Hoje, Cinema e Arquitetura vai até a Espanha para apresentar-lhes o documentário "Bye Bye Barcelona", filmado, editado e dirigido por Eduardo Chibás. Nas palavras de seu diretores, "é um documentário sobre uma cidade e sua relação com o turismo, sobre a difícil convivência entre Barcelona, barcelonenses, o turismo e os turistas. É um documentário que expõe, através de alguns dos seus residentes, os graves efeitos que o turismo massivo traz. É um documentário em que é possível vê-lo inteiro, ou por capítulos e ao seu ritmo, e que não pretende outra coisa a não ser servir de contraponto a tão repetida ideia de que com o turismo ganhamos todos. Este é um documentário sobre o que perdemos".
Mais detalhes e o documentário completo, a seguir.
Foroba Yelené o nome do dispositivo de iluminação criado pelo arquiteto italiano Matteo Ferroni para os habitantes da cidade de Cinzana, zona rural de Mali. Em 2010 o arquiteto publicou um estudo antropológico sobre as comunidades rurais de Mali, destacando a importância das atividades noturnas. Como consequência do estudo, explorou os aspectos culturais da luz e a introdução do conceito de "luz coletiva".
Uma coletânea de 41 entrevistas conduzidas por estudantes do Strelka Institute, intitulada Future Urbanism, está agora disponível online. As entrevistas contam com a participação de arquitetos, urbanistas, sociólogos, pesquisadores e outros profissionais de campos relacionados aos estudos urbanos, enfatizando a preocupação do Strelka Institute em abordar o tema a partir de uma perspectiva interdisciplinar. Veja as entrevistas aqui.
Na semana passada um dos maiores ícones da arquitetura brasileira, o Lelé, nos deixou. A fotógrafa Joana França também quis homenageá-lo e compartilhou conosco suas fotografias que retratam as obras do arquiteto. Um material extremamente enriquecedor que retrata um grande repertório de João Filgueiras Lima, de suas obras mais clássicas até obras menos conhecidas pelo público.
Após a triste notícia do falecimento de um dos artistas suíços mais renomados da Ficção Científica, Hans Ruedi Giger (1940-2014), decidimos fazer uma breve revisão de alguns dos croquis, ilustrações, pinturas, imaginários e desenhos que deram vida a espetaculares cenários, tanto fictícios quanto reais.
Conheça mais sobre o legado gráfico e arquitetônico de H.R. Giger, a seguir.
Interessados na pureza do deserto do Saara e seu potencial ainda por explorar, Malka Architecture desenvolveu um oásis móvel - "The Green Machine" -, uma plataforma móvel combinada com uma cidade industrial que regenera paisagenssecas e áridas, fertilizando a terra e complementando a população local com comida e água. Trabalhando em conjunto com Yachar Bouhaya Architecte e Tristan Spella Infographist o conceito parece explorar os recursos e as possibilidades ricas do Saara, com um desenho capaz de produzir 20 milhões de toneladas de cultivos a cada ano. A estrutura também forma uma cidade móvel, com capacidade para uma ampla gama de moradias, escolas, restaurantes comunitários e lugares de recreação.
Em nosso contexto atual e ao longo da história da humanidade, a questão da pobreza sempre foi objeto de estigma social e, ao mesmo tempo, espacial. Todos nós reconhecemos suas características, longe dos centros econômicos, geralmente localizadas na periferia da cidade, com pouco ou nenhum serviço, condições precárias de habitação e cuja população é discriminada como se fossem portadores de uma peste.
O filme aborda estas questões, especialmente como o próprio nome indica, o caso de "Cidade de Deus", projeto urbano feito pelo governo brasileiro a fim de criar uma cidade "embrião" para a população de origem africana do Rio de Janeiro .
O projeto experimental Casas Origami de Papel, dos arquitetos do Architecture Global Aid / AGA, é uma ideia que surgiu da necessidade de buscar alternativas ao projeto "Origami Houses", construído em madeira no Japão. Em resposta às limitações econômicas dos sem teto, os arquitetos escolheram como material construtivo o papelão. A construção das cinco primeiras casas de papel foi realizada no Colegio Oficial de Arquitectos de Madrid(COAM); estas ficaram, então, expostas no Colegio Oficial de Arquitectos de Jaén (COAJ) para depois serem doadas à Prefeitura de Lorca, região espanhola conhecida por sua forte atividade sísmica que, em novembro de 201,1 foi assolada por um terremoto que tirou o lar de muitos de seus habitantes.
Cape Town, Nova York, Madrid, Xangai e Buenos Aires são as cinco cidades ilustradas pelo designer gráfico mexicano Aldo Crusherpara a seção “Cosmópolis” da Revista Aire, a qual recebeu o prêmio CLAP 2013: CLAP Platino “Melhor trabalho de ilustração aplicado a um projeto editorial”. Este projeto consta de uma série de ilustrações coloridas com detalhes minuciosos que apresenta a beleza turística de tais urbes.
