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Arquitetos: Volkan Alkanoglu
- Ano: 2021
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Fotografias:Peter Molick, Jennifer Boomer
Descrição enviada pela equipe de projeto. Drift, uma ponte para pedestres de madeira e aço projetada por Volkan Alkanoglu, foi concluída e instalada em Fort Worth, TX no verão de 2021. Com pré-fabricação e um tempo de instalação de apenas algumas horas, a Drift é um produto inovador, exemplo de urbanismo plug-and-play, uma estratégia emergente de projeto sustentável e acessível que propõe construir elementos de infraestrutura fora do local e colocá-los no lugar.
Encomendada pelo Programa de Arte Pública da Cidade de Fort Worth, a Drift abrange arte pública, design cívico, arquitetura e infraestrutura. Por um lado, é um projeto dirigido pela comunidade, específico do local, criado para fazer a ponte entre uma divisão física - um riacho - entre duas metades de um bairro e seus respectivos sistemas de parques. Por outro lado, as técnicas de fabricação e instalação empregadas podem ser aplicadas a uma ampla gama de comunidades.
Alkanoglu começou a conceituar a Passarela Drift em resposta a um pedido do Programa de Arte Pública da Cidade de Fort Worth para uma ponte de pedestres que passasse por um riacho que corta o bairro residencial, aumentando assim a conectividade de muitas comunidades junto com o Sistema Ferroviário Trinity River. Não havia lugar para cruzar esse curso d'água de 25 metros de largura por sete quarteirões. Alkanoglu implementou três princípios centrais de projeto: 1) Usar material sustentável e minimizar o impacto no habitat natural no local; 2) Reduzir o custo do projeto por meio de um desenho inovador e logística de projeto; 3) Criar um senso de lugar e conectar a comunidade. O orçamento era de US $ 375.000 - uma quantia bastante pequena para um projeto de infraestrutura dessa escala.
O projeto de Alkanoglu para a passarela, que foi selecionado entre três propostas finalistas, inspirou-se inicialmente no local de Westcreek e seus arredores imediatos. Dependendo da estação do ano, o leito do riacho muda seu fluxo de água para uma bacia seca cheia de troncos e plantas derrubadas. Este processo de transformação, a madeira flutuante e a vida vegetal que o refletem impulsionaram a escolha pelo material da ponte. As modernas casas de meados do século que ocupam os bairros dos dois lados do riacho também fazem parte da paisagem. Traçando uma linha entre a ponte e a arquitetura dominante dos bairros, Alkanoglu buscou inovações em compensado moldado, como a tala de perna projetada por Ray e Charles Eames, feita durante a mesma época das casas.
A ponte resultante de 19,90 metros de comprimento se assemelha a um galho liso e curvo de madeira flutuante ou uma tala de madeira curvada, formando um arco sobre o riacho e fornecendo conectividade de pedestres entre as duas partes de um bairro. De outros ângulos, a passarela refere-se vagamente ao casco de um navio, com uma parte inferior convexa e um casco côncavo contendo um caminho, bancos e gradis. Exclusivamente, esses elementos são todos construídos em uma única forma, onde ondulações e curvas irregulares são projetadas para sentar e se apoiar. Esta inovação também se inspira na tala de Eames, “onde cada função ocorre dentro de um único objeto”, explica Alkanoglu. Encaixar os bancos foi uma forma de fazer o lugar para Alkanoglu. Com eles, o Drift se torna um espaço para contemplação, recreação e comunhão, ao invés de apenas um mecanismo de passagem ou localização.
Embora Alkanoglu tenha originalmente considerado fabricar a ponte exclusivamente com madeira laminada cruzada, as restrições orçamentárias encorajaram uma estratégia diferente, mas igualmente inovadora. Seguindo a sugestão das técnicas de construção naval, ele e uma equipe de engenheiros começaram com uma armadura de aço, mas se afastaram da tradição revestindo-a com pranchas de madeira cortadas em CNC e flip-mill - um produto de design computacional. Desta forma, cada prancha é cortada de forma personalizada e, em seguida, laminada em pilha em uma forma grande, volumétrica e ondulante.
