Casa GH / Bernardes + Jacobsen Arquitetura

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A implantação está em um terreno de 580 metros quadrados com a proposta de uma construção que contenha um programa extensivo, logo, a necessidade de diversas aberturas para iluminação e ventilação, em um lote estreito entre duas outras construções em um condomínio. Com isto, há poucos planos na fachada. As distribuições da planta acontecem em três níveis com um pavimento que contém a área de serviço em meio nível e o piso principal (sala de estar e dois quartos) meio nível acima da cota de entrada.

O primeiro pavimento está a um nível e meio acima do pavimento térreo no nível zero. Foi estabelecida como uma casa interrompida que guia o olhar através da estrutura metálica de pilares esbeltos pintados de branco.

Grandes painéis em branco se articulam de forma a atingir o máximo da abertura dos vãos. No piso da sala de estar foi usado o mínimo de pilares para proporcionar transparência. Através deste conceito foi possível a integração do interior com o exterior.

A construção foi organizada em dois blocos que definem dois vazios. Um deles está à frente da casa, sendo o jardim de entrada e a garagem. O outro, este sendo o principal, está um grande jardim interno privado contido pelos blocos da residência.

A fluidez da circulação é garantida através de passarelas sem limites e sem paredes. Isto proporciona um ambiente descontraído no qual quem circula vê indistintivamente os outros espaços. Para o prolongamento contínuo dos ambientes, a especificação dos acabamentos é sintética, com praticamente três ou quatro materiais, basicamente o uso dos mármores (quarto, cozinha e jardim) e madeira nos quartos.

O jardim central funciona como o eixo da casa para onde todos os espaços convergem. Representa ainda um elemento especial em acordo com o conceito japonês de engawa, uma espécie de deck-varanda para os ambientes.