Cidades digitais: A metrópole contemporânea em Medianeras / Bruna Borges Duarte & Ademir Luiz da Silva

1. Culpa dos arquitetos e incorporadoras?   

"É certeza que as separações e os divórcios; a violência familiar, o excesso de canais a cabo, a falta de comunicação, a falta de desejo; a apatia, a depressão, os suicídios; as neuroses, os ataques de pânico, a obesidade, a tensão muscular; a insegurança, a hipocondria; o estresse e o sedentarismo... são culpa dos arquitetos e incorporadores" (Medianeras, 00:03:33)

Com essas palavras, o personagem Martín dá início a uma das primeiras reflexões abordadas pelo filme Medianeras: Buenos Aires na área do amor virtual.

Uma produção do cinema argentino, dirigida por Gustavo Taretto e com direção de fotografia de Leandro Martínez, o filme é baseado no curta-metragem produzido pelo mesmo em 2002. Narra a história de Martin (Javier Drolas) e Mariana (Pilar López de Ayala), duas pessoas que apesar de dividirem um quarteirão em Buenos Aires, se cruzarem e caminharem pelos mesmos locais, não vivenciam a experiência de um encontro em grande parte do roteiro. Martínez é web designer e acomodado com o seu mundo dentro do apartamento – para ele a internet lhe proporciona tudo o que necessita. Mariana é arquiteta, mas não exerce a profissão. Trabalha como vitrinista e diz que o anonimato a tranquiliza.

Ambos os personagens compartilham de fobias parecidas. Gustavo Taretto, em entrevista para a digital Revista Beta, 2011, fala sobre os problemas e neuroses apresentados pelos personagens, fazendo paralelo com a decorrência dos mesmos nos moradores de Buenos Aires. Martín e Mariana vivenciam a solidão “[...]um porque esta trancado em sua casa e a moça porque está trancada em uma vitrine. Ambos querem ser vistos, mas não se expõem”, diz Taretto. O diretor continua dizendo que sua intenção para o filme não era apenas expressar a solidão física, mas também a solidão de gente que vive rodeada, mas que não se conecta com ninguém.

O filme então é apresentado sobre quatro pilares: a cidade caótica e imprevisível; a solidão urbana, onde pessoas, mesmo com convivência diária, são indiferentes entre si; a busca do amor; e o paradoxo da tecnologia, pensada para nos conectar, mas que claramente nos separa. É sobre estes que será desenvolvido o presente ensaio. É notório a presença do último pilar exercendo influência e embasando a maioria dos outros (a era digital que vive as grandes metrópoles parece trazer consigo um grande caos).

2. Metrópoles caóticas

Buenos Aires, que certamente também está presente como “uma personagem” do filme, é a metrópole que exemplifica o caos tanto proclamado no mesmo. Essa ideia de caos surge através da descrição, pelos personagens, de Buenos Aires como uma cidade que cresce aceleradamente e desordenadamente. Uma cidade com misturas de estilos e onde, por culpa de moradias cada vez menores e abundantes, seus habitantes são comparados a pessoas que parecem estar ali apenas de passagem.

"a cidade pode ser vista a partir da experiência do morar por meio de duas importantes características: a densidade das interações e a aceleração do intercâmbio das mensagens." [1]

Todos os pontos levantados pelo filme são características cada vez mais presentes nas grandes metrópoles e é resultado de um processo acelerado que as cidades contemporâneas vêm vivenciando.Em uma cena do filme, em discussão abordada pelo personagem Martín: “O que esperar de uma cidade que dá as costas ao seu rio?”. A cidade se desenvolve e expande proporcionalmente às mudanças das tecnologias informacionais e de comunicação. Segundo Rocha [2], os espaços urbanos latino-americanos, principalmente, são responsáveis por uma profusão de informações – imagens, mensagens – que tornam cada vez mais caótica a experiência visual de quem está presente nos grandes centros. Consequência desse crescimento acelerado e caótico percebe-se que edifícios não são pensados sob a relação com seu entorno, são implantados sem nenhuma preocupação com o resultado no tecido urbano. Servem apenas para exercer sua função. O lar passa a ser somente o dormitório.

