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Arquitetos: BPAS Architects
- Área: 8 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Burger Engelbrecht
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Fabricantes: African Hardwood, C.E.L, Catermarket, Cobra, Corobrik, Façade Projects, Flowcrete, GP KONING, GRIT procurement, Geberit, Go Green, Harris Electrical, Isoboard, Lecico, OWA, Polyflor, Rako, Regent, Saint-Gobain, Triomf Steelworks, +4
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado a nordeste de Durbanville, no Cabo Ocidental, o projeto faz parte do grande plano urbano para a área de Phesantekraal. O briefing exigia uma escola inovadora de alta qualidade com uma variedade de instalações culturais e esportivas. O processo de projeto não deveria ser isolado em um único autor, portanto, a estratégia foi unir o envolvimento colaborativo com alunos, professores e outros consultores. A inspiração veio da paisagem circundante e das montanhas à distância, da cor dos campos de canola e da materialidade das estruturas existentes localizadas no entorno do local. O projeto emite uma visão emocionante da forma, textura e escala.
O aprendizado alcançado através das interações é a base de como uma criança se desenvolve. Esta é a essência do Terceiro Professor. Seus princípios podem ser resumidos da seguinte forma: primeiro, interações com os adultos em suas vidas (pais e professores), segundo com colegas e terceiro através da interação com o ambiente circundante – o espaço físico onde os alunos amadurecem torna-se o terceiro professor. O projeto visa capturar e promover este valor no layout, nas qualidades espaciais e nos acabamentos para criar um ambiente educacional positivo e estimulante.
A planta do edifício em forma de "U" enquadra o canto sul do terreno, que configura um pátio definido pelo auditório e hall de cada volume. Ele "abraça" os alunos e visitantes ao entrar, ao mesmo tempo, em que age como um amortecedor contra os volumes. Uma conexão visual direta com a entrada principal facilita a busca de caminhos pelos usuários. A 'tipologia escolar' convencional, caracterizada por salas de aula emolduradas por quatro paredes, foi desafiada com o conceito de interação constante entre os espaços. As aulas se tornam permeáveis e adaptáveis com móveis como mesas articuladas, projetadas especificamente para o uso híbrido e flexível de cada espaço. A diversidade é enfatizada através da justaposição de colunas inclinadas e cores neste dinâmico espaço de aprendizagem do átrio, abraçando a diferença e a singularidade em um ambiente coletivo e seguro.
Normalmente, a sala de aula é inclusiva e privada, o hall e as circulações são semi privados, e o playground é um espaço público. No projeto, a sala de aula de arte se abre em um átrio que pode ser transformado em uma galeria ou área de exposição, compartilhando também o espaço com a cafeteria, que por sua vez tem uma cozinha prática utilizada para estudos de consumo pelos alunos da área de hotelaria. A sala de estudos do consumidor também está conectada à cafeteria. Este tipo de projeto proporciona flexibilidade e o uso híbrido, essencial para uma escola que estará sempre se adaptando às necessidades futuras.
A alvenaria com diferentes texturas atua como um método de orientação nas entradas, contribuindo para a estética do edifício. O auditório é revestido em chapa metálica, configurando um ponto de destaque na entrada principal. Os telhados de concreto sem beirais ligam os componentes do programa (auditório, salas de aula e hall). Este acabamento segue para o interior sendo complementado com o calor dos elementos em madeira natural. De modo geral, a escola responde ao local através de suas considerações de sustentabilidade e arquitetura não estilizada. O sucesso do edifício depende da incorporação bem sucedida de seus usuários, passando de espaços convencionais para espaços de aprendizagem flexíveis.