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Hugo Palmarola: O mais recente de arquitetura e notícia

Projeto Cybersyn é reconstruído em exposição que relembra os 50 anos do golpe militar no Chile

No dia 7 de setembro, foi inaugurada a exposição "Como desenhar uma revolução: o caminho chileno para o projeto" no Centro Cultural La Moneda em Santiago, como parte das atividades que relembram os 50 anos do golpe militar no Chile. Trata-se de uma exposição sobre design gráfico e industrial realizada durante o governo do presidente Salvador Allende, reunindo mais de 350 peças originais e reconstruindo integralmente a sala de operações Cybersyn. A exposição estará em cartaz até o dia 28 de janeiro de 2024.

Produzida em conjunto pela Pontifícia Universidade Católica do Chile, o Massachusetts Institute of Technology e o CCLM, com a colaboração do Ministério da Ciência, Tecnologia, Conhecimento e Inovação e do Goethe-Institut Chile, conta com a curadoria do designer Hugo Palmarola e do arquiteto Pedro Ignacio Alonso, ambos reconhecidos por receberem o Leão de Prata pelo Monoloith Controversies, o Pavilhão do Chile na Bienal de Arquitetura de Veneza 2014. Ao mesmo tempo, também participa a renomada historiadora de ciência colombiana Eden Medina do MIT.

'Choreographies' apresenta a construção arquitetônica nos desenhos animados dos EUA e URSS para a Trienal de Lisboa

O projeto Choreographies (Coreografias), dos chilenos Pedro Alonso e Hugo Palmarola, busca apresentar a 'construção' conceitual dos canteiros de obra, em sua dimensão política e cultural. Por meio de uma comparação crítica de filmes cômicos e animações infantis realizadas nos Estados Unidos e na União Soviética entre 1921 e 1980, a obra mostra que estes lugares não são somente onde se constroem os edifícios, mas também, lugares onde a ideologia e a imaginação combinam através de coreografias definidas cuidadosamente por gruas, no movimento pendular de vigas de aço nos EUA e de painéis flutuantes na URSS. Estes dois elementos simbolizam a construção do mundo moderno, o otimismo tecnológico da industrialização, a relevância dos processos produtivos sobre os edifícios terminados e o status dos trabalhadores em tais processos - soldadores, montadores e operadores de gruas - em oposição ao papel convencional que as narrativas da modernidade atribuem à figura do arquiteto.

Monolith Controversies / Pavilhão do Chile na Bienal de Veneza 2014

Respondendo ao chamado de Koolhaas para "absorver a modernidade" e retornar ao fundamental da arquitetura, o Pavilhão do Chile na 14ª Bienal de Arquitetura de Veneza se desenvolve em torno de uma parede de concreto em estado de ruína, simbolizando a construção de 170 milhões de apartamentos em todo o mundo.

Descrição dos curadores. A peça central do pavilhão é uma parede em ruína que foi originalmente produzida pela KPD e doada ao Chile pela União Soviética em 1972 para a construção de edifícios de apartamentos após o terremoto que assolou o país em 1971. Trata-se de uma adaptação do sistema francês Camus, um sistema patenteado em 1948 que era capaz de produzir até duas mil habitações por ano.

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