Residência em Carrizal / Daniel Moreno Flores + Sebastián Calero

Residência em Carrizal / Daniel Moreno Flores + Sebastián Calero - Mais Imagens+ 58

Carrizal, Equador
  • Desenho Estrutural: Patricio Cevallos
  • Mestre De Obras: Fabián Tenorio
  • Sistema Elétrico: Luis Morales
  • Sistema De Filtro De águas Negras: Paulina Lasso
  • Vidros: Jeza
  • Assessoria De Sistemas: Rafael Caceres
  • Residencia Arquitetônica: Santiago Egas
  • Colaboração: Luis Fernando Taco, Roberto Alban, Ana María Aguilar, Gustavo Aguirre, Mateo Torres, Gabriela Loaiza, José López, Tatiana Chávez, Ernesto Landazuri, David Donoso, Juan López, Juan Fernando Moreno, Lucia Gómez, Ñeca, Pete y los escaladores
  • Proprietários: Mercedes Cano e Chapico (Rafael) Cáceres
  • Ano Do Projeto: 2014
  • Custo Da Obra: 100.000 dólares
  • Área Interiores: 209.08 m2
  • Área Exteriores: 153.05 m2
  • Custo Por Metro Quadrado: $120
  • Cidade: Carrizal
  • País: Equador
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© JAG Studio

Processos

© Lorena Darquea

O Carrizal, é uma residência aberta projetada para um casal: um montanhista e uma historiadora de arte. Como metodologia de trabalho, os clientes foram instigados a sonhar sem limites, projetar suas vidas nestes espaços e juntos, cumprir passo a passo todos os desenhos combinados. Para conseguir estes objetivos foram feitas infinitas reuniões onde todos nos envolvemos em um processo arquitetônico/construtivo muito participativo. Desta forma, em algumas etapas do processo foram realizados mutirões entre amigos para unir forças, criar um sentido de pertencimento e economizar certos itens importantes.

Procurar as marcas do terreno

Elevação

A variada informação física existente neste pequeno contexto foi a guia para descobrir condicionantes e estabelecer parâmetros responsáveis de ocupação. Na primeira instância se fez um mapeamento de todas as árvores (cítricas) existentes, assim como os muros adjacentes ao interior do prédio familiar. A ideia de preservar a natureza e criar vazios que liberem o projeto para o exterior, foram as primeiras conclusões que geraram uma implantação coerente e cuidadosa com o meio ambiente.

© Lorena Darquea

Com base nestes critérios, o projeto aparece como uma faixa longitudinal que se separa do piso e se acopla a uma mínima inclinação. Assim, também respeita a vegetação e incorpora ilhas verdes abertas que se relacionam diretamente com o interior.

© Lorena Darquea

Matéria, espaço e estrutura

Estética de ruína que simboliza o projeto: desgaste, imperfeição, envelhecimento e precariedade.

Planta de Situação

Desde o princípio, a residência recebeu a vocação de ser construída em terra e madeira, reinterpretando assim, as condições de uma arquitetura local. Desta maneira, foram utilizados materiais dos arredores desta zona do vale, tais como: adobe, tijolo, madeira e carrizo (espécie de bambu).

© JAG Studio

Definiu-se um sistema estrutural capaz de suportar o peso da 'terra' em altura e que, ao mesmo tempo, projetasse volumetrias com uma materialidade similar (piso, parede, teto) e espaços de intimidade que servem como grandes recipientes exteriores.

Corte

Como estratégia de construção conseguiu-se obter material que o Museu Interativo de Ciência havia rejeitado. Assim, por meio de uma limpeza do lugar, foi possível obter o material suficiente para começar o projeto e definir posteriormente alguns detalhes específicos. Ao total foram reutilizados 30 pilares de eucalipto.

© JAG Studio

(18cmts x 15cmts x 600cmts), 15 caixas velhas para armazenar fios de uma antiga fábrica e 270 tábuas de carpintaria. 

Diagrama

Os pilares foram colocados durante uma semana através de mutirões organizados entre os clientes, amigos e o grupo de arquitetos envolvidos. A experiência foi dura, arriscada e exaustiva.

© Roberto Alban

O interior da casa transmite harmonia com o entorno. Os materiais são cúmplices diretos que ajudam a transmitir calidez.

© Lorena Darquea

A sala é parte das ilhas verdes exteriores e mantem um fiel contato com a vegetação, convertendo-se em um espaço de relaxamento/desconexão para caminhar descalço e sentir o cheiro e a textura do jardim.

© Roberto Alban

A circulação vertical, descolada do volume e transparente, conecta três ambientes: a área social/despensa, a cozinha e os espaços íntimos de descanso. Por sua vez, este espaço central, vazio e iluminado contém um jogo de caixas voadoras que ajudam a transportar objetos. Os cabos e roldanas representam os mecanismos utilizados para subir a montanha.

Modelo

A residência possui um núcleo central que se projeta nas superfícies laterais e no forro. Além de concentrar as circulações, é onde nascem os espaços ao exterior.

Apesar da residência estar em uma área urbana definida e alimentada de infraestrutura básica, decidiu-se repensar a gestão de recursos e estabelecer assim uma ferramenta consciente de responsabilidade com o meio ambiente. Estabeleceu-se um sistema de coleta de água da chuva e, por meio de filtros vegetais, um mecanismo natural para tratar as águas negras e cinzas, que finalmente são depositadas em um pequeno reservatório de água artificial. Finalmente, utilizou-se um sistema de aquecimento solar para a água, o qual reduz significativamente o gasto energético da residência.

Galeria do Projeto

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Sobre este escritório
Cita: "Residência em Carrizal / Daniel Moreno Flores + Sebastián Calero" [Casa en el Carrizal / Daniel Moreno Flores + Sebastián Calero] 07 Set 2016. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/794597/residencia-em-carrizal-daniel-moreno-flores-plus-sebastian-calero> ISSN 0719-8906

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