Constanza Martínez Gaete

Jornalista da Universidade de Santiago, Chile (Usach). Twitter: @ConiMartinezG

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Como o cruzamento cicloviário mais movimentado do mundo pode ajudar a aumentar a segurança dos ciclistas

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© lickr Usuário: Mikael Colville-Andersen. Licença CC BY 2.0

É provável que muitos leitores tenham ficado impressionados com este GIF que mostra a hora de pico em Copenhague. Mas, conseguem imaginar quantos ciclistas passam por ali?

Segundo dados da Copenhagenize, diariamente transitam por lá aproximadamente 42.600 ciclistas, ou seja, 86% do fluxo nesse cruzamento, que recebe o nome de Søtorvet devido a um edifício homônimo ali localizado, é composto por ciclistas.

Estes números fazem deste o cruzamento cicloviário mais movimentado do mundo e, consequentemente, um dos mais seguros. Saiba o motivo a seguir.

As 7 causas mais comuns de congestão viária e as estratégias (exitosas) para enfrentá-la

As horas que anualmente se perdem nos congestionamentos de trânsito (ou semáforos) é cada vez maior em diferentes cidades do mundo, e não só nos Estados Unidos como poderia se imaginar.

De fato, em Estambul os motoristas perdem 110 horas por ano simplesmente por conta do trânsito das vias, e nas nove cidades mais congestionadas dos Estados Unidos, são cerca de 42 horas, segundo o Índice de Tráfego TomTom.

Este problema não surgiu do nada, trata-se de uma consequência do desenho que, durante as últimas décadas, foi privilegiado nas cidades e que foi centrado no automóvel, com mais projetos para aumentar sua infraestrutura penando que, assim, criaria-se uma solução para tal questão.

Nova Iorque cadastra todas as árvores da cidade

Os espaços públicos, praças e parques de Nova Iorque são geridos pelo Departamento de Parques e Recreação da Cidade (NYC Parks).

Os incomuns campos de futebol que melhoraram um bairro de Bangkok

Khlong Toei é um bairro em risco de Bangkok onde quase não há espaços públicos entre as centenas de residências. Os poucos espaços abertos que existem foram convertidos em lixões, deixando a populações sem opções de espaços de convívio e lazer.

A realidade desta região da capital tailandesa contrasta muito com outras partes privilegiadas da cidade, que contam com grandes parques, como o Benjakiti e Lumpini que têm 21 e 58 hectares, respectivamente.

Nova Iorque cria plano com 105 iniciativas para melhorar a mobilidade urbana

Nova Iorque quebrou recordes em 2015, tanto em relação aos habitantes como aos turistas. O primeiro diz respeito ao número de habitantes: a cidade atingiu a cifra de 8,5 milhões, meio milhão a mais que há 15 anos. O segundo é referente ao número de turistas: 58,3 milhões, 65% a mais que em 2000.

O lado positivo de ambos os recordes batidos é que refletem o quão atraente se tornou a cidade, tanto para viver como para visitar. No entanto, para o Departamento de Transportes (DOT), as cifras também explicam porque o sistema de transportes da cidade está congestionado, o que impôs um novo desafio: como melhorar a experiência dos percursos com o menor impacto possível no meio ambiente, aumentando, por sua vez, a segurança pública?

Paris aprova a criação de mais espaços públicos nas margens do Sena

Os altos índices de poluição atmosférica que causa mais de 2.500 fatalidades por ano em Paris e a necessidade de mais espaços públicos levaram a prefeitura de Pais a propor um projeto de pedestrianização das margens do rio Sena.

A iniciativa foi apresentada pela primeira vez em maio de 2015 e em meados deste ano foi submetida a uma consulta pública para saber a opinião dos habitantes sobre a possibilidade mais espaços livres de automóveis. 

Como já divulgamos, o plano foi rechaçado, porém, o município decidiu que continuaria adiante com o projeto, elaborando 10 motivos que justificam a criação de mais espaços para os cidadãos.

Alejandro Aravena no Habitat III: "Se projetarmos boas cidades, podemos alcançar o desenvolvimento"

Na semana passada aconteceu em Quito, Equador, a Terceira Conferência sobre Habitação e Desenvolvimento Sustentável, Habitat III. Durante quatro dias, la conferência reuniu à delegações de mais de 142 países que tinham como objetivo aprovar uma Nova Agenda Urbana que foi apresentada no encerramento da cúpula na quinta-feira passada, dia 20 de outubro (saiba mais detalhes aqui).

Além disso, o evento contou com 36.000 participantes e diversos eventos que reuniram profissionais renomados de áreas relacionadas com o desenvolvimento urbano. Um deles foi o ciclo de Urban Talks, que teve como palestrante inaugural ao arquiteto chileno, vencedor do Prêmio Pritzker 2016, Alejandro Aravena.

Cursos online gratuitos sobre política do solo urbano

O Instituto Lincoln de Política do Solo é uma organização independente fundada em 1946 que busca melhorar a qualidade de vida nas cidades através das políticas do solo urbano.

A estratégia de Amsterdã para se adequar ao aumento do uso de bicicletas

Em qualquer parte do mundo, Amsterdã é sinônimo de bicicletas. Esta rápida associação é explicada pelo crescimento de 40% no uso desse modal em pouco mais de 20 anos; além disso, diariamente, 58% de seus habitantes pedalam mais de 2 milhões de quilômetros, o que faz dela uma das cidades mais preparadas do mundo para o uso da bicicleta como meio de transporte urbano, segundo o Ranking Copenhaguenize 2015.

