- Área: 4000 m²
- Ano: 2015
-
Fotografias:M. Hédelin / Région Languedoc-Roussillon, Kevin Dolmaire
-
Fabricantes: BAREAU, CARAYON, FERRER, MEDRANO, SNP, VIDAL
Descrição enviada pela equipe de projeto. Não podemos permanecer afastados da história de Camp Joffre através de um discurso indiferente ao drama humano que se desenrolou neste mesmo lugar. O memorial é silencioso e ponderado - incorpora a responsabilidade da memória.
Este memorial encontra-se na terra, encarando o bloco F, com uma determinação calma e silenciosa, intocada, inclinada para o céu. De imediato, enterrado e emergindo da terra, o memorial aparece na superfície da paisagem natural quando se entra no campo e se estende até a extremidade oriental do antigo local de encontro, a uma altura que está nivelada com os telhados das Bunkhouses existentes. Este arranjo ou co-visibilidade não dificulta a leitura das características do bloco F. Os efeitos da erosão ao longo do tempo são visíveis em alguns dos edifícios, marcando assim apagamento e ausência, questionando a memória ou o esquecimento do visitante. O Memorial de Rivesaltes, comprimido entre terra e céu, entre passado e memória, encontra-se exatamente no presente e na própria vida. Sua violência formal demonstra a impossibilidade de esquecer. Escavação e petrificação de uma memória apagada.
A construção integral de concreto é a única escritura estrutural. O memorial é representado por um monólito de concreto de cor ocre fundido no lugar. A massividade do material foi alcançada por uma tecnologia que permite evitar os furos de cofragem. O memorial é acessado por uma via indireta através de uma rampa parcialmente enterrada no solo. Este túnel termina abruptamente: o visitante encontra-se enfrentando um bloco de 240 metros de comprimento. O memorial não oferece vista do exterior, exceto pelo céu. Três pátios estruturam a organização dos laboratórios de aprendizagem, área social e escritórios, proporcionando uma certa sensação de conforto.
