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Segurança Viária: O mais recente de arquitetura e notícia

Entenda por que o Rio de Janeiro precisa de vias mais seguras

No dia 6, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, solicitou à CET-Rio, empresa que cuida da gestão de tráfego na capital carioca, a readequação dos limites de velocidade nas vias da orla. A medida é de extrema importância considerando que, segundo a Prefeitura, mais de 600 pessoas perderam as suas vidas em sinistros no trânsito do Rio no ano passado, e mais de 60% foram devido a atropelamentos.

Los Angeles planeja implementar malha viária sem carros inspirada no modelo de Barcelona

As autoridades de Los Angeles votaram para implementar o primeiro Park Block, um projeto-piloto que propõe uma malha viária livre de carros. A ideia é abrir o espaço público para pedestres e ciclistas, segundo a NBC Los Angeles. O plano se inspira nas superquadras de Barcelona, que propõe grupos quarteirões sem tráfego de automóveis no distrito de Eixample, liberando parte das ruas apenas para pedestres e trânsito local. Implementado em 2016, o projeto resultou na redução dos níveis de poluição do ar, ruído urbano e acidentes de trânsito.

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O poder de transformação do urbanismo tático

Pode ser um parklet, uma minipraça, uma pintura no asfalto para mudar o desenho de uma rua e readequar o uso de um espaço público. Cidades em diversas partes do mundo – incluindo o Brasil – estão partindo de intervenções temporárias para catalisar projetos de longo prazo que tornem as ruas mais seguras, criando espaços públicos inclusivos e de qualidade.

Tais iniciativas adotam a técnica chamada de urbanismo tático, que promove a reapropriação do espaço urbano por e para seus principais usuários: as pessoas. Esse movimento ganha força em um contexto de crise nas áreas urbanas, no qual os governos enfrentam dificuldades para entregar a uma população crescente serviços urbanos básicos, como habitação, transporte de qualidade e espaços livres adequados, que permitam a mobilidade ativa e segura das pessoas. 

5 Mitos sobre a redução da velocidade do trânsito urbano

Cidades em todo o mundo podem salvar milhares de vidas todos os anos por meio de medidas bastante simples: a moderação do tráfego e a gestão das velocidades. Readequar os limites de velocidade veicular nas vias urbanas é uma das iniciativas destacadas pela ONU e a OMS para que países cumpram a meta de reduzir à metade as mortes e lesões graves no trânsito até 2030.

Jundiaí inaugura rua completa com área dedicada à primeira infância

Jundiaí (SP) implementou seu primeiro projeto-piloto de rua completa, como parte da criação de uma Área da Infância. A intervenção redistribuiu o espaço da rua Lacerda Franco de forma mais democrática entre os diversos usuários da via, incorporando ciclofaixa, extensões de calçada e outras medidas moderadoras de tráfego. Assim, ampliou os espaços de convivência e aumentou a segurança das crianças de várias escolas que frequentam a região.

Engajamento comunitário e capital social são essenciais para a segurança nas ruas

A segurança nas ruas vai muito além de policiamento e iluminação. Embora estes fatores possam ser importantes em determinados contextos, o engajamento comunitário e a produção de capital social são fatores-chave para tornar as cidades mais seguras. “Sentir-se seguro é crucial para que as pessoas abracem o espaço urbano”, afirma Jan Gehl.

Os patinetes que estão tomando conta das cidades são seguros? Um olhar para as evidências

Os patinetes são a última tendência da nova mobilidade. É provável que você tenha visto alguém passando por um desses pequenos, mas ágeis veículos de duas rodas, em alguma grande cidade. Após o crescimento explosivo dos aplicativos de transporte sob demanda e das bicicletas compartilhadas, chegou a vez dos patinetes, que registraram 38,5 milhões de viagens nos Estados Unidos apenas em 2018.

8 Ações para melhorar a segurança viária nas cidades

Imagine quantos esforços precisam ser feitos para evitar a morte de 1,24 milhão de pessoas por ano. Esse é o número médio de fatalidades que ocorrem no trânsito no mundo todo. É urgente que as cidades passem a proteger melhor seus cidadãos para que, com a atual tendência de aumento da população urbana, esse número não cresça ainda mais. Mas e se oito ações fossem suficientes para pouparmos a ocorrência de centenas de mortes ou ferimentos graves?

A publicação “O Desenho de Cidades Seguras” enumerou “oito ações para melhorar a segurança viária” e nós buscamos boas práticas e pesquisas que traduzem algumas delas.

Cidades mais ativas e segurança viária

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A segurança viária e redução das mortes e lesões no trânsito têm sido encaradas como prioridade em diversos lugares do mundo. A OMS (Organização Mundial da Saúde), inclusive, definiu esta como a Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020, na qual governos de todo o mundo se comprometeram a tomar novas medidas para reduzir em 50% os níveis de mortalidade e lesões de trânsito nesses 10 anos.

