O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, assinou esta semana um decreto que institui a obrigatoriedade da instalação de equipamentos para captação de energia solar em novas edificações estaduais. A lei também vale para instalações construídas com recursos do Estado repassados aos municípios por meio de convênios, acordos ou termos de compromisso.
Sustentabilidade: O mais recente de arquitetura e notícia
Edifícios públicos do Espírito Santo serão obrigados a captar energia solar
Ministério do Meio Ambiente disponibiliza cartilha sobre técnicas de bioconstrução
A bioconstrução se baseia no princípio de que é possível construir tendo um impacto ambiental muito baixo. Para promover este conceito e apresentar técnicas práticas, o Ministério do Meio Ambiente disponibiliza gratuitamente uma cartilha on-line para capacitação e informação acerca do tema e suas devidas metodologias.
Apesar de ter sido criado para um curso do Programa de Apoio ao Ecoturismo e à Sustentabilidade Ambiental do Turismo – Proecotur, o material é extremamente útil para quem deseja entender melhor a bioconstrução e conhecer detalhes de diferentes técnicas sustentáveis e ambientalmente corretas de construção.
Oficina gratuita de saneamento ecológico em São Paulo
No dia 19 de outubro será realizada uma oficina de implantação de sistema de saneamento ecológico. A atividade acontece na Zona Sul de São Paulo e é aberta a todos os interessados. O evento é organizado pelo escritório cooperativo de projetos socioambientais Sapiência Ambiental em parceria com o Núcleo de Agroecologia da UFABC.
Fachadas Inteligentes: Edifícios adaptando-se ao clima através da pele
As fachadas constituem a interface entre interior e exterior de uma edificação. São as partes mais marcantes e visíveis das obras, atuam na proteção contra os agentes externos e são dos maiores responsáveis por criar ambientes confortáveis, uma vez que é ali que ocorrem os ganhos e perdas térmicas. Assim como a nossa pele, um órgão extremamente versátil no corpo, seria natural que fosse a parte da edificação que carregasse tecnologia de forma a tornar-se adaptável às condições ambientais do local onde está inserida.
Árvores na paisagem urbana - um guia para planejadores e autoridades
Tree and Design Action Group é um grupo que compartilha a visão coletiva de que a localização das árvores, e todos os benefícios que elas trazem, pode ser garantida para as gerações futuras se influenciarmos o planejamento, projeto, construção e gestão de nossa infraestrutura e espaços urbanos.
As árvores fazem os lugares funcionarem e parecerem melhores. Além de desempenhar um papel no microclima de nossos bairros, as árvores também podem ajudar a criar condições para o sucesso econômico. O guia Trees in the Townscape apresenta uma abordagem para a arborização urbana, disponibilizando às autoridades e profissionais, princípios e referências necessários para alcançar o potencial da vegetação no ambiente urbano.
Estruturas de madeira são o futuro dos arranha-céus?
Ao longo dos últimos anos, o desenvolvimento de novas tecnologias e o aumento da procura por materiais e sistemas construtivos mais sustentáveis têm impulsionado o uso de estruturas de madeira na arquitetura do século XXI. Sistematicamente, a madeira se firmou como uma alternativa ao concreto e o aço, passando a ser amplamente utilizada também em projetos de arranha-céus e edifícios em altura. Ao longo dos últimos seis anos foram construídos - ou estão sendo construídos - mais de 44 edifícios em altura com estruturas de madeira. Segundo definição do Council on Tall Buildings and Urban Habitat, podem ser considerados arranha-céus edifícios construídos com estruturas de madeira com mais de quatorze pavimentos ou cinquenta metros de altura. Exemplos notáveis já foram notícia aqui no Archdaily Brasil, como o Edifício T3 desenvolvido em parceria entre a Michael Green Architecture e o DLR Group e a Torre HAUT, projetada pelo Team V Architectuur.
Cidade-esponja: a natureza é a solução para inundações
Cidades que absorvem a água da chuva e permitem que a água siga seu fluxo natural. Deveria ser fácil, mas inventamos de canalizar nossas águas e não deixamos a própria natureza fazer a parte dela: absorver e purificar. Para o arquiteto chinês Kongjian Yu, essa é a questão central para solucionar um dos maiores problemas da atualidade em grandes centros urbanos: as inundações.
