Se olhamos ao nosso redor, vemos que estamos rodeados de uma infinidade de corpos materiais de que nos servimos para dar curso de nossa vida: utensílios, ferramentas, máquinas, móveis, edificações, etc.
Estes corpos não se encontram na natureza com a ordem, forma e características que lhes exigimos. Ou seja, que foi necessário construi-los especialmente. São, portanto, corpos artificiais ou “artefatos” (artifício, feito por arte).
Sempre que vejo argumentos sensacionalistas sobre a intensidade espacial supostamente sublime de Kowloon Walled City em Hong Kong (demolida em 1994), elas me parecem nada além de fantasias coloniais que têm pouca relação com a realidade de viver no meio de uma das favelas mais cruéis do mundo. Você vê Kowloon aparecer constantemente como sendo ainda uma questão válida ou mesmo interessante. Este assentamento informal foi diagramado, fotografado e discutido por décadas do ponto de vista estético, tornando seus vitimizados e oprimidos habitantes praticamente invisíveis. Não significa que não tenha sido o lar de muitas pessoas e que não existam "boas lembranças" de lá, mas ainda, como todas as favelas, era um lugar difícil de viver, repleto de contradições na névoa de esperança por uma vida melhor.
Neste artigo originalmente publicado pela Metropolis Magazine como "Urban Hopes, Urban Dreams" (Esperanças Urbanas, Sonhos Urbanos), Samuel Medina analisa um novo livro sobre a obra de Steven Holl na China. Concentrando-se em cinco grandes projectos, o livro coloca o trabalho de Holl no contexto mais amplo de suas influências urbanísticas - incluindo idéias de sua própria arquitetura no papel que só agora estão reaparecendo.
Steven Holl é o raro arquiteto cujos conceitos são tão conhecidos quanto seus edifícios. O rendimento prolifico de Hall aparece tanto em edifícios quanto em monografias através da sua habilidade em marcar suas idéias. Urban Hopes: Made in China (Lars Müller, 2014) uma leitura condensada das mais recentes obras de Holl na China, é o último de uma sequência de pequenos livros que tem continuamente embalado o crescente corpo de trabalhos do arquiteto.
Ancoragem e Entrelaçamento apareceu em 1996 e expôs temas arquitetônicos e noções espaciais apenas parcialmente evidenciados através do seu trabalho até aquele momento. Em ambos, os prédios eram poucos e distantes entre si, espalhados entre as páginas impressas com a "arquitetura de papel", saída principal para as energias criativas de Holl nas décadas anteriores, desde sua mudança para Nova Iorque em 1976. Esses e outros títulos foram acompanhados por Parallax, em 2000, uma mistura de referências filosóficas, científicas e poéticas que ungem a arquitetura com a áurea do Gesamtkunstwerk. A ideia de Holl sobre "porosidade" fez sua estreia aqui, prematuramente, onde foi aplicada quase literalmente no Simmos Hall, MIT, em sua fachada esponjosa. Não foi até alguns anos mais tarde, quando o arquiteto colocou seus pés na China, que o conceito seria batizado como um princípio central do desenho urbano do século 21. O Urbanismo de 2009 tanto avança quanto recapitula as grandes ideias do livro anterior.
‘Habitat do Homo Economicus’, uma parte da "Hipnose Competitiva", Mostra de Arte e Arquitetura de New York, 2013. Imagem Cortesia de Ross Exo Adams e Ivonne Santoyo-Orozco
Neste artigo, originalmente publicado no Australian Design Review como "Saudade de um Verde Presente", Ross Exo-Adams examina o medo que está por trás da tendência do urbanismo sustentável, e considera que a crise em meio a qual nos encontramos não pode ser confinada somente para as questões ecológicas.