Em homenagem ao Dia Internacional do Museu, convidamos nossos leitores e leitoras e revisitar vinte fascinantes projetos de museus de todas as partes do mundo. Na lista você encontrará clássicos como o Museu Nova Acrópole de Bernad Tschumi e o Museu MAXXI de Zaha Hadid, bem como pérolas não tão conhecidas, como o Museu Medievaldo escritório Waterford City Council Architects, o Museu de História Natural de Utah, por Ennead, e o Muritzeum, por Wingardh. Veja a lista completa de projetos a seguir!
Espaços escuros, claustrofóbicos, um labirinto cheio de armadilhadas ambientado dentro de uma ficção científica atípica, com um mistério matemático e o perigo se aproximando em cada oportunidade como nos filmes clássicos de terror, é assim que se passa "Cube", filme de baixo orçamento mas de grandes ideias que nos transporta a um universo muito papável onde a maior ameaça é o próprio espaço.
"Cube" é uma prisão, um laboratório de estranhos propósitos composta pela sucessão em três dimensões de um número elevado de cubos perfeitos, os quais, como se fosse um cubo "Rubik", se sobrepõem entre si de tempos em tempos. Essa estrutura pode ser associada a arquitetura fractal, que como um caleidoscópio nos mostra uma visão infernal da qual os protagonistas não podem escapar diante da sua aparente infinita repetição.
Le Corbusier projetou seus próprios óculos; Frank Gehry já foi contratado para desenhar calçados; o arquiteto Adolf Loos, do início do século XX, chegou inclusive a escrever "Porque um homem deve se vestir bem". Agora é Zaha Hadid quem está trilhando seu caminho na moda, com desenhos de roupas de banho. Entretanto, não estariam as nuances da moda fora do alcance dos arquitetos? Leia o artigo completo no Telegraph.
Iniciando a nova sessão: arquivo, nada melhor que uma referência incontestável quando falamos de fotografia de arquitetura: Fernando Guerra, considerado um dos melhores fotógrafos de arquitetura do mundo e, juntamente com seu irmão e parceiro Sérgio Guerra, conformam FG + SG - Fotografia de Arquitectura. O excelente trabalho de capturar a essência de cada projeto através de imagens reais, destaca-se nas páginas de ArchDaily com muitas e importantes obras desde o começo da sua carreira em 2001. Em entrevista publicada no blog Paperhouses e publicado aqui: Instante Decisivo - uma conversa com Fernando Guerra, comenta: "Quando nós começamos, o Sérgio via uma obra e eu imediatamente ia fazer fotografias, sem autorização… Depois o Sérgio telefonava para o atelier e perante o desinteresse deles dizia “mas nós já fotografamos”, o que os apanhava completamente de surpresa. Foi desta forma inesperada que fomos entrando, sem nunca pensar que as coisas tomariam o rumo que tomaram. Não há nada mas delicioso do que as coisas acontecerem!"
A continuação, uma tarefa que foi difícil para nós, selecionar mais de 20 inesquecíveis fotografias de projetos anteriormente publicados em nossas páginas:
O projeto Wheelly, do escritório ZO-loft architecture & design, não protende ser a solução definitiva ao problema do deficit habitacional, mas visa atrair os olhares para a questão, derrubando as barreiras da indiferença social e dos preconceitos. A ideia de "dignificar as condições daqueles que não têm teto" se desenvolve através de um dispositivo de alojamento portátil; um cilindro fabricado com borracha, alumínio e papel prensado.
Recentemente no Colégio Oficial de Arquitetos de Madri, a artista Ana Cubasexpôs a mostra "Arquitectos"em que nos faz refletir sobre a semelhança entre autor e obra através de quatorze retrator feitos em caneta hidrográfica preta sobre papelão. Sobre cada um dos rostos delineados, a ilustradora madrilenha implementa elementos desenhados por cada um dos grandes arquitetos, como Le Corbusier, Mies Van der Rohe, Tadao Ando, entre outros. Um elenco cuidadosamente escolhido pela artista que constitui um pequeno manual de de aprendizagem arquitetônica. O início de outro tipo de rede social, não virtual, mas palpável.
Humildade e um grande sentimento de insignificância é o que se gera ao escrever sobre Blade Runner, filme culto e que traz uma grande reflexão, de múltiplas interpretações, as quais têm sido abordadas com grande maestria por muitos outros autores difíceis de superar. Essa resenha, humilde e respeitosa almeja criar em suas breves páginas uma aproximação a este grande imaginário, convidando ao leitor a maravilhar-se e perder-se em sua mitologia.
A imagem de Blade Runner nasce da ideia de representar o conceito de Megalópolis, cidade descomunal cuja extensão parece infinita e que não termina no horizonte. Cidade decadente, composta por um grande conglomerado de arranha-céus que nascem de subúrbios superpovoados e de chaminés industriais, as quais cospem fogo, como fosse o próprio inferno. Metáfora por todos os lados, com ruas cheias de poluição, violência, ruído, invasão publicitária, ingredientes de uma metrópole caótica a qual não é mais um exagero das características que definem a cidade atual.
