Pavilhão da Grécia na Bienal de Veneza 2018 explora visões utópicas de aprendizagem

Como parte da nossa cobertura da Bienal de Arquitetura de Veneza, apresentamos a proposta do Pavilhão da Grécia, segundo a descrição feita pelos próprios autores do projeto.

Xristina Argyros e Ryan Neiheiser foram os arquitetos escolhidos para a curadoria da exposição do Pavilhão Grego na 16ª Bienal Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia - segundo o tema geral "Freespace", proposto por Yvonne Farrell e Shelley McNamara. Intitulado "A Escola de Atenas", o projeto fará uma análise da arquitetura dos espaços de ensino - desde a Academia de Platão até projetos contemporâneos. A escolha da curadoria foi realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Energia da Grécia e pelo Secretário Geral de Planejamento Urbano, Eirini Klampatsea.

Cortesia de Neiheiser Argyros

Os curadores re-imaginaram o Pavilhão Grego a partir de como sua própria arquitetura revela uma característica de espaço livre ou "freespace", incorporando a sua paisagem escalonada para criar um espaço ativo de debate e intercâmbio de ideias. Dentro deste espaço, uma série de maquetes retratam distintos espaços acadêmicos ao redor do mundo, tanto projetos realizados quanto não realizados, criando uma arena de modelos arquitetônicos que preenche o pavilhão em sua totalidade.

A proposta reconhece principalmente o valor dos espaços de uso comum dentro das universidade - espaços não programados utilizados para conversas improvisadas, encontros casuais, debates, palestras, e atividades informais de ensino - essenciais para a relevância e vitalidade da instituição, os quais merecem cuidado e atenção nas mesmas medidas que os tradicionais espaços formais de ensino.

A Bienal estará aberta ao público do dia 26 de maio até 25 de novembro deste ano (pré abertura nos dias 24 e 25 de maio) no Giardini della Biennale, em Veneza, Itália.

Curador

A Escola de Atenas é um projeto ambicioso; uma visão utópica de um espaço livre, aberto, informal e comum de aprendizado. É um espaço entre. Nem dentro nem fora, não é uma sala, mas tampouco um simples espaço de circulação.

Embora o espaço de aprendizado sempre nos remeta a uma sala de aula, educadores e arquitetos reconhecem há milhares de anos que a aprendizagem também ocorre no espaço entre; nos corredores, na escada, no café. Sócrates passava seus ensinamentos na Ágora de Atenas. Platão fundou sua Academia junto às oliveiras nos arredores de Atenas e freqüentemente dava aulas em movimento, caminhando. As faculdades da idade média foram organizadas ao redor de um pátio. As universidades do século 20 possuem uma infinidade de espaços informais de ensino, e atualmente há um fascínio especial em utilizar escadas ou anfiteatros como principal característica arquitetônica para os espaços de convívio em uma instituição de ensino.

Nossa ambição é olhar para o passado e analisar a paisagem das instituições de ensino contemporâneas, extraindo exemplos de espaços coletivos bem sucedidos, espaços "gratuitos" - democráticos, não programados e comuns.

Sobre este autor
Cita: AD Editorial Team. "Pavilhão da Grécia na Bienal de Veneza 2018 explora visões utópicas de aprendizagem" [Greek Pavilion at the 2018 Venice Biennale to Explore Utopian Visions of Learning ] 17 Mar 2018. ArchDaily Brasil. (Trad. Libardoni, Vinicius) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/890666/pavilhao-da-grecia-na-bienal-de-veneza-2018-explora-visoes-utopicas-de-aprendizagem> ISSN 0719-8906

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