Na última década, os arquitetos encontraram-se cada vez mais projetando distritos, bairros, zonas francas e até mesmo novas cidades inteiras: um fenômeno que tem sido acompanhado por um compromisso com a ‘sustentabilidade’, que agora aparece inseparável do próprio projeto de urbanismo. Enquanto a 'sustentabilidade' continua sendo um conceito vago, na melhor das hipóteses, ainda assim é se apresentada com senso de urgência semelhante àqueles que impulsionaram muitos dos grandes movimentos da arquitetura moderna frente à frente com a cidade. Implícita a tal urgência está uma referência retórica a um medo coletivo de alguma forma palpável, seja o medo da revolução (Le Corbusier), medo da tabula rasa cultural (Jane Jacobs, Team X) ou o nosso novo medo: colapso ecológico. É óbvio que os inumeráveis projetos "eco" que surgiram em todo o mundo não seriam viáveis se não o fato de eles apareceram em um contexto de catástrofe iminente - uma condição de proporções assustadoras. No entanto, a essência desse medo está longe de ser clara. De fato, à luz da catástrofe ecológica e em meio a qualquer fetiche por moinhos de vento ou por vegetação, os arquitetos têm cultivado o que parece ser uma nostalgia curiosa para o presente - um pragmatismo cuja falta de paciência para o passado procura uma espécie de reconstituição do presente em imaginar qualquer futuro. Então, se não a do caos climático, qual é a verdadeira natureza desse medo que está no cerne dos projetos urbanísticos de hoje, os '"urbanismos ecológicos"?
No encontro da Associação Britânica de Medicina em 2006, quando as paixões de médicos e enfermeiros transbordaram, uma sala foi designada para o excedente de jornalistas, membros do público como eu, e profissionais de medicina que não puderam entrar ao salão principal. Algumas apresentações científicas devem ter ocorrido previamente nessa sala, para aparecer no telão em frente aos nossos assentos uma imagem em cores de uma mão coberta por uma luva de borracha segurando uma parte do intestino grosso de um paciente em operação cirúrgica. Os jornalistas olhavam ocasionalmente para essa imagem monstruosa somente para virar a cara como se ela fosse algo obsceno. Os médicos e enfermeiros na sala, entretanto, pareciam dar a ela mais e mais atenção, especialmente àqueles momentos quando as vozes dos oficiais do governo soavam através dos autofalantes, murmurando sobre reforma.
Interiors é uma revista de arquitetura e cinema publicada por Mehruss Jon Ahi e Armen Karaoghlanian. Interiors realiza uma coluna exclusiva para ArchDaily que analisa e esquematiza filmes em termos de espaço. Sua Official Store apresenta imagens exclusivas desses textos.
O quarto filme de Spike Jonze, e sua quarta colaboração com o designer de produção K. K. Barrett, cria um mundo futurístico que é ao mesmo tempo intimista e envolvente.
Her (2013), filmado em Los Angeles e Shanghai, usa a arquitetura das duas cidades para construir seu próprio mundo. Jonze e Barrett, entretanto, escolhem não abordar o filme de uma perspectiva arquitetônica; ao invés disso, estavam interessados em refletir as qualidades emocionais de seu protagonista Theodore Twombly (Joaquin Phoenix) através do design de produção. Barrett observa que apesar do futuro parecer distante e estranho para nós, "O futuro é também o presente de alguém, o presente do nosso personagem". Assim, os elementos de ficção científica se baseiam na realidade, e o futuro de Her foi projetado com estas ideias em mente.
Em uma entrevista exclusiva para Interiors, K.K. Barrett discute sua abordagem como artista em relação ao cinema em geral e Her em particular. Saiba mais a seguir.
Cinema América, hoje. Imagem Cortesia de Cristina Mampaso Cerrillos
O Cinema América. Demolição ou Restauro
A arquiteta restauradora e especialista em conservação do patrimônio Cristina Mampaso Cerrillos, compartilhou conosco o desafio Cinema America Occupato, que tem como objetivo frear a demolição do Cinema América no bairro central de Trastevere, em Roma. Trata-se de um cinema dos anos 50, no final do movimento moderno, símbolo de uma arquitetura pensada e desenhada para os sentidos e símbolo do auge e da decadência do cinema arte nessa cidade.