Martín-Barbero [3], um dos mais importantes teóricos da comunicação na atualidade, descreve o contexto de urbanização das cidades latino-americanas como inseridas em três dinâmicas distintas: onde existe o desejo por uma melhor condição de vida, a necessidade do consumo e a influência das novas tecnologias informacionais que são cada vez mais impostas. As novas tecnologias de informação/comunicação tornam-se processos transformadores na configuração da cidade.

Lemos [4] caracteriza as cidades contemporâneas que vivenciam esse processo como cibercidades, onde ela própria pode ser analisada como mídia, como suporte através do qual circulam inúmeras linguagens junto aos seus sentidos.

"Cibercidades nada mais é do que um conceito que visa colocar o acento sobre as formas de impacto das novas redes telemáticas no espaço urbano. [...] A cibercidade é a cidade contemporânea e todas as cidades contemporâneas estão se transformando em cibercidades. Podemos entender por cibercidades as cidades nas quais a infraestrutura de telecomunicações e tecnologias digitais já é uma realidade." [5]

Um exemplo do que caracteriza uma cibercidade é a funcionalidade buscada pela tecnologia do wifi, onde graças a este se tem uma cidade conectada, que transmite informação de forma eficientíssima.

Se por um lado é positivo esse “novo tipo de cidade” por causa da melhoria nos fluxos de informações, por outro esse caminho leva a pontos que podem ser negativos e irreversíveis. Martín-Barbero [6] chama de desenraizamento e marginalização urbana os pontos negativos apresentados quando há um interesse não só na comunicação como mensagem, mas sim na conexão. Essas características negativas apresentadas pelo autor podem ser encontradas na Buenos Aires de Medianeras.

"'Medianeras', superfícies que nos dividem e lembram a passagem do tempo, a poluição e a sujeira da cidade. As 'medianeras' mostram nosso lado mais miserável. Refletem a inconstância, as rachaduras, as soluções provisórias. É a sujeira que escondemos embaixo do tapete. Só nos lembramos delas às vezes, quando, submetidas ao rigor do tempo, elas aparecem sob os anúncios. [...] Em clara desobediência às normas de planejamento urbano abrem-se minúsculas, irregulares e irresponsáveis janelas que permitem que alguns milagrosos raios de luz iluminem a escuridão em que vivemos" (01:07:01)

Mariana diz isso referenciando-se ao elemento que é usado de título ao filme. A partir daí percebe-se um pouco do que classifica Martín-Barbero [7] como a marginalização e desqualificação dos elementos que compõem o tecido urbano.

Como esclarecido na fala de Mariana, as medianeras nada mais são que as paredes sem funções. Um lado não pensado do edifício, que por não possuir uma função é aproveitado como canal da propaganda ou onde são abertas tais janelas irregulares. Além do detalhe das medianeras, percebe-se que este tecido urbano contemporâneo e a complexidade que ele representa parece ser um elemento repudiado pelos personagens da trama. Cada qual com um tipo de fobia estão constantemente insatisfeitos com o meio ao seu redor e, por isso, se isolam. Vivenciam o que Gustavo Taretto [8] diz que é consequência de uma vida moderna que deixa mais cômoda a solidão.

O filme mostra algumas dessas medianeras presentes em Buenos Aires, e esse é um cenário não somente desta, mas sim de grande parte (se não forem todas) grandes metrópoles. Isso é consequência do processo de globalização que interfere na identidade de cada tecido urbano. A aceleração dos processos globais altera a compreensão de espaço-tempo. Faz com que o mundo pareça menor e as distâncias mais curtas; que acontecimentos em determinados locais tenham impactos imediatos sobre pessoas e lugares distantes. Harvey [9] comenta sobre esse assunto:

"À medida que o espaço se encolhe para se tornar uma aldeia “global” de telecomunicações e uma espaçonave planetária de interdependências econômicas e ecológicas – para usar apenas duas imagens familiares e cotidianas – e a medida em que os horizontes temporais se encurtam até ao ponto em que o presente é tudo que existe, temos que aprender a lidar com um sentimento avassalador de compreensão de nossos mundos espaciais e temporais." [10]

3. A solidão urbana      

“A ciência eliminou as distâncias. Dentro em pouco o homem poderá ver o que acontece em qualquer lugar da terra sem sair de sua casa”, escreveu García Marquez [11] em Cem anos de solidão. Essa discussão mostra que a evolução científica e a globalização do mundo moderno são causas do caos de identidade e perda de referências do homem contemporâneo.

