Casa da Música / OMA

Casa da Música / OMA - Mais Imagens+ 45

  • Arquitetos: OMA; OMA
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  22000
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2005
  • Fotógrafo
    Fotografias:Philippe Ruault
  • Fabricantes Marcas com produtos usados neste projeto de arquitetura
    Fabricantes:  Cricursa, Danpal, Jofebar, Viúva Lamego, thyssenkrupp
  • Equipe Do Concurso: Rem Koolhaas, Fernando Romero Havaux, Isabel Silva, Barbara Wolff, Uwe Herlijn
  • Equipe Do Projeto: Isabel Silva, Uwe Herlijn, Nuno Rosado, Robert Choeff, Barbara Wolff, Stephan Griek, Govert Gerritsen, Saskia Simon, Thomas Duda, Christian von der Muelde, Rita Amado, Philip Koenen, Peter Müller, Krystian Keck, Eduarda Lima, Christoff Scholl, Alex de Jong, Alois Zierl, Olaf Hitz, Jorge Toscano, Duarte Santos, Nelson Carvalho, Stefanie Wandinger, Catarina Canas, Shadi Rahbaran, Chris van Duijn, Maria Baptista, André Cardoso, Paulo Costa, Ana Jacinto, Fabienne Louyot, Nicolas Firket, Christina Beaumont, Anna Little
  • Arquitetos Locais: ANC Architects, Jorge Carvalho, Teresa Novais
  • Ers – Afassociados | Coordination: Cecil Balmond, Rory McGowan (Arup) – Rui Furtado, Marco Carvalho (Afa)
  • Ove Arup & Partners – Afassociados | Estrutura: Arup London / AFA Lda, Cecil Balmond, Rory McGowan, Asim Gaba, Toby Maclean, Andrew Minson, Rui Furtado, Rui Oliveira, Pedro Moás, Sérgio Vale, Sara Caetano, Jorge Carneiro, Filipe Ferreira, Diogo Vasconcelos
  • Ove Arup & Partners – Afassociados | Serviços: Arup London / AFA Lda/RGA, Tim Thornton, Stefan Waldhauser, Dane Green, Dorothee Richter, António José Rodrigues Gomes, Joaquim Viseu, Luís Graça, Paulo Silva, Pedro Albuquerque, Isabel Sarmento, Estevão Santana.
  • Ove Arup & Partners – Afassociados | Prevenção De Incêndios: Arup fire, George Faller
  • Code Consultancy: Code Consultancy
  • Acústica: TNO Eindhoven and Dorsser Blesgraaf, Renz van Luxemburg, Theo Raijmakers
  • Interiores, Cortinas: Inside Outside, Petra Blaisse, Peter Niessen, Marieke van den Heuvel, Mathias Lehner
  • Cenografia: Ducks Scéno, Michel Cova, Stephan Abromeit, Aldo de Sousa
  • Fachada: Robert Jan van Santen; ARUP facades
  • Vidro Curvo Da Fachada: ABT Arnhem (NL), Rob Nijsse Auditorium
  • Cadeiras: Maarten van Severen
  • Mobiliário Dos Foyers: Daciano da Costa, António Sena da Silva, Leonor Álvares de Oliveira, Fernando Távora
  • Autores: Rem Koolhaas e Ellen van Loon
  • Colaboradores: Adrianne Fisher, Michelle Howard
  • Cidade: Porto
  • País: Portugal
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© Philippe Ruault

Descrição enviada pela equipe de projeto. Durante os últimos trina anos houveram tentativas frenéticas por parte dos arquitetos para escapar da forma da "caixa de sapatos", que caracterizam os projetos de salas de concertos. Ao invés de lutar contra a superioridade acústica desta forma tradicional, a Casa da Música tenta revigorar a sala de concertos tradicional de outra forma: através da redefinição da relação entre o interior e exterior.

A Casa da Música, a sede da Orquestra Nacional do Porto, está em uma nova praça pública na histórica Rotunda da Boavista. Tem uma distinta forma facetada, feita de concreto branco, que permanece sólida e crível em uma época de muitos ícones. No interior, é construído o Grande Auditório de 1300 lugares, como a tradicional caixa de sapatos. As fachadas de vidro ondulado em cada extremidade se abrem ao hall de concertos e à cidade, convertendo Porto num dramático plano de fundo. A Casa da Música revela seu programa sem a necessidade de ser didática; ao mesmo tempo, projeta uma nova luz sobre a cidade.

© OMA

Implantar a Casa da Música foi fundamental para o desenvolvimento do pensamento do OMA; optamos por não construir a nova sala de concertos no anel de edifícios antigos que definem a Rotunda, mas sim criar um edifício solitário,recuado, sobre um plateau de travertino frente ao parque da Rotunda, vizinha de uma área da classe operária. Com este conceito, as questões de simbolismo, visibilidade e acesso foram resolvidos em apenas um gesto.

Corte BB © OMA
© Philippe Ruault
Corte AA © OMA

Assim como o Grande Auditório, concebido como um simples volume escavado de um extremo ao outro a partir da forma sólida do edifício, a Casa da Música também contém um espaço menor para performances - mais flexível e sem assentos fixos -, dez salas de ensaio, estúdios de gravação, uma área educacional, um restaurante, esplanada, bares, uma sala VIP, áreas de administração e um estacionamento subterrâneo para 600 veículos.