Como propriedade privada, seu dono desejar demolir o edifício a fim de construir apartamentos de luxo para turistas. O objetivo é conseguir que o edifício passe a fazer parte da "Carta per la Qualità" do planejamento metropolitano de Roma, que protege o patrimônio moderno. A situação é preocupante porque não é o único caso na cidade: no total são quase 120 salas de cinema, a maioria abandonadas o convertidas em multisalas. Um patrimônio moderno do século XX que vem sendo esquecido e apagado por uma Roma Imperial, mas que não é a Roma das pessoas.
O arquiteto espanhol Óscar M. Ares Álvarezcompartilhou conosco este material sobre a obra de Hans Scharoun, arquiteto alemão e um dos maiores expoentes da arquitetura orgânica. Entre suas obras mais reconhecidas destacam-se a Sala de Concertos da Filarmômica de Berlim e a Casa Schminke em Löbau.
“A planificação urbana realizada por Scharoun é uma mostra de criatividade e heterogeneidade. O arquiteto de Bremen buscou romper a monotonia da ordenação em linhas definida pelo Movimento Moderno e categorizada no II CIAM celebrado em Frankfurt realizando um autêntico “tour de forcé” formal: combinou trechos curvos e retos, blocos curtos com outros exageradamente longos e definiu algumas unidades perpendicularmente em relação a outras". Leia o texto completo a seguir.
Neste artigo, primeiramente publicado em Australian Design Review como "The Meeting of East and West: Kikutake and Le Corbusier", Michael Holt descreve a fertilização cruzada de ideias que ajudou a difundir o movimento Metabolista japonês, focando em como os ideais de Le Corbusier foram cruciais para um dos projetos mais enigmáticos do movimento, Kiyonori Kikutake's Sky House.
A casa do arquiteto japonês Kiyonori Kikutake, de 1958, permanece como um projeto exemplar que define a agenda metabolista mas, mais significativamente, reforça a ideia de que uma habitação unifamiliar pode ser ideologicamente recursiva e estratégica. Kikutake, entretanto, não deixa de ter um precedente pouco provável no renomado Le Corbusier.
Os dois arquitetos estabeleceram ordem e método de trabalho em seus menores projetos - Kikutake em Sky House e Le Corbusier em Villa Savoye (1929) - e desenvolveram suas ideias através de relatos escritos (o Manifesto Metabolista de Kikutake, 1960, e o Manifesto Purista de Le Corbusier, anterior ao trabalho construído, em 1918). Por fim, cada um leva suas ideias ao nível urbano, KIkutake através de Tower-Shaped Community Project (1959) e Le Corbusier em Chandigarh, Índia (1953). Para localizar a origem da influência, é necessário primeiro examinar a posição de Le Corbusier como figura representativa do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM).
Continue lendo para saber mais sobre esta improvável relação de influência
Pode um bom diretor de cinema ser um bom arquiteto? Essa é a premissa por trás de Interiores, que investiga criticamente a relação entre cinema e arquitetura. Cada edição mostra, em notação arquitetônica, um conjunto memorável ou cena de um filme ou série de televisão.Os diagramas são acompanhados por um longo ensaio que complementa a análise espacial.
Leia mais sobre "Interiores" - e veja uma coleção de plantas produzidas para a revista - abaixo.
Jonathan Meades, do jornal The Guardian, elegeu os ícones do Brutalismo em uma provocante lista de A a Z que vai de Hans Asplund, que cunhou o termo "nybrutalism", à fascinação californiana nos anos 1960 com ornamentos em estilo Zapoteco. Veja a lista completa e descubra por que a cidade de Quebec, o arquiteto iugoslavo Janko Konstantinov e o dinamarquês Jørn Utzon estão na lista.
