criar atmosferas - Image 2 of 46 Filmes que usam visualizações arquitetônicas para contar histórias e criar atmosferas - Image 3 of 46 Filmes que usam visualizações arquitetônicas para contar histórias e criar atmosferas - Image 4 of 46 Filmes que usam visualizações arquitetônicas para contar histórias e criar atmosferas - Mais Imagens+ 8

Como impactamos o planeta? Transformações na Terra pela ação humana vistas de cima

Os impactos causados pelo ser humano no planeta Terra passaram e ser tema recorrente, e cada vez mais se fala em um caminho sem volta. Aquecimento global, gases de efeito estufa, exploração dos recursos naturais e produção de resíduos sólidos e atmosféricos são alguns dos assuntos mais urgentes com os quais a comunidade global precisa lidar se desejamos um futuro de qualidade para as próximas gerações. Essas questões são tema e podem ser visualizadas em cores e alta definição no novo livro Overview Timelapse: How We Change the Earth, de Benjamin Grant e Timothy Dougherty, que reúne 250 fotografias feitas por satélite ou drone de regiões em transformação na Terra.

Como impactamos o planeta? Transformações na Terra pela ação humana vistas de cima - Image 1 of 4Como impactamos o planeta? Transformações na Terra pela ação humana vistas de cima - Image 2 of 4Como impactamos o planeta? Transformações na Terra pela ação humana vistas de cima - Image 3 of 4Como impactamos o planeta? Transformações na Terra pela ação humana vistas de cima - Image 4 of 4Como impactamos o planeta? Transformações na Terra pela ação humana vistas de cima - Mais Imagens+ 15

Gabriela de Matos é eleita Arquiteta do Ano pelo IAB-RJ

A arquiteta Gabriela de Matos, criadora do projeto Arquitetas Negras, foi eleita a Arquiteta do Ano pelo Departamento Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil. Junto dela, o IAB-RJ homenageou também a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em evento online realizado esta semana para o anúncio dos selecionados da 58ª Premiação Anual e do 37º Prêmio Arquiteto do Amanhã.

Dedicando-se a explorar o debate racial de forma interseccional ao debate de gênero, de arquitetura e de cidade, Gabriela destacou em seu discurso a importância de reconhecer que "embora o campo da arquitetura e urbanismo seja ainda um campo elitista e racista, é justamente a formação de arquitetas e arquitetos urbanistas que vejam a arquitetura como ferramenta social, que pode contribuir para a diminuição dos abismos e desigualdades presentes em nossa sociedade". 

Explorando a anatomia arquitetônica: entrevista com Corpo Atelier

Fundado por Filipe Paixão em 2014, Corpo Atelier é um estúdio de arquitetura e arte com sede em Faro, Portugal, voltado para a exploração e expansão da anatomia arquitetônica com uma prática baseada na tradição do desenho à mão. Com projetos que englobam reabilitações de estruturas preexistentes, edifícios novos, design de produto, textos e editoração de livros, o ateliê enxerga essa diversidade como algo natural à prática arquitetônica, "processos conceituais que são exatamente os mesmos."

Após o estúdio ter sido selecionado para a lista dos melhores Jovens Escritórios de Arquitetura de 2020 do ArchDaily, tivemos a oportunidades de conversar com Filipe Paixão sobre as abordagens projetuais do ateliê, sua visão interdisciplinar e seu gosto pelo trabalho do artista Gordon Matta-Clark. Leia a entrevista a seguir:

Explorando a anatomia arquitetônica: entrevista com Corpo Atelier - Imagem 1 de 4Explorando a anatomia arquitetônica: entrevista com Corpo Atelier - Imagem 2 de 4Explorando a anatomia arquitetônica: entrevista com Corpo Atelier - Imagem 3 de 4Explorando a anatomia arquitetônica: entrevista com Corpo Atelier - Imagem 4 de 4Explorando a anatomia arquitetônica: entrevista com Corpo Atelier - Mais Imagens+ 6

"Habitação popular é um exercício de fazer mais com menos": Entrevista com Jirau

No interior de Pernambuco, na cidade de Caruaru – cerca de 130 quilômetros a oeste de Recife – um escritório de arquitetura se destaca por soluções originais para um problema de sempre: habitação de interesse social. Fundado em 2010 e dirigido por Pablo Patriota e Bernado Lopes, o Jirau vem explorando um fazer projetual profundamente ligado aos modos de habitar de sua região, construindo em diversas escalas e tipologias para diferentes programas.

"Habitação popular é um exercício de fazer mais com menos": Entrevista com Jirau - Image 1 of 4"Habitação popular é um exercício de fazer mais com menos": Entrevista com Jirau - Image 2 of 4"Habitação popular é um exercício de fazer mais com menos": Entrevista com Jirau - Image 3 of 4"Habitação popular é um exercício de fazer mais com menos": Entrevista com Jirau - Image 4 of 4Habitação popular é um exercício de fazer mais com menos: Entrevista com Jirau - Mais Imagens+ 7