© OMA

O uso inovador de materiais e cores por toda a obra foi outro imperativo: assim como as cortinas de vidro em cada extremidade do Grande Auditório, as paredes são revestidas de madeira compensada, sendo que suas nervuras possuem relevos dourados, gerando uma dramática perspectiva. A área VIP tem azulejos pintados à mão que retratam uma cena pastoral tradicional, enquanto o terraço é padronizado com um padrão geométrico de azulejos brancos e pretos; os pisos em áreas públicas são, por vezes, pavimentados em alumínio.

© OMA

Como decisão de projeto, não existe nenhum grande foyer central; ao invés disso, há uma rota pública contínua que liga os espaços em torno do Grande Auditório, por meio de escadas, plataformas e escadas rolantes. O edifício se torna uma aventura arquitetônica.

Após Porto ser escolhida uma das duas capitais culturais da Europa em 2001, o Ministro da Cultura e da cidade de Porto fundaram a Porto 2001, uma organização que promoveu e realizou diferentes intervenções urbanas e culturais para a cidade. Neste contexto cinco estúdios internacionais de arquitetura, entre os quais estava o OMA, foram convidados a participar de um concurso restrito para uma nova sala de concertos no centro histórico do Porto, na Rotunda da Boavista.

© Philippe Ruault

Urbanismo

Uma vez que esta parte do Porto ainda era uma cidade "intacta", o OMA escolheu não articular a nova sala de concertos como segmento de uma pequena parede circular em torno da Rotunda da Boavista, senão conceber um edifício solitário sobre a nova, e mais íntima, praça ligada ao parque histórico da Rotunda da Boavista e fechada por três quadras urbanas. Com este conceito, as questões de simbolismo, visibilidade e acesso foram resolvidos em apenas um gesto.

Implantação © OMA

Através da continuidade e contraste, o parque na Rotunda da Boavista, após nossa intervenção, deixou de ser uma mera ligação entre a cidade antiga e nova e tornou-se um encontro positivo de dois modelos diferentes da cidade.

© Philippe Ruault

Acústica

Este século foi testemunho de uma tentativa arquitetonicamente frenética para escapar da tirania da notória "caixa de sapato" na tipologia das salas de concertos. No entanto, depois de pesquisar a qualidade acústica das salas de concerto existentes, concluímos com nosso especialista em acústica que as melhores salas do mundo têm a forma de caixa de sapato. Isso nos deixou com a pergunta: Onde podemos inovar no caso de uma tipologia tradicional como a sala de concertos?

© Philippe Ruault

Conceito arquitetônico

A maioria das instituições culturais servem apenas para uma parte da população. Assim, a maioria das pessoas sabe a sua forma exterior, no entanto apenas uma minoria sabe o que acontece lá dentro. O OMA abordou a relação existente entre a sala de concertos e o público, tanto dentro como fora do edifício, considerando o edifício como uma massa sólida a partir da qual foram eliminadas as duas salas de concerto em forma de caixa de sapatos e todo o restante do programa público através da criação de um bloco escavado. O edifício revela seu conteúdo para a cidade sem a necessidade de ser didático; ao mesmo tempo a cidade é exposta ao público no interior de um modo sem precedentes.

© Philippe Ruault

Os "espaços resultantes" entre os programas públicos já expostos consistem em espaços secundários, como foyers, restaurante, terraços, espaços técnicos e de transporte vertical. Uma rota pública contínua conecta todas as funções públicas e estes ambientes localizados ao redor do Grande Auditório. Este "laço" cria a possibilidade de utilização do edifício para festivais com performances simultâneas; uma verdadeira Casa da Música.

Planta - Nível 01 © OMA
© Philippe Ruault
Planta - Nível 03 © OMA

O edifício oferece uma grande quantidade de salas de ensaio, salas de solistas, vestiários para abrigar a Orquestra Filarmônica do Porto e também dispõe de instalações adicionais para artistas externos e convidados. Na fase projetual, pesquisamos novos materiais e novas aplicações para materiais existentes exclusivamente portugueses para a Casa da Música, tais como o vidro ondulado para as janelas do Auditório, diferentes revestimentos utilizados para distintas salas, cadeiras, o acabamento do forro e das paredes do Grande Auditório.

© Philippe Ruault

Estrutura

A Casa da Música é visualmente e espacialmente definida por seu impressionante exterior facetado a partir do qual seus espaços interiores convencionais foram extraídos. A grossa e facetada casca do edifício de 400 mm e as duas paredes de 1 m de espessura do auditório principal são o sistema principal de carga e estabilidade para o edifício. As paredes do auditório agem como diafragmas internos que amarram o volume externo na direção longitudinal. Arup e OMA pesquisaram a mistura de concreto para fachadas externas.

© Philippe Ruault

Galeria do Projeto

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Localização do Projeto

Endereço:Avenida da Boavista 604, 4050-104 Porto, Portugal

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Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Sobre este escritório
Escritório
Cita: "Casa da Música / OMA" [Casa da Musica / OMA] 15 Abr 2014. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/765378/casa-da-musica-oma> ISSN 0719-8906

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