Neste artigo, originalmente publicado por Arup Connect como "Anthony Townsend on Smart Cities", Townsend discute seu livro "Smart Cities: Big Data, Civic Hackers, and the Quest for a New Utopia" e explica como, na sua visão, o impulso em direção às cidades inteligentes esta sendo liderado pelas pessoas erradas - ou seja, empresas de tecnologia com objetivos de curto prazo. Os arquitetos, planejadores e cientistas que deveriam estar liderando esta mudança, entretanto, geralmente encontram dificuldades para compartilhar seu conhecimento.
Seu livro argumenta que há uma necessidade de ações de base ao invés de implementação de cidades inteligentes de cima para baixo liderada por empresas. Como você vê arquitetos e engenheiros se encaixando neste quadro?
Arquitetos e engenheiros em geral devem atender os interesses de seus clientes. Há um equilíbrio que deve ser atingido, quase de projeto em projeto, sobre o quanto podem dizer de uma peça de tecnologia relacionada ao modelo de negócios para o projeto, ou até uma estratégia de placemaking, tem consequências não intencionais, ou que pode haver uma abordagem mais democrática ou inovadora.
Muito da visão de cidades inteligente foi formada por engenheiros de TI e profissionais de marketing. O problema não é só o fato de ser uma visão relativamente ingênua sendo forçada por empresas com objetivos de venda em curto prazo. É que simplesmente não compreende a complexidade do urbanismo de qualidade, e o papel que comunicação e informação têm na criação de bons lugares em que as pessoas gostariam de comprar, trabalhar, morar.
Leia mais sobre os desafios das cidades inteligentes a seguir
O Guggenheim está planejando um novo museu em Helsinki. O terreno está no coração da cidade, ao lado do mercado municipal do século XIX e do mercado ao ar livre, à dois minutos da Catedral de Helsinki. O projeto, portanto, tem grande potencial para se tornar um marco para a cidade. E muitos finlandeses são atraídos por esse mesmo potencial, querendo aumentar o turismo e evidenciar sua capital no mapa mundial. Houve também uma discussão no principal jornal do país, o Helsingin Sanomat sobre como os finlandeses devem acolher uma arquitetura mais alegre e divertida.
Destino-criação e arquitetura como entretenimento são, certamente, temas recorrentes do nosso tempo. Eles foram tratados com grande maestria por Frank Gehry no Guggenheim de Bilbao, inaugurado em 1997. No entanto, é importante lembrar que o Guggenheim de Bilbao pode ser considerada uma espetacular peça única. Prefeitos, políticos e líderes mundiais, desde então, procuraram, talvez de uma maneira muito fácil, transformar suas cidades através de marcos emblemáticos. Têm ocorrido muitas discussões sobre elevar as cidades a "nível mundial" através de gestos arquitetônicos, e muito desse marketing é totalmente alheio a ideia do que realmente faz boa uma arquitetura boa.
A globalização trouxe consigo muitas coisas: a possibilidade de viajar, reconhecer familiaridade em qualquer cidade, e, mais importante para nós, criar oportunidades trans-continentais no design. Criou uma plataforma para jovens profissionais em uma escala que nenhuma outra geração pôde encontrar. Se você quer ser um arquiteto global, buscar projetos vencedores de prêmios, trabalhar ao lado de pessoas inspiradoras e aprender com elas, ser proativo e procurá-las; essencialmente, você precisa estar disposto a se deslocar.
Deslocar-se por uma carreira não é para todos e não acontece sem riscos (que serão citados mais tarde); entretanto, ter a oportunidade de viajar para uma nova cidade e aprender novas habilidades é uma experiência incrível que tivemos a sorte de conseguir realizar. Se este é o tipo de experiência que você procura, talvez ser um arquiteto global é o certo para você. Continue lendo para saber.