O filme Medianeras mostra como a “era da racionalidade” e a “era das informações” colocam o ser humano num cenário de angústia existencial, já que ele deve aceitar sua condição de “irrelevância” para com um Universo rodeado de galáxias e possibilidades. Em uma das cenas iniciais, Mariana, ao se descrever, mostra um pouco desse sentimento. “Se bem que o planetário me põe no meu lugar. Lembra que o mundo não gira ao meu redor, que sou uma parte muito pequena de um planeta, que faz parte de um sistema, que faz parte de uma galáxia, que como milhares de galáxias, fazem parte do Universo” (00:09:13).

O tecido urbano das grandes metrópoles, que vivenciam ao “pé da letra” esse momento, por, principalmente, sua superlotação e enorme quantidade de informações impostas às pessoas, é um causador desse sentimento de irrelevância. O filme utiliza de uma metáfora para mostrar mais desse sentimento de angústia perante as cidades. Para isso, a personagem Mariana cita um clássico literário infantil chamado “Onde está Wally?” que nada mais é do que o próprio título diz: a busca, em cenários variados, do personagem.

"[...] é a origem da minha fobia de multidões e criou em mim uma angustia existencial particular. Ele representa, de um jeito dramático, a angustia de saber que sou um personagem perdido entre milhões. Os anos passaram, e ficou uma página sem resolver. Wally na cidade. Eu o encontrei no shopping, no aeroporto e na praia. Mas, na cidade, não encontro." (Medianeras, 00:17:11).

Sobre as transformações das relações sociais que chegaram até os dias de hoje podemos classificar como consequência da implantação de um Estado neoliberal. A disseminação do Neoliberalismo a partir da década de 1970, com suas doutrinas de liberdade de mercado e restrição à intervenção estatal sobre a economia, implantou ideias capitalistas e a chamada “sociedade de consumo”. Assim, vivemos atualmente na pós-modernidade, ou na hipermodernidade, como afirma o filósofo, Gilles Lipovetsky, criador do termo. Essa hipermodernidade é caracterizada por alguns aspectos como o individualismo e a emancipação.

"O que define a hipermodernidade não é exclusivamente a autocrítica dos saberes e das instituições modernas; é também a memória revisitada, a remobilização das crenças tradicionais, a hibridização individualista do passado e do presente. Não mais apenas a desconstrução das tradições, mas o reemprego dela sem imposição institucional, o eterno rearranjar dela conforme o princípio da soberania individual." [12]

O individualismo exacerbado de uma sociedade neoliberalista transformou o meio em que vivemos, dando origem às cidades e à arquitetura egocêntrica com pessoas emancipadas que possuem seus próprios veículos, micro apartamentos (ou caixa de sapatos, como classificado pelos personagens do filme), trabalhos, dinheiro entre outros. Em Medianeras, uma das cenas mais marcantes é a do suicídio de um cachorro. Uma prostituta precisava trabalhar e ganhar seu próprio dinheiro e assim trancava o animal de estimação numa sacada apertada de onde o mesmo pulou. O fato causou um cachorro morto e duas pessoas feridas.  Cenas como essa, ou como a de uma criança brincando com triciclo em uma varanda minúscula, de um médico que fuma dentro de seu consultório tão pequeno quanto as varandas, o locomover de um piano para um andar muito superior do edifício de Mariana, trazem a reflexão para o caos da hipermodernidade em que vivemos.

