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Identidade arquitetônica e comunidades: as principais notícias do ano

Comunidades locais vão além de simples conjuntos de edificações e infraestrutura. Elas carregam consigo um caráter arquitetônico distinto, refletindo sua história, cultura e valores. Nossa revisão anual aprofunda-se nas narrativas mais marcantes que exploram a identidade arquitetônica de diversas comunidades locais.

As casas pintadas de Tiébélé: um modelo de colaboração comunitária

No sul de Burkina Faso, compartilhando fronteiras com a região norte de Gana, está Tiébélé; uma pequena vila que exibe padrões fractais de volumes circulares e retangulares, abrigando um dos mais antigos grupos étnicos da África Ocidental: a tribo Kassena. Com casas vernaculares que remontam ao século XV, a vila possui um caráter distintivo através de suas paredes pintadas com símbolos. É uma arquitetura de decoração de paredes onde a comunidade utiliza seu envoltório como uma tela para formas geométricas e símbolos do folclore local, expressando a história e a herança cultural. Essa arquitetura é o produto de uma colaboração comunitária única, onde todos os homens e mulheres da comunidade são responsáveis pela construção e acabamento de qualquer nova casa. Essa prática serve como um ponto de transmissão da cultura Kassena entre as gerações.

Diébédo Francis Kéré recebe o Praemium Imperiale de Arquitetura 2023

O vencedor do Prêmio Pritzker 2022, Diébédo Francis Kéré, foi laureado com o Praemium Imperiale de Arquitetura 2023. Apresentada pela Japan Art Association, a honraria reconhece anualmente cinco profissionais das áreas de arquitetura, música, pintura, escultura e teatro/cinema. Francis Kéré, que lidera o escritório Kéré Architecture, com sede em Berlim, recebeu o prestigiado prêmio por sua influência na arquitectura africana e global, envolvendo comunidades e materiais locais em soluções inovadoras de design e engenharia.

As inspirações por trás das cores da arquitetura tradicional africana

As culturas das sociedades africanas estão intrinsecamente ligadas à cor. Em tecidos, roupas, produtos, esculturas e na arquitetura, diversas sociedades exploram cores ricas e vibrantes, expressivas e alegres. Com diferentes tons, matizes, contrastes, motivos e ornamentos, as cores são abraçadas como uma linguagem não falada, uma paleta para contar histórias e um senso de identidade cultural. Embora o uso da cor nas sociedades africanas possa parecer decorativo ao olhar ocidental, ele é extremamente simbólico, e traz profundo sentido de história. Comunidades usam as cores por meio de ornamentos e motivos, expressando-se com padrões religiosos e culturais nas fachadas para contar histórias familiares e coletivas.

Colaboração entre culturas: uma ferramenta para imaginar o futuro da África

À medida que a Bienal de Arquitetura de Veneza apresenta sua 18ª edição intitulada O Laboratório do Futuro, ela se concentra na África como um lugar para testar e explorar possíveis soluções para o mundo. De acordo com a curadora Lesley Lokko, a Bienal explora conceitos arraigados como clima, direitos à terra, decolonização e cultura. Isso nos desafia a questionar como a história da África pode ser uma ferramenta radical para a imaginação e nos lembra da declaração de Stephen Covey: "Viva fora da sua imaginação, não apenas da sua história". O título da bienal é provavelmente a questão mais ambiciosa dos últimos anos e nos obriga a revisitar todas as fronteiras das sociedades históricas do continente, explorar a influência das fronteiras coloniais impostas sobre elas e examinar as identidades que surgiram disso. Devemos considerar como essas identidades podem ser instrumentos de criatividade e, mais importante, reconhecer que cada sociedade africana tem um ponto de vista específico. Esse ponto de vista anseia por colaboração intercultural como uma ferramenta poderosa para a imaginação.

Prêmio Pritzker divulga vídeo da cerimônia de premiação de Francis Kéré

Em homenagem ao vencedor de 2022, o arquiteto burquinense Francis Kéré, o Prêmio Pritzker lançou um vídeo da cerimônia do recém-inaugurado Marshall Building na LSE, projetado pelas vencedoras de 2020 Yvonne Farrell e Shelley McNamara. O documentário inclui comentários de Tom Pritzker, e de vencedores anteriores, como Alejandro Aravena, Norman Foster, Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal. Esta cerimônia entrega a Kéré o medalhão do Prêmio Pritzker 2022, a mais alta honraria da arquitetura, certificando-o como Laureado por seu extraordinário trabalho com comunidades e habilidade em arquitetura.

Por que Francis Kéré ganhou o Prêmio Pritzker?

Na última terça-feira, 15 de março, Francis Kéré se tornou o primeiro arquiteto africano a ganhar o Prêmio Pritzker, a honraria mais importante da arquitetura.

“Arquitetura é mais que arte e muito mais do que edifícios”: uma conversa com Francis Kéré

Conheça o vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura, Francis Kéré, em uma entrevista ao Louisiana Channel em que ele conta sobre sua visão de arquitetura. Como a nota oficial do Prêmio Pritzker de Arquitetura diz "por meio de edifícios que demonstram beleza, modéstia e invenção, e pela integridade de sua arquitetura e gesto, Keré assume graciosamente a missão deste prêmio", de maneira contínua "empoderando e transformando comunidade através do processo da arquitetura".

Quem é Diébédo Francis Kéré? 15 fatos sobre o vencedor do Prêmio Pritzker 2022

"Eu só queria que minha comunidade fizesse parte desse processo", disse Diébédo Francis Kéré em entrevista ao ArchDaily publicada no ano passado. Difícil pensar em outra frase que resuma tão bem a modéstia e o impacto causado pelo mais novo vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura, cujo trabalho ganhou notoriedade justamente por envolver os habitantes de sua vila na construção de obras que combinam compromisso ético, eficiência ambiental e qualidade estética.

Francis Kéré: conheça a obra construída do vencedor do Pritzker 2022

Diébédo Francis Kéré fundou seu escritório, Kéré Architecture, em Berlim, Alemanha, em 2005, após o início de uma trajetória defendendo a construção de uma arquitetura educacional de qualidade em seu país de origem, Burkina Faso. Desprovido de salas de aula e condições de aprendizagem adequadas quando criança, e enfrentando a realidade da maioria dos jovens estudantes do país, seus primeiros trabalhos foram o resultado da busca por soluções tangíveis para os problemas que a comunidade enfrentava.