Bloco de carnaval na Vila Madalena, SP, durante o último domingo (23/01/2014). Image Cortesia de Raquel Rolnik
Quem vê essa foto certamente pensa que se trata do carnaval do Rio de Janeiro, do Recife ou de Salvador… Puro engano. Essa imagem é do carnaval de rua de São Paulo, que vem crescendo a cada ano. Para se ter uma ideia, um cadastro de blocos aberto pela prefeitura recebeu a adesão de 195 agremiações. Neste site é possível ver a programação e a lista dos blocos do carnaval de rua paulistano.
Um dos blocos mais antigos de São Paulo, Os Esfarrapados, fundado em 1947, percorre as ruas do bairro do Bixiga, um dos redutos do samba paulistano e da cultura negra da cidade. No Cambuci, o Bloco da Ressaca arrasta foliões desde 1984. De acordo com os organizadores, o bloco surgiu da vontade de proporcionar uma festa pública e gratuita pra comunidade, já que os ingressos para o desfile das escolas era caro, e também de resgatar a tradição carnavalesca da região. Foi no Cambuci que surgiu a primeira escola de samba de São Paulo, a Lavapés. Também as guerras de confetes eram tradicionais no bairro.
Gravura de Charles-Dominique-Joseph Eisen para a segunda edição de "Essai sur l’architecture" de Marc-Antoine Laugier
Existem vários tratados de arquitetura que desenvolvem com bastante exatidão as medidas e as proporções arquitetônicas, que entram nos detalhes das distintas ordens e que provêm de modelos para as distintas formas de construir. Porém não existe ainda nenhuma obra que estabeleça solidamente os princípios da arquitetura, que manifeste seu verdadeiro espírito e que proponha regras adequadas para dirigir o talento e definir o gosto. Entendo que nas artes que não são puramente mecânicas não basta saber trabalhar, é importante sobretudo aprender a pensar. Um artista tem que poder dar-se a si mesmo razão de tudo o que faz. Para isso, necessita de princípios fixos que determinem seu juízo e justifiquem sua eleição; de modo que possa dizer que uma coisa está bem ou mal não só por instinto, senão por meio da razão e como homem instruído nos caminhos do belo.
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No LAX, era importante criar "uma experiência positiva depois do stress da experiência de decolagem," afirma Melissa Weigel. Imagem Cortesia de Moment Factory
A Moment Factory possui um currículo extenso, você já os deve ter visto em espetáculos do Cirque du Soleil, no Superbowl Half Time Show da Madonna em 2012, na atração Disney E3 Booth, ou na estréia de Jay Z no Carnegie Hall. Talvez você se lembre deles quandoprojetaram imagens na fachada da Sagrada Familia ou no distrito do Quartier des Spectacles em Montreal. Ou talvez os tenha visto que foram incluídos na timeline comemorativa de 30 anos da Apple.
Moment Factory foi o principal criador de conteúdo para as instalações no recentemente inaugurado Terminal International Bradley no aeroporto LAX, projeto de Fentress Architects. Foi uma grande colaboração de vários parceiros, incluindo Mike Rubin com MRA International, Marcela Sardi da Sardi Design, Smart Monkey, Digital Kitchen, e Electrosonic com instalação da Daktronics e Planar.
Há alguns meses nossa série Cinema e Arquitetura mostrou a história de Michael Reynolds; um arquiteto visionário e rebelde que impulsionou uma série de iniciativas experimentais em todo o mundo, desafiando o que é dado como certo e promovendo um novo tipo de arquitetura baseada na reciclagem e na autossuficiência.
O projeto “Tol-Haru, la Nave Tierra del Fin del Mundo" - localizado em Ushuaia, Argentina (em um terreno doado pelo Município) - está sendo completamente construído com materiais reciclados e poderá gerar energia através dos ventos e do sol para seu próprio aquecimento e resfriamento, além de reutilizar a água da chuva e reciclar seus próprios resíduos.
Mais detalhes do novo projeto de Reynolds a seguir.
