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O que o mundo ainda pode fazer para manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C

Quando o assunto é mudanças climáticas, as manchetes às vezes parecem contraditórias. Em um dia, lemos sobre incêndios florestais catastróficos causando estragos pelo mundo; no dia seguinte, temos um artigo otimista sobre o rápido avanço da energia solar e eólica. Juntas, essas narrativas podem dificultar a compreensão do panorama geral da ação climática. Os países estão de fato implementando soluções efetivas se as emissões de gases do efeito estufa (GEE) continuam aumentando? Em que áreas o mundo tem progredido o suficiente para superar a crise climática e quais são as lacunas? Que medidas específicas são necessárias para entrarmos no rumo certo?

O que sabemos e o que não sabemos sobre o futuro do calor extremo nas cidades

2023 registrou recordes de temperatura em todo o mundo. Pessoas de diferentes regiões do planeta já enfrentam ondas de calor históricas, incêndios florestais e secas com apenas 1,1°C de aquecimento em relação aos níveis pré-industriais. Com as políticas atuais, que colocam o mundo a caminho de um cenário de 2,5°C a 2,9°C de aquecimento até 2100, o calor sufocante que sentimos este ano é apenas uma pequena amostra do futuro que temos pela frente.

Os assuntos que vão determinar o sucesso da COP28

Inundações recentes causaram estragos na Líbia, danificando infraestruturas importantes e tirando a vida de mais de seis mil pessoas. Incêndios florestais no Canadá queimaram 18,5 milhões de hectares, uma área equivalente ao tamanho da Síria. Setembro de 2023 registrou recordes de calor surpreendentes que alarmaram os cientistas climáticos.

Os eventos registrados ao longo dos últimos meses reforçam a urgência de os países corrigirem o rumo na luta contra as mudanças climáticas. A próxima conferência climática da ONU (COP28), que acontece em Dubai, é uma ótima oportunidade para isso.

Fortaleza entre as dez cidades selecionadas pelo Sustainable Cities Challenge

Foram anunciadas as dez cidades selecionadas para concorrer a US$ 9 milhões no Sustainable Cities Challenge, desafio global de mobilidade da Toyota Mobility Foundation, em parceria com a Challenge Works e o World Resources Institute. A lista de selecionadas inclui Fortaleza, no Brasil, além de cidades da Colômbia, Índia, Itália, Malásia, México, Reino Unido e Estados Unidos.

O que é o Balanço Global do Acordo de Paris e como ele pode impulsionar a ação nos países

Este ano será determinante para a ação climática. Os impactos crescentes das mudanças climáticas – de inundações e secas a furacões e ondas de calor – estão causando danos profundas em vidas humanas e economias ao redor do mundo, especialmente nos vulneráveis países em desenvolvimento que contam com poucos recursos para se proteger.

Atualmente, as ações climáticas não estão sequer próximas do necessário para manter o aquecimento global abaixo do limite de 1,5°C e evitar o pior desses impactos – será preciso acelerar muito os esforços dos países para entrar no rumo certo. O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alerta que as ações feitas nesta década terão impactos “por milhares de anos”.

Como resfriar as cidades com o planeta cada vez mais quente

O atual verão no Hemisfério Norte tem sido tão quente, com as temperaturas atingindo recordes – inclusive no mar –, que as discussões já giram em torno dos limites da sobrevivência humana. Mesmo na Antártida, o gelo marinho não tem conseguido se reconstituir, um desvio drástico em relação aos padrões normais para o inverno. Não é apenas impressão que eventos de calor extremo têm acontecido cada vez mais. Como resultado das mudanças climáticas, o número desses eventos aumentou – e deve piorar.

De fato, na maioria dos anos, o calor é o fenômeno mais letal, matando em média 490 mil pessoas no mundo e causando problemas graves de saúde para muitas outras. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as mortes em decorrência do calor devem aumentar em 50% até 2050. Mas esse impacto não é distribuído de forma equilibrada, tanto ao redor do mundo quanto dentro das comunidades: populações que já vivem em condições mais vulneráveis são as que enfrentam os maiores riscos.

