Contratados após vencer uma competição internacional em 2010, o arquiteto português Ávaro Siza Vieira e o arquiteto de Granada, Juan Domingo Santos divulgaram o projeto para o novo acesso e centro de visitantes em Alhambra, local considerado Patrimônio da Humanidade. Resultado de "sobrepor uma geometria regular sobre um território de topografia", o novo acesso reorganiza a entrada de visitantes no monumento de mais de 1000 anos de idade através de uma série de pátios fechados e terraços abertos.
Seguindo sua experiência no Alhambra em 2009, Siza comentou sobre sua visão para o novo acesso, dizendo: "...da luz do sol para as sombras, do calor para o frio, do amplo ao íntimo, eu gosto e sonhar com meu projeto antes de detalhá-lo."
“Desta memória subconsciente surge uma estrutura preliminar que mistura natureza, passado e presente, e partes iguais de sombra, água e árvores como elementos essenciais", descreveu António Choupina, curador do “Visions of the Alhambra”, que estará exposto em Berlim de 22 de março a 8 e maio deste ano. "Esta condição permite que o edifício se torne um com sua paisagem, articulando palimpsestos de antigas fazendas com jardins rebaixados de Generalifes. O horizonte é liberado ao passo que o terreno espontaneamente dá lugar a uma plataforma panorâmica.
“A dualidade da intrusão e extrusão topográfica faz com que o novo edifício pareça menor que realmente é, enfatizando a escala de Alhambra ao ocultar a maior parte do projeto sob o solo."
O projeto se torna sólido ao rasgar as sombras com intensidade dramática e personificar o movimento de torção do eixo principal no foyer. A composição é acentuada pela volumetria da espinha dorsal - o restaurante/bar - e pela clareza estética do espaço aberto, articulando todas as outras funções em um perímetro fechado."
“Os visitantes são reunidos sob o céu ao passo que um pátio mostra-lhes o caminho para fora, direcionando-os ao auditório e, finalmente, à praça Alhambra. O trabalho topográfico se revela um altar para a estrutura de pátios, onde o arquiteto mostra respeito pela ligação entre a natureza a arte de construir. O locus na prática Islâmica é representado pela noção da água como um ciclo contínuo de repetição infinita. Este elemento quase sacro é canalizado no novo átrio por sucessivas lagoas que reforçam a sensação do fluxo entre os espaços. Estas intervenções simbolizam uma síntese eterna de Alhambra."
Saiba mais sobre como ver este projeto exposto no Aedes Architecture Forum em Berlim, aqui.
Arquitetos
Localização
1066 Granada massacre, 18009 Granada, EspanhaEngenharia
GOP EngenhariaEngenharia Industrial
Abacus EngineersArquiteto técnico
Jose Navarro NavarroAgrônomos
Rafael Navarro M., Enrique DecklerRenders
LT StudiosÁrea
5700.0 m2Fotografias
Alvaro Siza Vieira + Juan Domingo Santos; Rendering by LT Studios, António Choupina