Arte e Cidade: "Existe um poder muito lindo por trás de cada mural ou grafite"

No bairro de Recoleta, em Santiago, é possível ver grafites e murais realizados por renomados artistas urbanos, sendo um deles o ilustrador e muralista Fabián Anaya, mais conhecido como Faya El Capitán.

Em 2011, Faya começou a intervir nos espaços públicos do seu bairro quase como uma experimentação. Desde então o artista não parou e imprimiu sua em arte em diferentes cidades do Chile e da América Latina. Além disso, ele tem se aventurado em outras áreas para levar o muralismo a lugares remotos do país e assim vincular, sobretudo as crianças, à pintura.

Os benefícios das cidades caminháveis para seus habitantes

"Cities Alive: Towards a walking world" é uma das mais recentes publicações da companhia de desenho, engenharia e planejamento urbano Arup, na qual é aprofundada a discussão do papel das caminhadas no desenvolvimento das cidades.

Embora algumas cidades deem preferência para os deslocamentos a pé no momento de projetar espaços públicos, existem outras que ainda têm um longo caminho a percorrer nesse sentido, começando pela adoção de um paradigma de mobilidade que priorize os meios de transporte sustentáveis (caminhadas, bicicleta e transporte coletivo). 

O presente estudo da firma londrina começa identificando algumas ações que foram implementadas em 80 cidades tão diversas como Los Angeles (EUA), onde apenas 4% dos deslocamentos diários são realizados a pé, e Istambul (Turquia), onde este mesmo índice passa a 48%. 

Paris planeja inaugurar espaços públicos em linha de trem abandonada

A linha ferroviária Petite Ceinture foi inaugurada em 1852 para o transporte de carga e passageiros. Percorrendo 32 quilômetros e cruzando nove arrondissements da cidade, seu apogeu durou mais de oito décadas. 

No entanto, na primeira metade do século XX, o número de passageiros da linha caiu devido à ascensão do automóvel, fazendo com que em 1934 a linha deixasse de realizar esse tipo de serviço. O caminho continuou sendo usado apenas para cargas até os anos 1980, quando, finalmente, os trens deixaram de circular por ela. 

TED Talk com o artista eL Seed: um projeto de paz pintado em 50 edifícios

No início deste ano, o artista franco-tunisiano eL Seed realizou um mural que atraiu a atenção de vários veículos internacionais e das redes sociais por qualificar esteticamente o bairro de Manshiyat Nasr, no Cairo, uma região associada por muitos a um lixão.

O impacto do fluxo de veículos na habitabilidade dos bairros

Nos anos 1960, o urbanista britânico Donald Appleyard realizou uma série de estudos para descobrir se ruas com alto fluxo veicular e bom nível de habitabilidade poderiam coexistir em regiões residenciais.

Os resultados desses estudos demonstraram que os habitantes já reconheciam que as ruas muito movimentadas sofriam mais com a poluição e falta de segurança. 

Barcelona inaugura sua primeira "superquadra" voltada para pedestres e ciclistas

Em 2011, os meios de transporte mais usados de Barcelona eram o transporte público (39,9%) e as caminhadas (31,9%). Logo atrás vinha o automóvel particular (26,7%) e, por último, a bicicleta (1,5%).

Como predominavam os meios de transporte sustentáveis, a Prefeitura de Barcelona quis potencializá-los com um novo plano de mobilidade urbana para o período de 2013 a 2018. O objetivo é que, ao final desse ciclo, as caminhadas aumentem aproximadamente 10%, as bicicletas 67% e o transporte público 10%. Em relação ao automóvel particular, a meta e diminuir o uso em 21%.

6 bons exemplos de espaços públicos segundo a PPS

Que características fazem com que um lugar seja um bom espaço público é o debate que a organização Project of Public Spaces (PPS) vem desenvolvendo há mais de quatro décadas. Em todo este tempo, a organização trabalhou com mais de 3.000 comunidades de 43 países do mundo, experiência que produziu um consenso sobre quais são os principais atributos, sem deixar de lado o contexto local.

As qualidades e suas medições foram representadas pela PPS em um diagrama que propõe quatro atributos principais: sociabilidade, usos e atividades, acessos e vínculos, conforto e imagem. Casa um deles, por sua vez, compreende características intangíveis e critérios mesuráveis.

5 conselhos de desenho urbano, por Jan Gehl

O arquiteto dinamarquês Jan Gehl é uma referência a nível mundial em temáticas referentes ao desenho urbano e aos espaços públicos. Este reconhecimento foi obtido a partir da publicação de uma série de livros e, posteriormente, a partir de sua consultora Gehl Architects que, fundada em sua cidade natal, Copenhague, busca desenhar cidade para as pessoas.

Relatório Mundial das Cidades 2016: urbanização nos últimos 20 anos

Há algumas semanas, foi apresentado em Nova Iorque o Relatório Mundial das Cidades 2016, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, ONU-HABITAT.

Intitulado “Urbanização e Desenvolvimento: Futuros Emergentes”, este documento elabora uma análise global de como foi o processo de urbanização durante as últimas duas décadas, entre 1996 e 2016, que corresponde ao período entre cada Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável, mais conhecido como HABITAT, que teve sua primeira edição em Vancouver, Canadá.

Em junho de 1996, em Istambul (Turquia), realizou-se o Habitat II, em em outubro deste ano será realizado o Habitat III em Quito (Equador).