Técnicas construtivas góticas inspiram o desenvolvimento de lajes leves de concreto na ETH Zurich
Com a intenção de maximizar os vãos disponíveis e diminuir custos de construção, pesquisadores do Departamento de Arquitetura da ETH de Zurique criaram uma laje de concreto que, com uma espessura de apenas 2cm, é estrutural e simultaneamente sustentável. Inspirado pela construção de abóbadas catalãs, este novo sistema de lajes substitui barras de aço reforçadas por nervuras verticais estreitas, reduzindo significativamente o peso da estrutura e garantindo a estabilidade para resistir às distribuições irregulares em sua superfície.
Ao contrário dos pisos de concreto tradicionais que são evidentemente planos, estas placas são projetadas para arquear e suportar cargas principais, reminiscente dos tetos abobadados encontrados em catedrais góticas. Sem a necessidade de reforços de aço e com menos concreto, a produção de CO2 é minimizada e os pisos de 2 cm resultantes são 70% mais leves do que suas contrapartes típicas de concreto.
Salvador e São Paulo investem em iniciativas para recuperar a Mata Atlântica
E se você pudesse enviar uma mensagem de WhatsApp e uma van verde colorida entregasse mudas de árvores nativas diretamente para você? Em Salvador, a prefeitura faz exatamente isso. Pintada com a imagem de uma floresta brasileira biodiversa, esta van verde faz parte do programa "Disque Mata Atlântica". Desde que foi lançado em 2017, o programa já entregou 4.500 árvores para os moradores que desejam plantar em casa.
SURGE: um hub urbano que combina tecnologia, sustentabilidade e tradição
O arquiteto chinês Mingfei Sun projetou um hub urbano de orientação ambiental para a cidade de Masdar, em Abu Dhabi. Intitulado SURGE, o projeto explora a imagética do poder da natureza, tornando-se um oásis de grande valor ecológico.
Utrecht cria 300 pontos de ônibus para pessoas e abelhas
O Conselho Municipal de Utrecht, nos Países Baixos, em colaboração com a agência de publicidade Clear Channel, transformou 316 pontos de ônibus em toda a cidade em “pontos de abelhas”. A adaptação envolveu a instalação de coberturas verdes nas estruturas, criando espaços adequados para as espécies vegetais ameaçadas.
Como as cidades podem ajudar e ser ajudadas pelas abelhas?
A produção de alimentos depende diretamente das abelhas, e seu desaparecimento deve gerar efeitos catastróficos à humanidade. Por toda internet circulam textos alarmantes de como esses pequenos insetos estão morrendo. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 75% dos cultivos destinados à alimentação humana no mundo dependem das abelhas. Por exemplo, um morango suculento e bem formado só é possível se dezenas de abelhas passem pela flor na época certa e o polinizem. Sem elas, ele pareceria mais como uma uva passa.
Como podemos reduzir a emissão de carbono em projetos de arquitetura?
Estima-se que, desde a década de 70, as demandas de recursos do estilo de vida atual da sociedade excedam a capacidade biológica do planeta para atendê-las. Ou seja, estamos retirando e poluindo a natureza mais do que ela pode se recuperar naturalmente. Segundo o Banco Mundial, se a população mundial chegar mesmo ao número projetado de 9,6 bilhões de pessoas em 2050, serão necessários quase três Planetas Terra para proporcionar os recursos naturais necessários a fim de manter o atual estilo de vida da humanidade.
Diariamente uma quantidade enorme de dióxido de carbono é liberada na atmosfera, através da indústria, transporte, da queima de combustíveis fósseis e até mesmo pela respiração de plantas e seres vivos. À medida que as consequências das mudanças climáticas se tornam mais claras, tanto os governos quanto as empresas do setor privado vêm estabelecendo metas para as reduções de emissões de carbono. O dióxido de carbono é apontado como o principal gás do efeito estufa, e sua alta concentração na atmosfera leva à poluição do ar, chuvas ácidas, entre outras consequências.