Consequências do modo de vida hipermoderno são mostradas durante o filme. Fobia, ataques de pânico, insônia, medo de elevadores e, principalmente, a solidão angustiante são algumas das sequelas apresentadas por Martín e Mariana. O carinho de Mariana pelo manequim, e a busca de ambos por um amor virtual demonstra esse distanciamento dos seres humanos como efeito do “hiperindividualismo”, tema este do próximo tópico.

4. O amor liquido

A discussão acerca do que a tecnologia causou no cotidiano das pessoas é bem enfatizada em inúmeras cenas do filme. “A internet me aproximou do mundo, mas me distanciou da vida. Entro no banco pela internet, leio revistas pela internet, baixo música, ouço rádio pela internet, compro comida pela internet, alugo vídeos pela internet, converso pela internet, estudo pela internet, jogo pela internet e faço sexo pela internet...” (00:23:43) diz Martín. Assim, a web trouxe facilidades para os relacionamentos. Na pós-modernidade solitária, a internet foi a salvação para a covardia e individualismo do homem do século XXI. Os vínculos humanos, portanto, se tornaram extremamente frágeis: fáceis de serem criados e fáceis de serem rompidos.

"A palavra 'rede' sugere momentos nos quais “se está em contato”, intercalados por períodos de movimentação a esmo. Nela, as conexões são estabelecidas e cortadas por escolha. A hipótese de um relacionamento 'indesejável, mas impossível de romper' é o que torna 'relacionar-se a coisa mais traiçoeira que se possa imaginar'. Mas uma “conexão indesejável” é um paradoxo. As conexões podem ser rompidas, e o são, muito antes que se comece a detestá-las." [13]

Zygmunt Bauman, um dos mais originais e perspicazes sociólogos ainda em atividade, investiga em seu livro Amor liquido, de que forma nossas relações tornam-se cada vez mais "flexíveis", gerando níveis de insegurança sempre maiores, uma vez que damos prioridade a relacionamentos em "redes", as quais podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilidade e frequentemente, sem que isso envolva nenhum contato além do virtual. Laços há longos prazos são mais difíceis de serem mantidos nos dias atuais.

O filme mostra cenas importantes em que analogias como essas podem ser confirmadas. Como um primeiro exemplo podemos citar a cena em que Mariana exclui as fotos do último relacionamento. A personagem conta que o início coincide com a época da explosão da era digital, onde a mesma adquire uma máquina fotográfica. Ela compara os estágios do relacionamento com a quantidade de fotos do casal. E ainda conclui, ao apagar as fotos, dizendo: “Num ato simples e irreversível me desprendo de 38,9 Mb de história. Quem dera minha cabeça funcionasse bem como o Mac” (00:36:27).

Ainda sobre Mariana é notório também o relacionamento que a mesma forja com um dos manequins que ela reforma. Esta cena mostra a necessidade do ser humano de relações sociais, porém, contradizendo essa afirmação demonstra o distanciamento entre os mesmos. Mariana também tenta um relacionamento com um colega de natação que após uma impotência sexual foge da personagem. A insegurança e a dificuldade de lidar com situações reais do homem moderno também são aqui destacadas.

Vale lembrar o relacionamento digital de Martín, onde, após o encontro, a poliglota psicóloga não se mostrou tão interessante como nas redes sociais. Martín e Mariana também conversam pela primeira vez pela internet, após se cruzarem e serem dois desconhecidos em grande parte do roteiro. Porém essa conversa não é a que define o encontro dos dois. Uma queda de energia os desconecta. Essa é outra cena que mostra a facilidade das conexões e desconexões do mundo virtual.

5. A era digital

A era digital parece ter sido o elemento gerador de todas as discussões e problemáticas levantadas acima. Isso, como já citado, é consequência de uma configuração social que tem como base as tecnologias de informação e comunicação. Essas tecnologias têm seus significados atrelados à velocidade, tempo e ao espaço e estão constantemente fazendo alterações nos mesmos e classificando as novas metrópoles, como é o caso de Buenos Aires de Medianeras.

