Pela primeira vez, o festival de iluminação das ruas “Luz na Cidade” aconteceu no Brasil. De 18 a 29 de junho, as instalações foram realizadas no Centro Histórico do Rio de Janeiro, por artistas e projetistas de luz reconhecidos internacionais que foram convidados a “brincar com a luz”. Neste evento de iluminação foram destacadas as belezas dos edifícios e dos monumentos da região e sua importância para a cidade, atentando para questões de eficiência energética.
Inspirado por alguns dos muitos festivais de luz que existem na França, e em cerca de sessenta países do mundo, o show pretende engajar-se com o embelezamento e desenvolvimento urbano de uma cidade em movimento.
O tema da luz é tratado por um enfoque contemporâneo, chamando a atenção para as transformações da vida cotidiana por uma mescla sutil de estética e crítica. A partir de uma série de instalações de diversos tipos (animações, monumentos ao ar livre, interativas, etc) localizadas entre a Praça Tiradentes e a Lapa, os artistas: Albano Alfonso, Anthony Mc Call, David Batchelor, Delphine Reist, Sombra electrónico, Erik Samakh, Luiz Zerbini, Regina Silveira, Ron Haselden e Tomás Ribas mostraram seus trabalhos.
Eletrobrás utilizou o “Luz na Cidade”para demonstrar aos cidadãos e visitantes um espetáculo onde o uso da tecnologia pode ser interessante, assim como a valorização dos espaços urbanos, a eficiência, o impacto ambiental e baixo custo.
O gasto energético total do projeto de iluminação do Museu Nacional de Belas Artes, por exemplo, é equivalente a um chuveiro elétrico, ou 88kWh por mês (cerca de 30 dólares por mês). A instalação para o museu ficou como um legado para a cidade, assim como a Prefeitura, a Escola de Música de UFRJ e o Monumento ao Marechal Floriano Peixoto, na Cinelândia.
No entanto, o foco é o debate sobre a redução do consumo de energia, um elemento chave. Para se ter uma ideia, em 2005 representou 75% do gasto energético dos municípios, o que implica uma redução no custo de energia da iluminação. Por conseguinte, ter um impacto significativo na redução do consumo global e na poluição das cidades.
É possível encontrar soluções utilizando, por exemplo, outro tipo de lâmpada ou reduzir a duração da iluminação. “Luz na Cidade” apresenta métodos para o uso da luz com consumo mais baixo.
A iluminação do Museu de Belas Artes terá um consumo diário de pouco mais que um chuveiro elétrico. No caso da prefeitura a nova iluminação permitirá uma economia de mais de 50%, de acordo com o instalador oficial da empresa. Com estas instalações de baixo consumo, “Luz na Cidade”tem como objetivo inspirar os projetistas de iluminação de participar ativamente na construção de um mundo mais sustentável.