No início da década de 1980, enquanto trabalhava com o povo Ka'apor, na região leste da Amazônia, o botânico norte-americano William Balée, naquela época um jovem pesquisador, deparou-se pela primeira vez com o que os Ka'apor chamam de taper, isto é, um tipo específico de formação florestal que reconhecem como sendo “plantada” por seus ancestrais:
V Seminário Internacional da Academia de Escolas de Arquitetura e Urbanismo de Língua Portuguesa (AEAULP), que intitulámos de Proximidades Distantes, ocorrerá nos dias 06, 07 e 08 de Dezembro de 2023, em Brasília.
O hiato temporal decorrente da realização do último seminário, em Belo Horizonte, em muito se deve à crise pandémica que afligiu o planeta nos últimos dois anos. Hoje, já com a premissa de superação desse período, as limitações transformam-se em bases sólidas de investigação. Este seminário é o mote oportuno para reduzirmos as distâncias que, forçosamente, fomos obrigados a criar, apostando num evento que se quer presencial.
O Festival Internacional de Jardins do Canadá está lançando uma chamada de propostas para sua 24ª edição, a ser realizada em junho de 2023. Amantes de jardinagem e land art podem se candidatar – os projetos selecionados vão integrar os jardins temporários do Les Jardins de Métis, também conhecidos em inglês como Reford Gardens.
Em 2021, mais de 60 mil visitantes percorreram 25 instalações de jardim cujo tema era “adaptação” em referência à pandemia. Passado o período de maior contágio da Covid-19, o festival retorna com o tema “raízes” e busca valorizar o conhecimento tradicional. Os designers são convidados a imaginar um presente e um futuro ecologicamente, economicamente e culturalmente responsáveis, a partir dos ensinamentos das gerações passadas.
Durante um longo período os automóveis foram os maiores protagonistas das grandes cidades. O resultado dessa priorização são territórios ocupados majoritariamente por rodovias, pouco convidativos para as pessoas. Nos últimos anos, contudo, muitas cidades passaram por transformações em seu território, buscando transformar também a relação com os automóveis e priorizar o pedestre e a escala humana.
A cidade do Rio de Janeiro teve sua paisagem edificada, ao longo dos seus 457 anos, de diversas formas. Nos primeiros séculos se consolidou no entorno da Rua Direita, atual rua Primeiro de Março, basicamente com casarios de dois pavimentos, normalmente com seu térreo formado por uma porta e duas janelas — isso decorria da medida da época, a braça, e os seus lotes que costumavam ter três braças (cada braça equivale a 2,2 metros). O perfil fundiário carioca sempre foi um indutor da forma urbana e o lote português, com testada pequena e muito comprido, marcou uma época da nossa cidade e é uma marca do desenvolvimento da cidade.
https://www.archdaily.com.br/br/989220/a-paisagem-urbana-e-a-matematica-da-cidadePedro Duarte e Rogerio Goldfeld Cardeman
Como ponto de partida para projetos de arquitetura, o terreno e a sua topografia apontam os direcionamentos que a distribuição do programa poderá seguir. Entre elas, uma solução se destaca pela continuidade entre a topografia e a arquitetura, a partir do rebaixamento do nível da construção e avanço do terreno sobre a cobertura. A partir deste teto jardim criado com as mesmas características do entorno, o resultado causa a impressão de uma intervenção quase inexistente.
A incorporação do terreno como elemento arquitetônico retoma, de certa maneira, o conceito das cavernas, reforçando uma ideia de abrigo e acolhimento a partir de um híbrido entre a configuração inicial e natural e a intervenção arquitetônica.
Uma das primeiras decisões a serem tomadas durante o processo de projeto de uma habitação é onde ela será implantada no terreno. Seja um lote grande ou pequeno, a implantação de uma casa impacta tanto a arquitetura da própria construção quanto sua relação de vizinhança, e por isso deve ser pensada e projetada com cuidado.
Fruto direto do aquecimento global, o fenômeno das ondas de calor tem se mostrado mais avassalador e frequente a cada novo verão. A mais recente delas irrompe há dias na Europa, com agravamento nos países da região oeste, a exemplo de Bélgica e Reino Unido. O derretimento da superfície da pista de aterrissagem do Aeroporto de Luton e os incêndios causados na vila de Wennington, em Londres, e em Calatayud, no sudoeste da Espanha, são alguns dos episódios que ajudam a entender os contornos críticos do problema.
O que ações desenvolvidas no Rio de Janeiro nos anos 1800, na Dinamarca nos anos 1850, na Costa Rica em 1970 ou na Etiópia nos anos 2000 têm em comum? Em todos esses casos, projetos pioneiros de restauração florestal permitiram recuperar milhares de hectares de florestas, protegendo animais, nascentes e retirando carbono da atmosfera.
https://www.archdaily.com.br/br/982971/wri-lanca-ferramenta-para-identificar-fatores-de-recuperacao-de-paisagensLuciana Alves e Julio Alves
Neste episódio o Arquicast atravessa o Atlântico e dá um mergulho em nossas raízes lusitanas. As relações entre a arquitetura portuguesa e brasileira é tema de constantes reflexões teóricas e já orientou importantes práticas de projeto, como as que Lucio Costa empreendeu nos primórdios do movimento moderno no Brasil, quando buscou uma linguagem arquitetônica nacional, inovadora, mas coerente com suas origens.
