Casa Equestre / Luciano Kruk

Casa Equestre / Luciano Kruk - Mais Imagens+ 23

  • Arquitetos: Luciano Kruk; Luciano Kruk
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  138
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2017
  • Fotógrafo
    Fotografias:Daniela Mac Adden
  • Fabricantes Marcas com produtos usados neste projeto de arquitetura
    Fabricantes:  FV, Fábrica de Luz, Newton, Pasalto, Tromen
© Daniela Mac Adden

Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa Equestre está localizada na Costa Esmeralda, treze quilômetros ao norte da cidade de Pinamar e a quatro horas da cidade de Buenos Aires. Convivendo entre estábulos e perto de dois campos de pólo, seu nome refere-se ao setor do bairro onde está localizada, cuja arquitetura influenciou - talvez inconscientemente - sua concepção.

© Daniela Mac Adden

De forma trapezoidal, o lote apresenta uma suave inclinação em direção ao meio do terreno, lugar onde a casa é assentada sobre uma fina base. Sua topografia natural não sofreu intervenção e foi conservada a maioria dos pinus e acácias pré-existentes. Pretendeu-se que essa vegetação continuasse vinculada com o espaço arborizado que compartilha mas, além do seu limite posterior, com os lotes vizinhos. 

Axonométrica

Os clientes, um casal com filhos, contrataram o escritório para projetar uma residência de aproximadamente 150 m2 de superfície organizada em um único pavimento. Ela deveria contar com três dormitórios. O principal deveria ser completamente independente e estar equipado com banheiro privado e uma sala de ioga. Assim, requereram que a residência fosse o mais econômica possível e obra de rápida execução.

© Daniela Mac Adden
Planta Baixa
© Daniela Mac Adden

A redução do uso de concreto - em comparação com outras casas do escritório que eles já conheciam - era uma das condições estabelecidas pelos clientes. E assim foi.

A residência foi materializada através do uso de dois sistemas construtivos: um molhado e outro seco. Todas as suas paredes internas foram projetadas em concreto aparente, enquanto para o seu exterior optou-se por um volume envidraçado e estrutura metálica coberta por painéis de madeira. Uma das razões pelas quais as diferentes madeiras foram selecionadas foi gerar um contraste cromático interior-exterior. Para o exterior, escolhemos madeira de pinus comum tratada com óleo queimado, enquanto que para o interior usamos madeira de kiri. Desta forma, o pinus escurecido geraria - juntamente com as armações de alumínio anodizado bronze escuro - um contraste cromático com o espaço luminoso do interior da casa, contido por vidros translúcidos e madeira clara.

© Daniela Mac Adden

Decks de madeira descobertos foram colocados em frente à floresta. Quando expostos às intempéries, em pouco tempo adquirem uma cor semelhante a da cobertura de pinos. Nossa intenção era que a estética rústica e silenciosa da residência fosse integrada à paisagem selvagem do lugar, sem se impor ou tirar seu protagonismo.

© Daniela Mac Adden

Respondendo à necessidade da suíte independente, a casa foi configurada por dois módulos separados dispostos de tal maneira que, conectados por uma circulação, formam um pavimento em "L". Esta configuração permitiu que as árvores do lote não perdessem a ligação com os pinus, e assim fosse criada uma sensação de fluidez e maior dimensão do espaço verde.

© Daniela Mac Adden

Quanto ao fechamento da residência, com a intenção de conceder privacidade em relação aos vizinhos, utilizou-se o revestimento de madeira ocluso nas laterais; já os planos translúcidos da frente e da parte mais silenciosa da edificação permitem que a casa se abra para o espaço exterior. Dessa forma, a área social - conectada em ambos os lados - seria vivida como uma galeria de visões cruzadas. Seus painéis posteriores totalmente abertos permitem a unificação espacial com o deck descoberto.

© Daniela Mac Adden

A leve inclinação da residência, somada a presença de uma acácia em frente ao acesso, concedeu ao setor comum intimidade em relação à rua sem privar os usuários das vistas. Na parte da suíte voltada ao espaço livre criado pela planta em "L", foram criadas divisórias verticais de concreto que, preservando seu vínculo direto com o espaço exterior, obstruem as vistas provenientes da área social. 

O centro é iluminado por meio de uma claraboia localizada na cobertura que, além de iluminar, ventila o banheiro. O restante dos ambientes recebem luz e ventilação natural. A calefação foi resolvida através de piso aquecido e equipamentos de acondicionamento de ar.

© Daniela Mac Adden

O mobiliário interior - como a mesa do refeitório, bancada, as estantes dos armários e as mesas de luz - foi inteiramente construído em concreto como equipamentos fixos de durabilidade e pouca manutenção. Tanto os pisos como as coberturas conformaram parte do sistema pétreo.

© Daniela Mac Adden

Um centro contido por um fechamento brando. Um exterior escuro abrigando um interior claro e luminoso. Uma caixa fechada para o entorno construído, porém aberta à terra, ao sol e ao bosque.

Tal como desejavam os clientes: uma residência que permitisse potencializar os sentidos, vivendo a energia desse sossegado cenário natural. 

Galeria do Projeto

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Sobre este escritório
Cita: "Casa Equestre / Luciano Kruk" [Casa Ecuestre / Luciano Kruk] 13 Mai 2018. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/894277/casa-equestre-luciano-kruk> ISSN 0719-8906

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