Casa Leny / CASTILLO + VALDIVIESO arquitectos

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Arquitetura como ambiente próprio. Acomodada no terreno de forma exemplar, com uma proposta serena de linhas equilibradas e inclusivas, a casa foi pensada como uma obra em contexto próprio, fazendo indissociáveis sua construção e seu entorno.

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Trata-se de uma construção dissolvida em um contexto urbano consolidado, situada em um terreno de esquina de aproximadamente mil metros quadrados e com uma variedade de árvores que se tornaram os fatores condicionantes do projeto, onde a casa é facilmente moldada, perturbando o menos possível a riqueza da seu entorno com volumes de semelhança prismática. Volumes com uma superfície retangular, perpendiculares entre si, e que abrigam todo um programa de espaços destinados a fundir-se em uma casa de fim de semana, implantada em uma cidade com um clima quente a 1270 metros acima do nível do mar.

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Outra condicionante da obra foi a existência prévia de uma construção deteriorada, da qual se resgatou a estrutura de concreto armado a nível dos pilares, e que acabou se tornando a área que recebe a parte social do projeto, dando origem a uma planta de um novo volume de percurso prolongado que se abre como passagem entre as árvores até dar conta de abrigar a demanda de quatro dormitórios estabelecida pelo programa, constituindo-se, assim, como a área privada da casa.

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Sem alterar minimamente a natureza do terreno, a casa adota a forma dos volumes cúbicos de mesma altura e cor, localizados em uma mesma cota, adotando uma mesma linguagem arquitetônica. Graças à distribuição de tais elementos, é possível respeitar ao máximo a linha do terreno. 

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Resolvida a implantação, os espaços têm um lugar de convergência, a cozinha, que junto a um terraço para café da manhã, se transforma em um ambiente integrador da casa, onde se conjuga um vínculo direto entre cada um dos ambientes que a formam e o espaço central ajardinado que é acompanhado da piscina proposta para a área externa.

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Cada um dos espaços que constituem a casa está relacionado com o jardim, de forma diferenciada ou autônoma, permitindo o contato direto com o exterior ou tornando-se objeto de contemplação, filtrando a luz ou deixando-a entrar, dando a cada área um certo caráter; a relação entre o interior e o exterior arborizado é notável, onde um grupo de laranjeiras, ameixeiras, mangueiras e amendoeiras contextualizam a casa cuja volumetria acentua o contraste.

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Trata-se de uma casa fechada para a rua mas aberta para o pátio, com uma arquitetura de gestos e olhares simples para a paisagem, dentre os quais o primeiro consistiu na colocação de divisórias brancas para vedar o terreno, como se fosse uma caixa aberta ao interior, onde a luz cortante é o material original com que a casa foi concebida, dando espaço a um lugar que permite as diferenças, que procura o diferente através do análogo, como forma de modulação espacial capaz de abranger a intimidade e, ao mesmo tempo, a troca entre os membros de uma mesma família

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