Grupo Tagwató Imarangatu e Associação Cânions Paulistas projetam Centro Cultural Indígena em Barão de Antonina

O grupo Tagwató Imarangatu (Gavião Sagrado) e a Associação Cânions Paulistas desenvolveram o projeto de arquitetura para um Centro Cultural Indígena, que pretende ser um dos principais marcos da história e identidade Tupi-Guarani no Sudoeste Paulista. Situada em Barão de Antonina, a aldeia Txondaros Tekoa Mbaé foi reconhecida e delimitada como território indígena pela Funai em 2011, fazendo parte de um importante e necessário processo de retomada das terras ocupadas originalmente pelos povos indígenas.

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O Centro Cultural foi idealizado pelo grupo Tagwató Imarangatu e conduzido por Valdeir Candido de Lima, artesão e ex-cacique, para ser um espaço destinado à preservação das tradições, valores e cultura indígena, assim como para a promoção de um intercâmbio de saberes entre diferentes povos.

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Cortesia de Grupo Tagwató Imarangatu e Associação Cânions Paulistas

Para abrigar a programação prevista, a equipe técnica formada por arquitetos e urbanistas da associação Cânions Paulistas, propôs espaços para exposições, apresentações musicais e teatrais, eventos gastronômicos e atividades ao ar livre. Está prevista uma área de descanso com redários para que os visitantes passem ali, além horas de aprendizado e lazer, também momentos de sossego. 

Os espaços propostos foram organizados no formato de um anel, com partes de diferentes larguras e alturas de acordo com a atividade que ali se desenvolve. Estas cascas, cobertas com sapé e bambu funcionam como uma sombra que protege do calor e da chuva, se resguardando do espaço exterior e se abrindo ao pátio circular interior, uma praça onde acontecerão os maiores eventos e performances. 

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Cortesia de Grupo Tagwató Imarangatu e Associação Cânions Paulistas

A estrutura destas cascas em curva é formada por arcos de madeira autoportantes, constituídos por peças leves, facilmente transportadas, montadas e travadas, não havendo a necessidade de uma equipe de obra especializada, equipamentos de grande porte, dispensando até mesmo o cimbramento. 

Os elementos de vedação, acabamentos de piso e mobiliário foram pensados a partir de técnicas construtivas ancestrais e materiais locais muito bem trabalhados pelos Tupi-Guaranis, que são extremamente habilidosos e criativos. A arquitetura e o sistema construtivo são, portanto, a materialização da cultura dos Tagwató Imarangatu e um resgate das técnicas indígenas. 

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Cortesia de Grupo Tagwató Imarangatu e Associação Cânions Paulistas

Após a fase de estudo preliminar de arquitetura, que foi voluntariamente desenvolvida pelos autores na Associação Cânions Paulistas, o projeto do Centro Cultural entra na fase de captação de recursos para financiar o desenvolvimento da proposta e execução da obra. Finalizada a construção, o espaço pretende se consolidar como uma destinação turística-cultural para escolas, moradores do sudoeste paulista e turistas vindos de todas as partes.

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Planta de mobiliário

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Sobre este autor
Cita: ArchDaily Team. "Grupo Tagwató Imarangatu e Associação Cânions Paulistas projetam Centro Cultural Indígena em Barão de Antonina" 07 Ago 2022. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/985702/grupo-tagwato-imarangatu-e-associacao-canions-paulistas-projetam-centro-cultural-indigena-em-barao-de-antonina> ISSN 0719-8906

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