6 Mudanças necessárias para o sistema financeiro ajudar a promover um futuro sustentável

Todos os dias, governos, instituições financeiras e corporações têm uma decisão a tomar: investir em ativos físicos que emitem gases do efeito estufa e prejudicam a natureza ou priorizar o desenvolvimento de soluções verdes que fomentam uma economia estável, resiliente e equitativa. À medida que as comunidades enfrentam os impactos severos das mudanças climáticas, a decisão de construir um futuro sustentável fica mais evidente.

Três cidades que estão fazendo mudanças sistêmicas para construir resiliência climática

As cidades ocupam apenas 3% da superfície do planeta, mas são responsáveis pela maior parte do consumo global de energia e das emissões de carbono. Muitas também são mais vulneráveis às mudanças no clima e aos desastres naturais devido à densidade populacional e à interconexão entre as infraestruturas. Para evitar os piores impactos das mudanças climáticas – incluindo perdas humanas, sociais e econômicas –, sabemos que é fundamental tornar as cidades mais resilientes e preparadas para o clima em transformação. Mas estudos recentes indicam que ainda estamos longe disso.

Três cidades que estão fazendo mudanças sistêmicas para construir resiliência climática - Image 1 of 4Três cidades que estão fazendo mudanças sistêmicas para construir resiliência climática - Image 2 of 4Três cidades que estão fazendo mudanças sistêmicas para construir resiliência climática - Image 3 of 4Três cidades que estão fazendo mudanças sistêmicas para construir resiliência climática - Image 4 of 4Três cidades que estão fazendo mudanças sistêmicas para construir resiliência climática - Mais Imagens+ 1

Cinco países que estão no caminho para chegar a emissões líquidas zero

Até hoje, mais de 90 países estabeleceram metas para emissões líquidas zero, comprometendo-se a contribuir para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. Mas permanecem dúvidas quanto à credibilidade de muitos desses compromissos e se essas metas serão de fato cumpridas.

Juntos, os países que estabeleceram metas de zerar emissões líquidas – um grupo de inclui China, Estados Unidos e Índia – são responsáveis por quase 80% das emissões globais de gases do efeito estufa. Além deles, milhares de outras regiões, cidades e empresas também estabeleceram suas metas. Nunca antes tivemos tanta ambição e um momento tão propício para reduções tão profundas nas emissões.

Campinas integra soluções baseadas na natureza em planos ambientais

Campinas revisou seus planos ambientais e formalizou as soluções baseadas na natureza (SBN) como parte central das políticas, ações e metas para o meio ambiente do município. Instituída por decreto municipal, a revisão fortalece o compromisso da cidade paulista com a adaptação climática, resiliência, visão de longo prazo e priorização de um desenvolvimento urbano sustentável, equitativo e inclusivo.

5 Mudanças para acelerar a reintegração da natureza em cidades brasileiras

Com os impactos cada dia mais frequentes e intensos das mudanças climáticas sobre as cidades, as soluções baseadas na natureza (SBN) têm despontado como parte da estratégia de adaptação a essa realidade.

A natureza e os ecossistemas prestam serviços valiosos às pessoas, da regulação do clima à promoção da saúde e do bem-estar. Reintegrar esses serviços à paisagem urbana é parte da transformação necessária para que cidades enfrentem desafios complexos, como os impactos das chuvas cada vez mais intensas, o calor extremo e a poluição. Ao mesmo tempo, pode ampliar a resiliência e o acesso das populações mais vulneráveis a infraestruturas essenciais, espaços para o lazer e oportunidades econômicas.