"Nas sociedades pré-modernas, o espaço e o lugar eram amplamente coincidentes, uma vez que as dimensões espaciais da vida social eram, para a maioria da população, dominadas pela presença - por uma atividade localizada.[...] A modernidade separa, cada vez mais, o espaço do lugar, ao reforçar relações entre outros que estão “ausentes”, distantes (em termos de local), de qualquer interação face-a-face. Nas condições da modernidade [...], os locais são inteiramente penetrados e moldados por influências sociais bastante distantes deles. O que estrutura o local não é simplesmente aquilo que está presente na cena; a “forma visível” do local oculta às relações distanciadas que determinam sua natureza." [14]

O filme, contudo, não aponta como positivo as mudanças geradas com o advento dessa nova era. Apesar da funcionalidade que vem com esse período, onde as informações são transmitidas rapidamente e distâncias são diminuídas, Gustavo Taretto leva nossos olhos ao caos em que está se transformando as grandes metrópoles, desde os espaços urbanos às relações sociais.

6. Considerações Finais

Pode-se iniciar o fechamento dessas questões analisando, somado ao que já foi dito, interpretações de alguns teóricos a respeito dessa era digital. Torello [15] diz que as inovações são determinantes nas mudanças culturais e sociais rápidas e que por consequência dessa velocidade o indivíduo não a consegue assimilar e assim iniciam os desequilíbrios que serão contínuos. Segundo o mesmo, o curto tempo para assimilação não é suficiente para que a sociedade sedimente os novos valores da cultura.

"As novidades não são devidamente processadas, não há o tempo para relacioná-las às referências éticas, culturais, científicas, filosóficas, enfim, ao universo simbólico, – o que gera a perda dessas referências, isto é, tornam-se obsoletas bem antes de se constituírem guias para o sujeito." [16]

Observando isso podemos reanalisar a primeira questão levantada pelo filme Medianeras, por Martín que uso de introdução ao ensaio, onde o personagem culpa os arquitetos e incorporadores por vários problemas sociais acometidos às pessoas que vivenciam o tecido urbano das novas metrópoles. Porém, entendendo a cidade como um organismo vivo e dinâmico, que se move de acordo com fluxos matérias e sociais que a vivenciam, como somente culpar os arquitetos e incorporadores? Sendo a co-presença o que caracteriza a vida urbana, cada elemento desse tecido influencia o outro mutuamente, sendo o mesmo o reflexo de uma geração cibernética, que tem sede de informação rápida e, muitas vezes, ilusória, mas que já está sofrendo as consequências negativas desse processo.

Segundo Hall [17] em seu livro A identidade cultural na pós-modernidade alguns teóricos já argumentavam que o efeito de processos de globalização já eram de “enfraquecer ou solapar formas nacionais de identidade cultural. [...] Colocadas acima do nível da cultura nacional, as identificações “globais” começam a deslocar e, algumas vezes, a apagar as identidades nacionais”. Ainda para Hall,

"Quanto mais a vida social se torna mediada pelo mercado global de estilos, lugares e imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens da mídia e pelos sistemas de comunicação globalmente interligados, mais as identidades se tornam desvinculadas – desalojadas – de tempos, lugares, histórias e tradições específicas e parecem 'flutuar livremente'."[18]

Identidades livres, mas que escondem e se perde em meio ao caos urbano, como Wally no jogo.