A arquitetura é a arte de compor e de realizar todos os edifícios públicos e privados.
A arquitetura é entre todas as artes aquela cujas realizações são as mais caras; já custa muito levantar os edifícios privados menos importantes; custa muito mais ainda erigir edifícios públicos, ainda que tenham sido concebidos tanto uns como os outros com a maior prudência, e se em sua composição não se seguiram outras guias que o preconceito, o capricho ou a rotina, os gastos ocasionados se convertem em incalculáveis.
“E eu não podia fazer nada, dessa vez não podia fazer absolutamente nada. Minha força havia sido uma fotografia, alí, onde se vingavam de mim mostrando abertamente o que iria acontecer."
- Julio Cortázar, Las babas del Diablo
https://www.archdaily.com.br/br/01-177588/fotografia-e-arquitetura-sergio-larrain-echenique-a-cidade-como-suporte-do-fortuitoFelipe Contreras y Diego Ramírez
Introdução A vivenda, primeira forma da atividade construtora do homem
Qualquer tratado deve, antes de tudo, retroceder até as origens mesmas do tema estudado, seguir seu desenvolvimento gradual e explicar as exceções e variações comparando-as com seu estado primitivo. Por esta razão, não parece necessário justificar o fato de que o presente estudo, que tenta classificar em grupos, famílias e classes tudo o que a arquitetura criou, se abra com o estudo da vivenda ou domicílio privado como tipo original e mais simples.
Há, entretanto, razões para duvidar de que a arquitetura como tal tenha nascido verdadeiramente com a construção de vivendas. A história da arte nos mostra que os povos que tinham uma inclinação artística mais acentuada singularizaram seus edifícios públicos, sobretudo seus templos, pelo procedimento de embelezá-los; enquanto que a vida dos particulares, e em consequência a vivenda privada, não adquiriu refinamento artístico senão até que se produziu um declinar religioso e político ao que acompanhou uma retirada da vida pública, e sua compensação com outra de luxo e esplendor.
Os Jogos Olímpicos estão em pleno andamento e, embora o "Conjunto Costeiro" dos estádios tenha atraído uma quantidade considerável de atenção, há uma instalação exigindo interação de cada espectador. Construído na entrada do Parque Olímpico de Sochi está o "MegaFaces", de Asif Khan Studio, um pavilhão que "se contorce para recriar imagens em 3D dos rostos dos visitantes retransmitidos via escaneamentos faciais digitais feitos em cabines de fotos instaladas no interior do edifício."
Composto por 11 mil acionadores sentados debaixo da membrana de tecido elástico do cubo, a instalação permite um rosto tridimensional de oito metros de altura emergir da parede de cada vez (uma ampliação em uma escala de 3.500 vezes o original). Segundo os designers, esta característica do edifício "tem sido comparada a uma gigante tela de pino e um Monte Rushmore digital e arquitetônico."
Kaap Skil, Maritime e Beachcombers’ Museum,Ganhador do Daylight Award 2012. Imagem Cortesia de Mecanoo Architecten
A luz natural é um meio altamente eficaz para redução dos custos de energia utilizada na iluminação elétrica e no resfriamento dos edifícios. Mas o pensamento arquitetônica muitas vezes reduz a expressão da luz solar a fim de criar efeitos atraentes nas fachadas e dificilmente discute seus potenciais - não apenas no custo, mas na saúde, bem-estar e energia.
Esse artigo do Light Matters analisará os aspectos muitas vezes inexplorados da luz solar e apresentará estratégias-chave para que você possa incorporá-la melhor no projeto: desde a otimização na hora de definir a orientação do edifício até a escolha das superfícies do interior para que possam atingir a reflectância certa. Estes passos podem reduzir significativamente o investimento, bem como os custos operacionais. E quando essas estratégias atraírem o interesse dos clientes, você descobrirá que a luz solar pode fazer muito mais.