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Vitalidade Urbana: O mais recente de arquitetura e notícia

Fatores morfológicos da Vitalidade Urbana – Parte 3: Arquitetura da Rua / Renato T. de Saboya

* Este texto é uma versão compilada e revisada de dois posts publicados originalmente no Blog Urbanidades: Condições para a Vitalidade Urbana #3 – Características da relação edificação x espaço público e Condições para a Vitalidade Urbana #4 – Permeabilidade visual.

O terceiro fator a contribuir para a vitalidade dos espaços urbanos é o que tenho chamado de Arquitetura da Rua, ou seja, as características morfológicas das edificações e suas relações com o espaço aberto, bem como o conjunto e o ambiente que emergem dessa interação. Como veremos, a maneira como as edificações estão posicionadas e a forma como configuram seus sistemas de barreiras e permeabilidades em relação às ruas podem influenciar diretamente na quantidade de pessoas que utilizam o espaço público e no tipo de atividades que ali se desenvolvem.

Fatores morfológicos da Vitalidade Urbana – Parte 2: Acessibilidade / Renato T. de Saboya

* Este texto é uma versão ampliada deste post no Blog Urbanidades.

Em um texto anterior, propus um conceito de vitalidade urbana e discuti a importância da densidade de usos e pessoas. Neste, dou continuidade aos fatores da forma urbana e arquitetônica que influenciam mais diretamente esse fenômeno, tratando agora da acessibilidade, ou seja, da maior ou menor facilidade com que locais e pessoas são acessados pela população. Em primeiro lugar, é importante não confundir com mobilidade, que é a facilidade de se deslocar pelo sistema. Apesar de ambos estarem intimamente relacionados, são claramente duas coisas diferentes: maior mobilidade tende a trazer maior acessibilidade, mas não necessariamente. Uma maior mobilidade para um meio de transporte pode dificultar a acessibilidade para outro, como é o caso de grandes avenidas expressas que dificultam a transposição de pedestres. Além disso, uma parte importante da acessibilidade é justamente a desnecessidade de mobilidade, isto é, a diminuição das necessidades de deslocamento. Posicionar usos complementares próximos entre si, como residência e comércio vicinal, aumenta a acessibilidade e diminui a exigência de longas viagens de automóvel, por exemplo.

Fatores morfológicos da vitalidade urbana – Parte 1: Densidade de usos e pessoas / Renato T. de Saboya

Como todos os fenômenos urbanos que valem a pena ser estudados, a vitalidade urbana é um conceito complexo e multifacetado, que acontece a partir da interação entre diversos padrões sociais, espaciais e econômicos. Esta série de textos busca discutir e refletir sobre alguns desses padrões, examinando suas interfaces com a vitalidade e sua suposta capacidade de fazê-la emergir.

De Jane Jacobs aos Jane's Walk - uma defesa pela Vitalidade Urbana / Carol Farias e André Gonçalves

O fracasso da utopia das cidades planejadas levantou várias críticas desde a década de 1960. Autores como Jane Jacobs, através da estreita observação do cotidiano das cidades, entenderam as paisagens planejadas como monótonas e não comprometidas com a diversidade estética e funcional, essencial para a vida urbana. Estas críticas reforçaram a ideia defendida por Jan Gehl e outros autores de que as cidades devem servir às pessoas. O espaço da rua experimentado por pedestres, antes esquecido em propostas modernistas, recuperou nas últimas décadas a sua importância como um palco de urbanidade. [1]

Em 2007, uma organização não governamental chamada Jane's Walk, foi criada em Toronto com o objetivo de difundir as ideias de Jacobs. Este instituto incentiva as pessoas a realizar passeios comunitários a pé, trazendo as pessoas para as ruas para experimentar e discutir a qualidade do ambiente urbano em que vivem.