Existem inúmeros exemplos de como pode ser a cidade do futuro, desde cidades em ruínas até megalópolis que se expandem ao longo de todo o continente e cuja extensão se perde no horizonte. Especialmente este tipo de cidade distópica, é difícil imaginar e representar devido a sua extensão descomunal, percorrendo pontos identificáveis, desde a topografia que a dê noção de escala, um ponto de comparação claro ao espectador. A cidade vista em "The Fifth Element” rompe totalmente com o paradigma clássico da megalópolis horizontal e nos apresenta uma cidade cujo desenvolvimento resulta vertical.
A explicação a tal crescimento encontramos nas 'entrelinhas' dentro da trama do filme, e por parte do grande trabalho criativo que o diretor necessitou para dar coerência ao universo da película, trabalhando durante longos anos com os mestres das histórias em quadrinhos francês Jean Claude Mezieres e Jean Giraud “Moebius”.
Nova York se converteu na capital do mundo, que superpovoada conquistou todos os cantos do planeta, excedendo sua capacidade horizontal para expandir-se, restando a verticalidade como a única forma de crescimento.
Um manifesto ao NÃO: “Os morros não são habitáveis, os morros não são acessíveis, os morros não são seguros, os morros não são lúdicos, os morros não são produtivos, os morros não são arquitetura, os morros não são cidade, os morros NÃO SÃO”.
O projeto de pesquisa Morro invertido, desenvolvido pelo oficiocolectivo, Oficina de Arquitetura e Cidade, procura inverter a visão negativa sobre os morros que limitam a Cidade da Guatemala; território rejeitado e incerto onde parece permitir a pobreza e os conflitos sociais. A ideia é convertê-los em um território ativo dentro do funcionamento urbano sem comprometer suas qualidades ambientais ao evidenciar sua natureza e identificar suas potencialidades produtivas propondo práticas e estratégias para um desenvolvimento sustentável que permitam integrar os morros ao metabolismo da cidade.
Como abordar uma tipologia tão restrita como a de uma praça comercial em um contexto onde a primeira intuição é conservar a natureza existente? Este projeto do estúdio mexicano CANO | VERA Arquitectura teve seu início a partir desta mesma pergunta e desenvolveu a ideia clara de entrelaçar a arquitetira com a natureza. As árvores existentes no centro da praça ditaram a disposição dos edifícios ao redor de um rio sazonal que corre ao longo do terreno, a criação de praças alternadas para que todos os espaços comerciais estejam ligados a um espaço externo e a utilização de pérgolas externas feitas com madeira reutilizada de dormentes ferroviários.
Aproveitando as novas ferramentas de tecnologia, o jornal The Guardian publicou uma série de fotomontagens com algumas das mais clássicas capas de álbuns musicais nos locais onde foram feitas suas fotografias. The Beatles, PJ Harvey, Creedence Clearwater Revival, The Beastie Boys... veja todas as montagens a seguir...
O fotógrafo espanhol Dionisio González levanta a relação do humano com o meio e a utilização de recursos naturais pelos habitantes, numa série de recreações fictícias de construções enxertadas no entorno. Seu trabalho "arquitectura para la resistencia” recentemente exibido na Galeria Yusto / Giner, projeta uma arquitetura habitável e sustentável, autênticas pequenas fortalezas futuristas de ferro e concreto em substituição à tradicional madeira, inspirados pela precariedade econômica e os fenômenos naturais provocados em uma ilha situada no Golfo do México.
Encontramos um interessante projeto de pesquisa desenvolvido pela Oficina Informal, estúdio independente de arquitetura com sede em Bogotá, Colômbia. Desde o ano de 2010 eles vem desenvolvendo o projeto Gato Encerrado, uma pesquisa sobre dispositivos afetivos que pudessem relacionar humanos e gatos.
O projeto surgiu a partir de uma demanda particular: "gostaria de uma peça para decorar minha casa , que seja útil: uma biblioteca, mas que ali meus gatos pudessem subir, dormir, brincar". Oficina Informal tomou o desafio de uma maneira muito séria, desenvolvendo estudos exaustivos dos diferentes usuários implicados, gato e dono, e seus diferentes comportamentos no espaço.
A seguir os apresentamos uma séria de pranchas que funcionaram como o fio condutor para o desenvolvimento do trabalho e para sua apresentação na exposição "POST POST POST, Nova arquitetura Iberoamericana" que aconteceu em 2010 em Buenos Aires.
Hoje no Cinema e Arquitetura apresentamos “Fogo e Paixão”, o filme foi dirigido por Isay Weinfeld e Marcio Kogan. Considerado por alguns críticos como um dos pontos altos do cinema brasileiro na década de 80.