DUSSELDORF / Atelier d’Architecture Bruno Erpicum & Partners

Curadoria de ArchDaily

Arquitetos: Atelier d’Architecture Bruno Erpicum & Partners
Área: 600 m²
Ano: 2006
Fotografias:Jean-Luc Laloux

Descrição enviada pela equipe de projeto. Bruno Erpicum foi o arquiteto encarregado de projetar a reforma desse armazém. O edifício agora é o lar de um casal apaixonado por arquitetura que estava ansioso por fazer sua uma das raras ruínas de Düsseldorf. A reforma foi estritamente supervisionada pelas autoridades administrativas do local, já que, essa antiga fábrica no centro da cidade sobreviveu milagrosamente aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial.

Do outro lado do corredor do motorista existem algumas garagens que estão na frente do pátio de entrada. O pátio é delimitado por anteparos que rodeiam a entrada e isolam o "pátio diurno". A história da cidade se reflete nos painéis de vidro, lembrando da importância patrimonial do edifício. A fachada feita inteiramente de vidro é totalmente independente das estruturas antigas, mostrando sua imensa escala.

O edifício agora está protegido dos fatores externos e cumpre com os requisitos de desempenho energético. O escritório abre-se corajosamente para a garagem e a academia. O brilho dos móveis polidos, desenhados pelo arquiteto Bruno Erpicum, reflete os elementos estruturais. Um amplo espaço branco desprovido de qualquer acessório abriga a área do dormitório; a porta giratória parece estar flutuando no ar. Uma enorme sala de estar está disposta entre as pilastras que são exibidas com orgulho. O projeto do artista destaca a alvenaria existente que suporta a laje do telhado; aqui novamente o desgaste causado pelo tempo é exibido claramente. A arquitetura despretensiosamente acaba por evidenciar os materiais.

A cozinha é organizada no espaço exterior e o dormitório está alojado em uma "caixa-branca", que foi aperfeiçoada com o máximo cuidado. Ele é rodeado por um "pátio noturno" iluminado através de luzes zenitais que percorrem a alvenaria circuncidante. A própria luz torna-se um material, evidenciando as arestas dos objetos que toca e nos fazendo lembrar da história do edifício. As paredes do quarto são perfeitamente lisas, enquanto o banheiro é cercado por ásperas pilastras (p. 106-107). O fluxo de luz natural é assegurado pelo pátio noturno, um espaço criado através da remoção da cobertura no entorno das bordas do quarto. Pedaços de concreto bruto foram usados para criar a banheira, chuveiro e lavatório. O teto estrelado sobre o Banho Turco completa a composição.