O poder de transformação do urbanismo tático

Pode ser um parklet, uma minipraça, uma pintura no asfalto para mudar o desenho de uma rua e readequar o uso de um espaço público. Cidades em diversas partes do mundo – incluindo o Brasil – estão partindo de intervenções temporárias para catalisar projetos de longo prazo que tornem as ruas mais seguras, criando espaços públicos inclusivos e de qualidade.

Tais iniciativas adotam a técnica chamada de urbanismo tático, que promove a reapropriação do espaço urbano por e para seus principais usuários: as pessoas. Esse movimento ganha força em um contexto de crise nas áreas urbanas, no qual os governos enfrentam dificuldades para entregar a uma população crescente serviços urbanos básicos, como habitação, transporte de qualidade e espaços livres adequados, que permitam a mobilidade ativa e segura das pessoas. 

5 Mitos sobre a redução da velocidade do trânsito urbano

Cidades em todo o mundo podem salvar milhares de vidas todos os anos por meio de medidas bastante simples: a moderação do tráfego e a gestão das velocidades. Readequar os limites de velocidade veicular nas vias urbanas é uma das iniciativas destacadas pela ONU e a OMS para que países cumpram a meta de reduzir à metade as mortes e lesões graves no trânsito até 2030.

Jundiaí inaugura rua completa com área dedicada à primeira infância

Jundiaí (SP) implementou seu primeiro projeto-piloto de rua completa, como parte da criação de uma Área da Infância. A intervenção redistribuiu o espaço da rua Lacerda Franco de forma mais democrática entre os diversos usuários da via, incorporando ciclofaixa, extensões de calçada e outras medidas moderadoras de tráfego. Assim, ampliou os espaços de convivência e aumentou a segurança das crianças de várias escolas que frequentam a região.

5 Mudanças para transformar o transporte e cumprir as metas climáticas

O transporte nos conecta. É como chegamos à escola e ao trabalho, como visitamos nossas famílias e como acessamos locais para comprar alimentos e receber tratamentos de saúde. Também é como enviamos e recebemos mercadorias e serviços. À medida que as economias e populações crescem, aumenta também a necessidade de meios de transporte eficientes, acessíveis e sustentáveis.

A trajetória dos 10 maiores emissores de carbono desde o Acordo de Paris

Muita coisa aconteceu desde que os países se encontraram em Paris, em 2015, e estabeleceram um acordo para combater as mudanças climáticas. Até aqui, mais de 196 países ratificaram ou se juntaram de alguma maneira ao Acordo Climático de Paris, representando mais de 96% das emissões globais dos gases de efeito estufa. Em paralelo, 57 países – incluindo Estados Unidos, Japão, Canadá, Alemanha e México –, também elaboraram planos de longo prazo para descarbonizar suas economias.

Novo Minha Casa, Minha Vida abre oportunidade de qualificação de territórios precários com governança compartilhada

Entre as novidades do novo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), lançado recentemente pelo Governo Federal, está a inclusão da modalidade "melhoria habitacional". É uma introdução necessária, porque atende populações historicamente desassistidas – e as mais vulneráveis aos impactos cada vez mais frequentes e severos da mudança do clima. É preciso iniciar uma nova trajetória de desenvolvimento sustentável, justo, inclusivo e de baixo carbono. Essa transição depende do acesso a habitação de qualidade, mas também a outras infraestruturas e serviços.

Cidade de 15 minutos: a visão de Paris que tem inspirado um movimento global

Até alguns anos atrás, a margem direita do Rio Sena, em Paris, era uma via de trânsito rápido por onde passavam mais de 40 mil veículos todos os dias. Apesar de ter sido nomeada Patrimônio Mundial da Unesco, a via costumava estar totalmente engarrafada nos horários de pico ou funcionar como um corredor para os carros em alta velocidade. Por isso, colaborava para as taxas de poluição atmosférica da cidade, que com frequência costumavam ultrapassar os limites da União Europeia, e para milhares de mortes na capital francesa todos os anos.