Galeria Solar S. Roque / Manuel Maia Gomes

© FG+SG – Fernando Guerra, Sergio Guerra

Este projeto constrói um passo através de dois edifícios, chegando até uma praça localizada oito metros mais abaixo. Esta conecta-se através de um elevador, localizado no interior da caixa das escadas.

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O passo funciona como um espaço de exposição para pintura e escultura, e leva diretamente à Galeria solar, especializada em cinema e artes visuais, além de uma livraria. O edifício original foi construído no século XVI, mas sofreu profundas transformações no século XVIII.

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Sendo este passo um espaço público, aberto das 8h até às 12 da noite, os objetos expostos são protegidos por painéis de vidro e um sistema de calefação e ventilação natural. No centro do novo edifício, foram deixados alguns vestígios do pré existente, testemunho da construção original, como por exemplo, um pórtico de pedra.

© FG+SG – Fernando Guerra, Sergio Guerra

Na primeira planta e no teto, o espaço se converte em uma residência de estudantes com 18 quartos, cozinhas e salões. Neste caso, a estratégia do projeto é diferente. Enquanto que na planta baixa, todas as pedras permanecem a vista e os pisos são de pedra ou cimento, na residência dos estudantes o espaço foi tratado em função do conforto: o piso é de madeira e as paredes revestidas com gesso pintado.

© FG+SG – Fernando Guerra, Sergio Guerra

As zonas comuns da residência se comunicam com a galeria através de antigas janelas que entregam maior transparência ao interior e permitem a interação entre a galeria, as obras de arte e esta área pública. O edifício também se comunica com a cidade através de janelas dispostas especificamente para emoldurar os pontos de vista de interesse.

© FG+SG – Fernando Guerra, Sergio Guerra

A presença de vidros coloridos ajuda a fazer a transição entre a casa senhorial construída em pedra e a escadaria construída em concreto pigmentado. Ambos materiais foram tratados sem terminar, o que evidencia a imperfeição da humanidade. O espaço com vidros coloridos ilumina a transferência e amrca a presença da área do cinema.

© FG+SG – Fernando Guerra, Sergio Guerra

Desta maneira, as pessoas se encontram com a arte ao caminhar pelos espaços públicos da cidade, e se enxergam enfrentando diretamente as exposições regulares da galeria. Os painéis coloridos luminosos chamam a atenção desde a entrada do edifício, atraindo as pessoas como a luz no fim do túnel.

Plantas
Cortes

A galeria foi projetada tendo em conta os princípios da reutilização de materiais de construção. O granito, material de construção que predomina no edifício se complementa com o concreto pigmentado, usado na construção das escadarias e na caixa do elevador.

© FG+SG – Fernando Guerra, Sergio Guerra

A inércia térmica do granito associada a sua alta densidade, permite que este material se use para acumular calor durante o verão, liberando a energia acumulada durante os meses de inverno, evitando assim o uso de ar condicionado no interior.

Ficha técnica:

  • Arquitetos:Manuel Maia Gomes
  • Ano: 2010
  • Tipo de projeto: Cultural
  • Operação projetual:Ampliação
  • Status:Construído
  • Materialidade: Concreto e Pedra
  • Estrutura: Pedra e Concreto
  • Implantação no terreno: Adossado às 2 divisas

Equipe:

  1. Arquitetos: Manuel Maia Gomes
  2. Equipe de Projeto: Carla Cruz, Rui Araújo, Artur Alves, Alda Silva, Luisa Lopes, Catarina Magalhães
  3. Engenharia: António Costa, Eça Guimarães, Madalena Camões, Márcia Campos

Sobre este escritório
Cita: Leonardo Márquez. "Galeria Solar S. Roque / Manuel Maia Gomes" 12 Jul 2012. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-58986/galeria-solar-s-roque-manuel-maia-gomes> ISSN 0719-8906

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