- Área: 2600 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Leon Rodrigues (SECOM)
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Fabricantes: Concreserv, Deca, Docol, Incefra
Descrição enviada pela equipe de projeto. O escopo do projeto para readequação considerou uma valiosa carga de história acumulada desde o início desta região de Itaquera, no sentido de adequar o espaço público às novas necessidades do nosso tempo e visando o futuro. Para a elaboração da proposta de estudo preliminar de arquitetura, foram observadas as possibilidades de intervenção sutis que respeitassem e articulassem os elementos do passado com novas necessidades propostas, como, por exemplo: pisos, escadas, rampas e outras adaptações que foram desenhadas de forma a manter as intervenções preexistentes, valorizando o patrimônio histórico desta área, assim, revelando o antigo e incluindo o novo.
A diferença fundamental desta nova reforma é o conceito de desenho universal e acessibilidade, inexistente nas reformas anteriores, e que se insere para atender o público presente, bem como as futuras gerações que frequentarão o espaço público da cidade. Junto a isso, o estudo também prevê que o desenho universal dialogasse com a preservação da memória, do meio ambiente e qualificasse o espaço para a comunidade. Utilizamos o conceito de desenho universal para que o espaço público possa ser utilizado pelo maior número de pessoas, independente de idade, habilidade, estrutura ou condição física, sensorial e cognitiva, oferecendo maior segurança e autonomia nos espaços públicos da cidade.
Neste sentido, foi desenvolvida uma rota acessível feita em concreto, junto à alameda principal existente, que havia sido executada em paralelepípedo em 1995/1996. Esta rota acessível, projetada em concreto, é a estrutura norteadora do projeto, é por meio desta rota que todos os equipamentos se interligam, bem como conduz a pessoa a novos espaços criados a partir dela. Assim, o novo projeto promove a inclusão permanecendo em harmonia com a antiga reforma. É possível verificar as duas intervenções lado-a-lado, cada uma com suas especificidades devido à época em que foram executadas, revelando as transformações do espaço durante o tempo e as necessidades de cada época.
Através da rota acessível pode-se ter acesso, por meio de planos inclinados, rampas e escadas, a todos os equipamentos e edifícios do parque, além de ter acessibilidade em outros espaços como a nova praça de concreto, parquinho acessível e labirinto. As intervenções na Casa de Cultura foram executadas de modo a garantir o máximo de acessibilidade, preservando o bem tombado, os novos elementos não danificaram a volumetria da edificação e podem ser verificadas as diferenças entre aquilo que é patrimônio e aquilo que é a nova intervenção.
Além disso, foram estudados novos mobiliários para o parque executados em concreto aparente. Os novos mobiliários constituem espaços de estar que dialogando com a rota acessível e novos pisos em áreas do parque em que antes havia baixo uso e baixa permanência de pessoas. É importante ressaltar o novo olhar sobre as dinâmicas e necessidades desta geração, projetando as perspectivas para o futuro, a fim de colher frutos com as transformações físicas do espaço. No entanto, é preciso transmitir para as novas gerações, as escolhas realizadas no passado, fazendo com que a construção da paisagem sirva de forma pedagógica a um projeto de cidadania e responsabilidade social com o meio ambiente e o espaço público.