Como a automação residencial afetará nosso futuro?

Antes restrita a construções luxuosas ou super tecnológicas, a automação residencial vem se mostrando uma aplicação cada vez mais fundamental e acessível aos projetos de arquitetura, sejam edificações novas ou reformas. Ainda que entender a forma como operam seja extremamente complexo, o objetivo principal das tecnologias é tornar a vida mais simples, segura e fácil. Por definição, a automação residencial busca ser globalmente inteligente, funcionando como um sistema que facilita os processos, sem complicar desnecessariamente a vida do usuário. A ideia é conectar entre si dispositivos e aparelhos, que por sua vez se ligam e conversam através de um controle centralizado, acessado por computadores, tablets ou telefones celulares. Inclui-se aí luzes, eletrodomésticos, tomadas elétricas, sistemas de aquecimento e refrigeração, mas também alarmes, portas, janelas, detectores de fumaça, câmeras de vigilância, entre muitos outros sensores e aparelhos.

Por exemplo, é possível ativar ou desativar as luzes em horários específicos a cada dia, regular o aquecedor ou o ar condicionado para ligar alguns minutos antes da sua chegada em casa ou acender todas as luzes da sua casa quando o alarme do sistema de segurança for acionado. Além dos efeitos imediatos, aplicativos de monitoramento podem fornecer informações acuradas sobre a casa, apresentando relatórios detalhados sobre equipamentos que poderiam estar funcionando melhor ou gastando menos. À medida que sistemas como o Google Home, Alexa e Amazon Echo se tornam mais comuns e a inteligência artificial se torna mais sofisticada, a integração das mais diversas aplicações nos espaços residenciais deve entrar cada vez mais em nossos cotidianos, através da Internet das coisas (ou comumente referido como IoT). Ou seja, além dos smartphones e computadores pessoais, eletrodomésticos e sensores são capazes de identificar padrões, processar informações e executar tarefas através de comandos ou automaticamente. Desde um relógio ou uma geladeira, até carros, máquinas e a infraestrutura urbana podem se comunicar e automatizar processos. Ainda que pareça um roteiro de ficção científica, são tecnologias que não estão tão distantes de nós. Elencamos abaixo algumas questões a se levar em conta sobre o tema:

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Vista Residence / Miró Rivera Architects. Image © Paul Finkel; Ibai Rigby; Bud Franck, AIA

Aumentar a segurança

Trata-se de uma das principais razões pelas quais as pessoas optam por sistemas de automação residencial. As informações coletadas dos dispositivos conectados e sensores de movimento permitem que o sistema entenda quando você está ou não dentro de casa, para travar portas e portões, e deixar alguns aparelhos em stand-by, por exemplo. Mas a Inteligência Artificial pode ser utilizada para automatizar a detecção de ameaças e, talvez, mais proativamente nos alertar se algo parecer errado, como sensores de calor e câmeras de vídeo acionando alarmes e chamando os bombeiros no caso de um curto circuito. Por meio de algoritmos de reconhecimento facial dos seus amigos em mídias sociais, o próprio sistema pode acusar se alguém fora do seu círculo de conhecidos está tentando acessar o espaço e enviar uma mensagem ao seu celular se você quer que as portas permaneçam travadas ou não. Esse tipo de tecnologia pode  melhorar a eficiência dos sistemas de segurança e reduzir os alarmes falsos.

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Vista Residence / Miró Rivera Architects. Image © Paul Finkel; Ibai Rigby; Bud Franck, AIA

Melhorar a vida de pessoas com deficiências e idosos.

A automação pode ser útil para pessoas com deficiências e idosos. Pessoas com doença de Parkinson ou outras doenças motoras podem acionar interruptores sem tocá-los, e os sensores de movimento podem acionar luzes de segurança automaticamente. Sensores de movimento podem acusar uma queda no banheiro e acionar os serviços de resgate. Mesmo sensores de pressão arterial e níveis de açúcar no sangue podem ser incorporados aos sistemas, proporcionando sossego aos parentes próximos.

Economia de recursos

Ainda que a instalação do sistema possa corresponder a um investimento inicial alto, ele pode ser retornável no decorrer do tempo por conta das economias que pode proporcionar. Tecnologias como termostatos e iluminações inteligentes conectam-se a um controle centralizado que pode agir por conta própria ou ser programado para controlar o consumo de energia e reduzir desperdícios. Assim como a iluminação e a segurança doméstica podem ser controladas por um único dispositivo, até a conta de água pode ser impactada. Por exemplo, sistemas inteligentes de irrigação funcionam de forma semelhante para interromper o fluxo e economizar dinheiro, alguns até reagindo às condições climáticas para aplicar a quantidade exata de água no solo.

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ZEN-Houses / Petr Stolín Architekt. Image © Alexandra Timpau

Tornar o cotidiano e as edificações mais inteligentes

A capacidade de automatizar tarefas domésticas repetitivas pode deixar algum tempo para coisas realmente importantes. Uma geladeira conectada à internet pode verificar os artigos em falta e fazer a compra online, por exemplo. Com dispositivos inteligentes, vários eletrodomésticos poderão ser programados remotamente e funcionarão automaticamente ou através do toque. Ou seja, pode-se acionar tudo pelo smartphone.

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Vista Residence / Miró Rivera Architects. Image © Alexandra Timpau

É importante mencionar que esses sistemas devem ser altamente protegidos, pois uma única tentativa de invadir esse sistema centralizado pode levar à invasão da privacidade e à perda de valiosas informações confidenciais. Ainda assim, a maioria das pessoas que já habitaram um espaço automatizado dificilmente se sentirão confortáveis retornando aos sistemas tradicionais e é fundamental experimentar os benefícios da automação residencial para entender as potencialidades e quais os elementos se encaixarão mais ao dia a dia de cada um.

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Sobre este autor
Cita: Eduardo Souza. "Como a automação residencial afetará nosso futuro?" 19 Ago 2019. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/922574/como-a-automacao-residencial-afetara-nosso-futuro> ISSN 0719-8906

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