A estetização da desigualdade: paisagens contrastantes na periferia da Cidade do México

A região que conhecemos hoje como a Zona Metropolitana do Vale do México (ZMVM) tem tido uma ocupação contínua e dinâmica há mais de 4.000 anos. Evidências arqueológicas e antropológicas revelam a presença de sociedades humanas complexas nas margens da bacia, começando com Tlatilco e Cuicuilco no período pré-clássico mesoamericano, passando por Teotihuacan no período clássico, e culminando com os diferentes centros urbanos da afiliação Nahua no período pós-clássico, com destaque as cidades do México de Tenochtitlan-Tlatelolco, assim como Texcoco, Azacapotzalco, Iztapalapa e Chalco, entre muitas outras.

Criando valor arquitetônico através da estética

Os seres humanos se esforçam muito para fazer o inexplicável ser entendido. A nossa espiritualidade torna-se religião. A justiça torna-se lei. E o que nos encanta torna-se a estética, e a estética se reduz ao “estilo” nas artes plásticas e na arquitetura. A descrição, depois a definição, da estética nos permite julgar e, com sorte, controlar o que nos emociona: "Os estilos podem mudar, os detalhes podem ir e vir, mas as amplas exigências do julgamento estético são permanentes". — Roger Scruton

O minimalismo está morto?

A estética visual das últimas décadas pode ser definida como projetar com os princípios do “nada”. Seja por meio de arte, estilo de vida, moda, design industrial ou de interiores, há uma suposta necessidade de manter as coisas no mínimo, promovendo a tendência globalmente amada e altamente criticada do minimalismo. Minimalismo é essa noção de reduzir algo a seus elementos necessários, mas quem está decidindo o que é necessário e quem está decidindo o que é demais? Com essas questões em mente, combinadas com mudanças radicais no consumismo e na maneira como as pessoas vivem nos últimos anos, as tendências atuais mostraram que o minimalismo veio para ficar, mas não sem uma reviravolta.

O conceito de arquitetura no contexto estético chinês

A estética ocidental baseia-se na análise matemática da estrutura formal de um objeto, usando leis clássicas de beleza, como equilíbrio, simetria e a proporção áurea. A estética oriental difere nisso, pois enfatiza a experiência intuitiva, como o espaço em branco na pintura tradicional chinesa, através da comunicação emocional com o imaginário para produzir uma certa concepção. O contraste entre a realidade e o vazio permite que a imaginação e os sentimentos do espectador floresçam.

O salão de beleza japonês: 20 projetos que combinam forma e função

Mais do que nunca, hoje, a ida a um salão de beleza tornou-se um momento de fuga necessário. Ela promete uma experiência relaxante, com um resultado esteticamente agradável. No entanto, este caso, como muitos outros, depende de um espaço bem projetado, com um design eficiente para promover a melhor experiência ao usuário. Muitas diretrizes espaciais têm que ser consideradas ao montar um salão de beleza funcional e bem-sucedido, e não há melhores exemplos a serem estudados do que os pitorescos salões de beleza japoneses.

Estética no projeto de interiores: como definir o estilo de nossos espaços?

Quando chegar a hora de definir a estética de um espaço interno ou externo, os profissionais de arquitetura e design de interiores devem começar perguntando-se quais são ou serão as necessidades de seus futuros habitantes. O diálogo com os usuários é fundamental para estabelecer o estilo dos espaços, o que envolve elaborar formas específicas de ambientação através da composição, cores, formas, mobiliário e, é claro, sua arquitetura.

Algoritmos e estética: o futuro do design generativo

O aprendizado de máquina e o design generativo estão moldando profundamente a vida moderna. Uma crítica central à importância e ao avanço da inteligência artificial, especialmente no contexto da arquitetura, é a capacidade de uma máquina projetar, assim como o medo resultante de que os serviços profissionais possam ser limitados. À medida que as cidades continuam se desenvolvendo, novas ferramentas surgem para ajudar a visualizar e criar o ambiente construído. Como os arquitetos podem adotar o design generativo para reimaginar modelos de sustentabilidade, práticas inclusivas e novas estéticas?

Artista traduz em gravuras a atmosfera e nostalgia da arquitetura soviética polonesa

Pelos mais variados motivos, arquitetos são conduzidos para longe da prática profissional. Às vezes, no entanto, seguem projetando edifícios em outros meios e suportes. Vinicius Libardoni é um arquiteto e artista ítalo-brasileiro que migrou do Autocad para a gravura em metal, com passagem pela xilogravura, e vem construindo arquiteturas imaginárias desde então.

Estética da ruptura: os efeitos das mudanças abruptas na paisagem urbana

Espaços públicos desempenham um papel significativo na organização de cada comunidade, mas definir o que os diferencia de outros espaços da cidade não é uma tarefa fácil. Uma vez que esses espaços começam a se instalar na memória coletiva das comunidades locais, tornam-se elementos-chave que concentram a imagem mental de uma cidade. Enquanto esse processo geralmente acontece com espaços urbanos, monumentos e elementos arquitetônicos isolados também podem se tornar marcos para a vida urbana de uma determinada região. Então, o que acontece quando eventos catastróficos como incêndios, guerras ou mesmo a pandemia alteram essa imagem?