A redução da velocidade nas vias é utilizada como ferramenta essencial para diminuir mortes e lesões. No Brasil, cidades como São Paulo e Curitiba implementaram, nos últimos anos, perímetros onde é regulamentada uma velocidade máxima baixa, como as Áreas 40 e Áreas Calmas, respectivamente. Essas medidas têm como objetivo melhorar a segurança dos usuários mais vulneráveis do sistema viário, pedestres e ciclistas, buscando a convivência pacífica e a mitigação de atropelamentos na área. Em São Paulo, essas mudanças se mostraram efetivas: 2015 foi o ano com menor número de mortes desde 1998, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Infelizmente, com o abandono de parte dessas medidas pela nova gestão, assiste-se agora a um novo aumento: no primeiro semestre de 2017 houve 23% mais óbitos de pessoas a pé e 75% de pessoas pedalando, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Ilusão de ótica, grafite e luzes: arte em faixas de pedestres contribui para a segurança viária

Uma artista indiana resolveu usar seu talento para tentar ajudar a reduzir as mortes no trânsito em seu país. Graças a um tráfico heterogêneo, que mistura diferentes tipos de veículos em alta velocidade, mais de 230 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito na Índia, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde de 2013. Aproximadamente metade das vítimas era de usuários vulneráveis das vias – motociclistas, pedestres e ciclistas.

Medidas radicais e urgentes precisam ser implementadas no país, mas uma simples ideia, de Saumya Pandya Thakkar, pode ser responsável por salvar vidas. A artista de 28 anos, com a ajuda de sua mãe, Shakuntala Panya, criou faixas de pedestres com técnicas de ilusão de ótica. O motorista tem a impressão de estar se aproximando de blocos de concreto, o que o leva a diminuir a velocidade.

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Três casos bem sucedidos do plano "Vision Zero" para melhorar a saúde pública em cidades dos EUA

Vision Zero é um plano idealizado em 1997 na Suécia, quando o país começou a implementar uma série de medidas de segurança viária visando reduzir a zero o número de fatalidades no trânsito. Como resultado, o país conseguiu reduzir as mortes para 3 a cada 100 mil habitantes.

Desde então, o plano tem sido adotado em diferentes cidades do mundo, dando origem a diversos grupos e organizações que têm como meta tornar as ruas locais mais seguros para todos. Uma dessas organizações é a Vision Zero Network, que reúne engenheiros de tráfego, profissionais da saúde, líderes locais e responsáveis por políticas públicas.

Países Baixos inauguram faixa de pedestres luminosa que deixa as pessoas mais visíveis

Dar visibilidade aos pedestres -- os usuários mais vulneráveis do espaço público -- e, assim, aumentar a segurança viária é o objetivo dessa nova faixa de pedestres inaugurada no final de novembro na cidade de Brummen, Países Baixos.

Projetado pelo escritório holandês Lighted Zebra Crossing e entregue gratuitamente ao município, esta faixa de pedestres torna mais visíveis as pessoas, sobretudo à noite, quando não há luz natural. Cada ima das faixas brancas paralelas conta com placas de luz que permanecem sempre acesas, e não apenas quando há pessoas trafegando.

São Miguel mais humana, rua para todos: intervenção urbana temporária na Área 40 de São Miguel Paulista

São Miguel Paulista, bairro no extremo leste de São Paulo, recebeu, no último 19 de novembro, a intervenção urbana temporária “São Miguel Mais Humana: Rua Para Todos”. A iniciativa foi parte do projeto de requalificação urbana e segurança viária da Área 40 de São Miguel - uma parceria entre Prefeitura Municipal de São Paulo e Iniciativa Bloomberg para a Segurança Global no Trânsito (BIGRS) apoiada pelo ITDP Brasil.

São Miguel mais humana, rua para todos: intervenção urbana temporária na Área 40 de São Miguel Paulista - Image 5 of 4

Resultado do concurso de requalificação urbana e segurança viária em São Miguel Paulista

A Iniciativa Bloomberg de Segurança no Trânsito (BIGRS) consiste no apoio à Prefeitura do Município de São Paulo (PMSP) na forma de consultoria e capacitação contínuas das ações e políticas adotadas pela Cidade, com vistas à redução de mortes no trânsito e promoção de segurança viária.

A iniciativa, que tem duração de cinco anos, aborda o desenho de ruas mais seguras para todos os usuários, a expansão dos sistemas de transporte sustentável, a fiscalização das leis de trânsito e campanhas para promover melhores comportamentos em relação à redução de velocidade, não dirigir sob a influência de álcool, uso de capacete e uso do cinto de segurança, com a captação e análise de dados para avaliar a efetividade dessas medidas. A parceria entre a BIGRS e a PMSP iniciou-se em abril de 2015 e as atividades se intensificaram a partir de agosto do mesmo ano.

Com problemas semelhantes a Rio e SP, Londres aumenta segurança de ciclistas

A capital britânica tenta há vários anos viabilizar a bicicleta como alternativa real de transporte. Nos últimos dez anos, o volume de bicicletas na cidade aumentou mais de 150%. Hoje, cerca de 300 mil ciclistas circulam pelas ruas de Londres diariamente.

Os investimentos da prefeitura para tornar as vias londrinas mais seguras e atraentes para ciclistas aumentaram de dois milhões de libras em 2001 (R$ 6 milhões) para 100 milhões de libras (R$ 300 milhões) este ano, mas grupos cicloativistas defendem que ainda há muito a fazer para que o veículo sobre duas rodas seja a opção de transporte preferido dos londrinos.