Hoje, num momento de globalização cultural e de intensa circulação de conhecimento, já sabemos que os diálogos entre Brasil e Portugal se estendem para além da arquitetura, encontrando reflexos também na abordagem ecossistêmica da paisagem e numa visão humanizada do território. Ainda há muito a aprender juntos e nada melhor que aprender dialogando.
Uma torre leve de estrutura metálica com 16 metros de altura e painéis fotovoltaicos na cobertura. Pode não parecer, mas este é o mais recente projeto concluído de Álvaro Siza em Portugal, uma obra aparentemente distante da grande maioria de seus trabalhos, seja pela escala ou pela materialidade. Localizada na Serra da Talhadas, no município de Proença-a-Nova, a torre de vigia faz parte de um projeto mais amplo que engloba também o Miradouro do Zebro, ainda não construído, e objetiva criar uma série de infraestruturas voltadas ao ecoturismo na região.
Em sua terceira edição, o SEPPAS acontecerá nos dias 1 a 4 de dezembro de 2021 e será totalmente online com palestras e debates, com professores, pesquisadores, acadêmicos, profissionais renomados e a sociedade nos diversos campos de atuação e do saber. O evento é organizado pelo Programa de Pós-graduação Projeto e Cidade da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás, com apoio da Universidad Nacional del Nordeste (Argentina), do grupo de pesquisa Grupal.UFCG e da Revista Jatobá.
O evento tem como objetivo produzir, difundir e socializar o conhecimento científico e o saber. Desenvolver a cultura e a formação
Projetado pelo Heatherwick Studio, em parceria com o escritório de arquitetura paisagística MNLA, o tão aguardado projeto Little Island é o mais novo espaço público de Nova Iorque, apresentando um volume implantado acima do rio Hudson. O projeto abriga um parque público e locais para apresentações, de forma a reinventar a tipologia do píer em uma paisagem artificial ondulante. Após superar muitos obstáculos e oito anos de construção, o local agora está aberto ao público, e o projeto arrojado está prestes a se tornar um ícone em Nova Iorque.
O {CURA} acredita que ensino, debate e conhecimento da prática profissional precisam caminhar juntos.
No próximo dia 27/05 (qui), às 19h00, o CURA promoverá mais uma Aula Aberta. Dessa vez, o escritório convidado é o ARQBR, que vai falar sobre arquitetura, desenho e paisagem.
_ ARQBR Fundado em 2013, o ARQBR Arquitetura e Urbanismo, sediado em Brasília, tem como origem a colaboração profissional entre os arquitetos Eder Alencar e André Velloso. A soma das experiências individuais e a busca por ideais comuns conduzem uma produção que se dá nas mais diversas escalas e programas. Seus ideais se fundamentam no poder de
“Não, não sou uma sem-teto. Sou apenas uma sem-casa. Não é a mesma coisa, né?" Questionando a noção de lar e casa, Nomadland conta a história de uma mulher de sessenta anos que perde tudo na grande recessão. Fern, interpretada pela atriz Frances McDormand, deixa para trás sua cidade após a morte de seu marido e a falência da única indústria que sustentava a região. A protagonista decide embarcar em uma jornada sem rumo certo, vivendo em sua van como uma nômade pelas vastas paisagens do oeste americano.
Em 1968, a pequena cidade de Gibellina, na Sicília, foi arrasada pelo colossal terremoto Belice, de magnitude 5,5 que matou centenas e deixou 100.000 desabrigados. Os planejadores não conseguiram reconstruir Gibellina em seu terreno original. A nova cidade - Gibellina Nuova - foi construída a 11 quilômetros (7 milhas) de distância. Antecipando-se ao projeto e à construção de Gibellina Nuova, e na esteira da tragédia do terremoto de Belice, o prefeito convocou vários artistas para apresentarem propostas de projetos para decorar a nova cidade. Um destes artistas foi o prolífico pintor e escultor italiano “polimaterialista” Alberto Burri (1915-1995).
https://www.archdaily.com.br/br/958190/a-psicogeografia-da-monumental-land-art-cretto-di-burriLilly Cao
Com quase cinquenta mil espécies vegetais – das quais mais da metade são endêmicas, ou seja, só existem naturalmente aqui – a flora brasileira é uma das mais diversas e ricas do mundo. Dados como estes fazem parte da maior e mais completa biblioteca virtual de botânica do país, o Flora do Brasil 2020, elaborado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
https://www.archdaily.com.br/br/957957/flora-do-brasil-2020-biblioteca-digital-gratuita-da-biodiversidade-vegetal-no-paisEquipe ArchDaily Brasil
Em 1979, Rosalind Krauss publica o clássico artigo A escultura no campo ampliado na revista October, no qual identifica um certo esgarçamento das fronteiras no campo da escultura, “evidenciando como o significado de um termo cultural pode ser ampliado a ponto de incluir quase tudo” [1]. A crítica, particularmente destinada a uma produção artística produzida entre os anos 1960 e 1970, foi utilizada como base 26 anos depois, em 2005, para a publicação de O campo ampliado da arquitetura, de Anthony Vidler.