Tendências sempre voltam: estética retrô com materiais modernos

Por mais transitórios que sejam as tendências, elas sempre têm uma maneira de retornar. Vemos isso o tempo todo na moda, com a volta em grande estilo de peças de roupas que pensávamos que nunca mais veríamos. O design de interiores não é exceção. Embora este século tenha estabelecido o ideal sobre sofisticação e simplicidade sutis - com superfícies brancas, linhas limpas e acabamentos lisos -, elementos retrô ousados estão sendo revistos em interiores residenciais e comerciais. Seja na forma de paredes coloridas vibrantes, pisos com padrões geométricos intrincados ou peças de móveis de aparência vintage, parece haver uma apreciação renovada por elementos de design inspirados nas tendências da segunda metade dos anos 1900, principalmente dos anos 50 aos anos 80.

Sustentabilidade: a nova ordem estética

Na história da arquitetura o conceito de beleza sempre esteve atrelado a diferentes fatores que representam, principalmente, os valores da sociedade em determinado período. O zeitgeist (espírito de época) certamente é crucial para essas definições, por isso, algo que já foi considerado belo no passado é passível de receber outra conotação hoje em dia. Nesse sentido, as preferências estéticas na arquitetura parecem estar atreladas a referências simbólicas implícitas na própria construção e na relação dela com o mundo. São preferências que exprimem convicções, ideologias e posicionamentos, assim como sentimentos morais, religiosos, políticos e, claro, símbolos de status de classe.

O passado ditará a estética do futuro?

A atual produção arquitetônica enfrenta diversos paradigmas e um deles é o estético. Num cenário de constantes incertezas, edifícios com projeções, hologramas ou completamente automativos que a ficção científica tanto deslumbrou, assim como a própria tecnologia aponta como uma possibilidade porvir, parecem cada vez mais distantes da realidade. Hoje, a busca por uma maior identificação com o espaço construído tem sido ampliada ao invés de idealizar o novo pelo novo. Por isso, olhar para o passado tem apresentado diferentes perspectivas e é nessa mirada que talvez possamos imaginar uma nova estética futurística. 

Estética no design de interiores: 22 projetos que exploram tendências

"Os detalhes não são os detalhes. Eles fazem o design." -Charles Eames. A criação de espaços atraentes que antecipem as necessidades dos usuários depende de vários fatores: escala, circulação, funcionalidade e conforto. No entanto, as últimas décadas provaram que o apelo visual de um projeto também é muito importante para o espaço interno. Neste artigo, exploraremos o lado estético do design de interiores, analisando estilos populares em todo o mundo e como arquitetos e designers usam elementos como cores, móveis, acessórios e acabamentos para definir sua identidade espacial.

A história da escada de Penrose e sua influência no design

Muitas vezes, as escadas representam um ponto de interesse de um projeto de arquitetura. A habilidade de criar algo que nos move de um nível para outro, para cima e para baixo, é algo tão simples e familiar ao mesmo tempo que com um pequeno ajuste pode tornar a experiência de subir ou descer em algo tão único. Nossa obsessão por escadas e o nível de ilusão que elas criam na arquitetura talvez decorra da maneira como elas são capazes de distorcer a ótica e a percepção do espaço. Entendemos que elas nos transportam em uma direção ou outra, mas as escadas podem ser circulares? É possível subir e descer para sempre?

Cimento queimado vs. porcelanato: ressignificando a estética na arquitetura

O conceito de estética remonta à civilização grega e se refere à percepção através dos sentidos. Apesar de ser um conceito filosófico, na arquitetura a estética é usada para traduzir ideologias e conceitos arquitetônicos a partir do conjunto de elementos construtivos, formas e materiais, estando intrinsecamente atrelada à forma física de uma construção e, portanto, vinculada a um contexto social, econômico e político. Para além de uma discussão de gostos, a estética arquitetônica é uma fonte de leitura e análise histórica. 

Como a iluminação evoca emoções e cria atmosferas: a obra de Moriyuki Ochiai Architects

Le Corbusier disse uma vez que “a luz cria ambiência e senso de lugar, bem como a expressão de uma estrutura”. Apesar de outras tecnicalidades externas e escolhas projetuais feitas dentro dos espaços públicos, como a forma na qual o espaço é construído e o uso de cores e da materialidade, esses elementos seriam essencialmente inutilizados sem o uso adequado da iluminação.

Fascínio e repulsa pela estética do abandono

As mãos seguram o peso do corpo inteiro, sentindo em sua membrana fina a textura áspera da argamassa não rebocada. Mesmo com todo corpo estirado contra o muro ainda assim não era possível ver o que havia por trás dele. O suor, num misto de adrenalina e calor, escorria por entre as têmporas indicando a movimentação para um esforço final, um derradeiro impulso antes da queda iminente que, por alguns segundos, permitiu ultrapassar a última fiada. Abriu-se, então, o campo de visão para um mundo fragmentado, desconexo e estranhamente livre. Uma potência urbana que se deixava estrangular pelo alento da vegetação tropical enquanto era consumida pelo abandono em meio a cidade ativa e dinâmica.

A estética da era espacial: influenciando a arquitetura e os interiores

O surgimento da energia nuclear, avanços dramáticos no desenvolvimento de foguetes e o desejo de ser o primeiro a colocar homens no espaço e na lua deram início a uma era conhecida como a "Era Espacial". Após o encerramento da Segunda Guerra Mundial, tanto os soviéticos quanto os aliados se encontraram em um estado de antagonismo, pois ambos começaram a lutar para avançar na exploração espacial antes do outro, uma corrida pelo espaço. A era daria lugar a rápidos avanços na tecnologia e grandes realizações, incluindo o pouso na Lua em 1969. A estética da Era Espacial mudou completamente a forma como os designers visualizavam o novo mundo e deixou uma marca dramática na arquitetura e nos interiores. Uma nova visão de futurismo e prosperidade.