NOTAS
[1] (SOUSA, 2011, apud CANCLINI, 1997).
[2] ROCHA
[3] MARTÍN- BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2002.
[4] LEMOS, André. Cibercidades: um modelo de inteligência coletiva. In: LEMOS, André (org.). Cibercidade: A cidade na cibercultura. Rio de Janeiro, 2004.
[5] LEMOS, André. Cibercidades: um modelo de inteligência coletiva. In: LEMOS, André (org.). Cibercidade: A cidade na cibercultura. Rio de Janeiro, 2004. p. 20.
[6] MARTÍN- BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2002.
[7] MARTÍN- BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2002.
[8] TORELLO, G. O psiquiatra na Internet, um paradoxo? Psiquiatria na prática médica, Botucatu, jul. 2001. Disponível em: <http://www.unifesp.br> Acesso em: 9 abr. 2003.
[9] HARVEY, David. Condição Pós-Moderna, 1989.
[10] HARVEY, David. Condição Pós-Moderna, 1989. p. 240
[11] MARQUEZ, Gabriel García. Cem anos de solidão. Rio de Janeiro: Record, 2001.
[12] LIPOVETSKY, G. Os tempos hipermodernos. Tradução Mário Vilela. São Paulo: Barcarolla, 2004. p. 98.
[13] BAUMAN, Z. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de. Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004. p. 12.
[14] GIDDENS, Anthony. As conseqüências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1990. p. 18.      
[15] TORELLO, G. O psiquiatra na Internet, um paradoxo? Psiquiatria na prática médica, Botucatu, jul. 2001. Disponível em: <http://www.unifesp.br> Acesso em: 9 abr. 2003.
[16] BARRETO, Angela Maria. Informação e conhecimento na era digital. Campinas, 2005. p. 120.
[17] HALL, Stuart. A identidade cultural na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro, DP&A Editora, 1992.
[18] HALL, Stuart. A identidade cultural na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro, DP&A Editora, 1992. p. 75. 

REFERÊNCIAS
BARRENHA, Natáia. “Medianeras”. Entrevista com Gustavo Taretto. “Medianeras”. Revista Beta, Setembro 2011.
BARRETO, Angela Maria. Informação e conhecimento na era digital. Campinas, 2005.
BAUMAN, Z. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de. Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.
CANEVACCI, Massimo. A cidade Polifônica: ensaios sobre a antropologia da comunicação urbana. São Paulo: Studio Nobel, 2004.
GIDDENS, Anthony. As conseqüências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1990.
HALL, Stuart. A identidade cultural na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro, DP&A Editora, 1992.
HARVEY, David. Condição Pós-Moderna, 1989.
LEMOS, André. Cibercidades: um modelo de inteligência coletiva. In: LEMOS, André (org.). Cibercidade: A cidade na cibercultura. Rio de Janeiro, 2004.
LIPOVETSKY, G. Os tempos hipermodernos. Tradução Mário Vilela. São Paulo: Barcarolla, 2004b.
MARQUEZ, Gabriel García. Cem anos de solidão. Rio de Janeiro: Record, 2001.
MARTÍN- BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2002a.
MOURA, Vanessa Paula Trigueiro. Comunicação, espaços urbanos e relações contemporâneas no filme Medianeras: Buenos Aires na era do amor virtual. Foz do Iguaçu – PR, 2014.
PEREIRA, Layne do Amaral. PERET, Luiz Eduardo. SOUSA, Mônica. et. al. Olhares Urbanos. Estudos sobre a metrópole comunicacional, 2011.
PRYSTHON, Angela; CUNHA, Paulo. Ecos urbanos: a cidade e suas articulações midiáticas. Porto Alegre: Sulinas, 2008.
PRYSTHON, Angela. Imagens da cidade: espaços urbanos na comunicação e na cultura contemporâneas. Porto Alegre: Sulinas, 2006.
TARETTO, Gustavo. Medianeras: Buenos Aires em la era del amor virtual. Argentina, 2011.
TORELLO, G. O psiquiatra na Internet, um paradoxo? Psiquiatria na prática médica, Botucatu, jul. 2001. Disponível em: <http://www.unifesp.br> Acesso em: 9 abr. 2003.

Bruna Borges Duarte é acadêmica de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Estadual de Goiás. 

Ademir Luiz da Silva é doutor em História pela UFG e professor da graduação (História e Arquitetura e Urbanismo) e pós-graduação da UEG. Pós-doutor em Poéticas Visuais e Processos de Criação. 

Sobre este autor
Cita: Bruna Borges Duarte e Ademir Luiz da Silva. "Cidades digitais: A metrópole contemporânea em Medianeras / Bruna Borges Duarte & Ademir Luiz da Silva" 29 Abr 2016. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/786492/cidades-digitais-a-metropole-contemporanea-em-medianeras-bruna-borges-duarte-and-ademir-luiz-da-silva> ISSN 0719-8906

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