Natalia Barrientos Barría

NAVEGUE POR TODOS OS PROJETOS DESTE AUTOR

Vídeo: Como a Holanda conquistou suas ciclovias

A Holanda é o paraíso para os ciclistas. Muitos se perguntam como eles são uma sociedade tão respeitosa e civilizada em relação as bicicletas, mas raramente são mencionadas as manifestações massivas e constantes da população para obter essas conquistas. O que hoje é uma realidade, foi fruto do árduo trabalho de grupos e organizações civis que contaram com a ajuda de um poder público local bastante atuante.

Jeff Speck: A cidade caminhável

publicamos anteriormente alguns artigos sobre as qualidades e benefícios de caminhar e como podemos construir cidades mais “caminháveis” e agradáveis, tanto para os pedestres quanto para os ciclistas. Dentro desse mesmo tema, compartilhamos a seguir a palestra do renomado urbanista Jeff Speck, que comenta alguns desses benefícios e razões pelas quais as cidades deveriam ser mais bem planejadas em função dos pedestres, expondo argumentos baseados nas experiências e conselhos de economistas, epidemiologistas e ambientalistas.

Embora os exemplos dos Estados Unidos não sejam tão similares aos da nossa realidade, ao citar porcentagens, tempos de deslocamento e índices de obesidade, estes casos podem ser tomados como válidos para praticamente qualquer contexto.

A seguir, um breve resumo das palavras de Jeff Speck.

The Busking Project: A música e a dança no espaço público

Nick Broad vivia com sua avó e um violinista chinês que fazia música no metrô de Nova Iorque (ele seria sua inspiração para seu futuro grande projeto. Reveja sua história aqui). Dada sua fixação por arte e por manifestações culturais começou, como hobby, um site onde documentava e armazenava pequenos vídeos de artistas de rua que captava enquanto circulava de um lugar ao outro pela cidade. Em 2010 Nick perdeu sua avó e seu trabalho, foi nesse momento, quando não tinha onde viver nem como ganhar dinheiro, que começou The Busking Project.

Alguns dias depois, Nick comentou a uns amigos que tinha vontade de fazer uma viagem pelo mundo, conhecendo e documentando a música de rua. Seus amigos, Chris e Belle o apoiaram e se juntaram a ele. Foi assim que começaram a planejar uma viagem por 40 cidades através dos cinco continentes, com um intenso programa de seis dias em cada uma, o suficiente para coletar muito material. Calcularam os gastos, fizeram vários eventos para arrecadar fundos e no dia 9 de março de 2011, sem os recursos nem a preparação necessária, se lançaram a essa aventura.

Detroit: mais leve, mais rápido e mais barato. A regeneração de uma cidade [III parte]

Com este terceiro artigo finalizamos a série de postagens, “Detroit: Mais leve, mais rápido, mais barato, a regeneração de uma cidade”. Para ler as postagens anteriores clique nos seguintes links: Parte I e a Parte II

O futuro da cidade de Detroit: a criação de uma estrutura conceitual para a Regeneração LQC (Lighter, Quicly, Cheaper / mais leve, mais rápido e mais barato)

Detroit tem trabalhado duro na construção de uma estrutura conceitual que sirva de base para a revitalização da cidade. O projeto “Detroit Future” influenciou o Plano Diretor de Detroit Future City (DFC) no início de 2013, originando a partir disso um documento forte, íntegro e inovador, destinado a servir de guia para a remodelagem da cidade nos próximos 50 anos. Também se converteu na base conceitual na qual está se erguendo um importante esforço de Placemaking em toda a cidade.

Detroit: Mais leve, mais rápido e mais barato. A regeneração de uma cidade [II parte]

A primeira parte de “Detroit: Mais leve, mais rápido e mais barato. A regeneração de uma cidade” pode ser lida aqui.

O foco nas atividades e nos usos do espaço público são as estratégias que atraem habitantes de toda a região de Detroit ao centro da cidade. Segundo Gregory, mais de um bilhão de dólares investidos no setor imobiliário tem reflutuado a área ao redor do Campo de Marte em menos de uma década. E Gregory, que iniciou sua carreira trabalhando no entorno empresarial da indústria automobilística na cidade de General Motors antes de unir-se ao DDP, é rápido em apontar que o Parque do Campo de Marte foi o resultado do investimento privado com consciência cívica, um presente para a cidade no aniversário de seus 300 anos, este sim, diretamente ligado à construção do novo edifício da sede de Compuware, quando a empresa de tecnologia decidiu se mudar para o centro.

Detroit: mais leve, mais rápido e mais barato. A regeneração de uma cidade [parte I]

Já tratamos anteriormente do conceito LQC (Lighter, Quicly, Cheaper), sigla em inglês para “mais leve, mais rápido e mais barato”. Muitos dos benefícios ou das características desse enfoque podem ser vistos refletidos na mudança que está sofrendo a cidade de Detroit. A seguir apresentamos uma serie de mudanças que estão ocorrendo nessa cidade a partir do PPS.

A cidade de Detroit ainda está lutando com o recente anuncio de falência que domina as manchetes, mas os habitantes de Detroit estão aproveitando a oportunidade que só ocorre quando se alcança o fundo, de poder criar e organizar tudo de novo, da raiz às folhas. Detroit está tomando medidas de formas mais leves, mais rápidas, mais baratas, como primeiro passo para reverter décadas de declive. Em uma cidade que muitas vezes não pode sequer se dar ao luxo de manter as luzes acesas (literalmente), qualquer pessoa que queira pode começar a fazer mudanças. Como o artista, ativista local e fundador do “Projeto Ruela”, Erik Howard diz, “Temos a oportunidade, pois aqui tudo foi acabado ou destruído”.

Como trazer à vida os lugares abandonados da cidade?

Costuma-se chamá-los de "lotes vagos". Aparentemente, em todos os lugares do mundo as pessoas e diferentes grupos tentam dar vida a estes espaços que, por fins comerciais ou legais, não possuem um uso formal.

Recentemente nossos parceiros da PPS publicaram um artigo que relata diversas ações nestes locais. Veja abaixo estas experiências.

E se construíssemos nossas cidades em torno dos lugares?

O arquiteto e autor Christopher Alexander cunhou uma frase The Timeless Way of Building”, “A Maneira Atemporal de Construir” que afeta estes anseios comuns e como as pessoas os tem utilizado de forma intuitiva para construir lugares agradáveis para viver. O processo de construção das cidades de hoje se tornou tão institucionalizado, que as pessoas raramente têm a opção de usar sua intuição e suas ideias nos projetos. Em PPS, acreditamos que dessa maneira atemporal os edifícios e os espaços podem ser revitalizados, e oferecemos uma forma de senso comum para fazê-lo: através da capacitação das pessoas para iniciar melhorias no lugar que habitam. Estes pequenos passos para animar as ruas, os parques e outros espaços públicos são os blocos da construção de uma cidade próspera.

 Esta é a ideia da Gran Iniciativa de Ciudades de PPS. A vitalidade de qualquer cidade depende da ação dos cidadãos, como os grupos de vizinhos que reclamam por seus parques locais, as ruas comerciais e tantas outras questões que acontecem na cidade. Muitas vezes as comunidades precisam apenas de um pequeno empurrão na direção correta para colocar este processo de revitalização em movimento. E em pouco tempo, todo o bairro pode ser objeto de uma mudança de tendência, com os habitantes tendo conforto e orgulho de seus espaços públicos.

Desenho ativo: fazendo a experiência da calçada

O departamento de Planejamento da Cidade de Nova York publicou recentemente dois documentos sobre o desenho ativo nas calçadas e outras vias. Ambos apresentam a obra não a partir daqueles que a constroem, mas aqueles que realmente a utilizam. É centrado no ponto de vista do pedestre, ou seja, se priorizou a pessoa que habita e experimenta a calçada. Em “Desenho Ativo: Fazendo a experiência da calçada”, foi utilizado o marco conceitual da “sala de calçada” para lidar com a complexidade das políticas urbanas, os usuários e a forma física da configuração da experiência dos pedestres neste espaço público.