Hackeando a Bienal: "Project Source Code" usa realidade aumentada para criar uma exposição invisível

Este ano na Bienal de Veneza, nem todas as exposições são visíveis. O escritório Ozel Office, de Los Angeles, "hackeou" a Bienal com a ajuda de outros grandes escritórios: Asymptote Architecture, Greg Lynn Form, Neil M. Denari Architects, Murmur, e Oosterhuis Lenard. Juntas, essas firmas criaram um subversivo anexo digital à Bienal, acessível apenas através de um portal virtual que revela um mundo de modelos flutuantes e objetos em movimento ativados por elementos físicos do pavilhão central, que tem curadoria do próprio Koolhaas.

Saiba mais sobre esse exposição, a seguir.

Hackeando a Bienal: Project Source Code usa realidade aumentada para criar uma exposição invisível - Mais Imagens+ 2

Cortesia de Ozel Office

Cobertura, escada, forro, aquecimento.... digital? Segundo a descrição do "Project Source Code", o único aspecto ausente na compilação de Koolhaas os elementos básicos da arquitetura é a esfera da inovação e evolução digital - o aspecto mais importante, segundo o criado do projeto, Guvenc Ozel. "Os arquitetos parecem ser os únicos artistas trabalhando no meio digital que não compartilham arquivos com seus colegas do mesmo modo como outras disciplinas fazem, como a música eletrônica, arte digital e outras semelhantes", diz ele.

Corrugated Duct House, Neil M. Denari Architects. Cortesia de Ozel Office

Biennale Hacked é um ambiente de realidade virtual povoado por modelos arquitetônicos disponibilizados pelos próprios arquitetos como um ato de rebelião participativa. O projeto virtual serve como um lembrete da falha na tentativa de Koolhaas de explorar a "arquitetura sem arquitetos", um campo indubitavelmente moldado por seus profissionais. "A ausência de arquitetos e seus métodos de trabalho resulta na ausência de arquitetura" diz Guvenc. "Não há mais diferença entre informação e representação", afirma a descrição do projeto, acrescentando que a "realidade é agora construída comumente através da síntese do físico e do virtual."

Virtual Trading Floor, Asymptote Architecture. Cortesia de Ozel Office

Qualquer pessoa pode "hackear" a bienal através de seu smartphone, basta baixar o aplicativo Augment e ativá-lo na exposição. Uma vez dentro do pavilhão central, os visitantes podem usar o aplicativo para escanear a exposição, detectando alguns "rastreadores" - elementos da exposição física - que mostram alguma animação assim que descobertos pelo aplicativo. Repentinamente, imagens e modelos 3D aparecerão na tela de cada dispositivo. Os escritórios participantes compartilharam projetos que complementam digitalmente os elementos básicos da exposição de Koolhaas.

The VW Beetle Shell, 1967, and The Utah Teapot, 1975, Ivan Sutherland and Martin Newell. Cortesia de Ozel Office

A retaliação de Guvenc contra a Bienal é indicativa de um claro desgosto pela exclusão dos arquitetos e da tecnologia da exposição central. Biennale Hacked representa uma parceria de arquitetos buscando trazer de volta a democracia para o processo arquitetônico através de uma inclusão "ilegal" de projetos não aprovados. Saiba mais sobre a exposição Biennale Hacked aqui.

Saltwater Pavilion, 1997, Oosterhuis Lenard. Cortesia de Ozel Office

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Sobre este autor
Cita: MacLeod, Finn. "Hackeando a Bienal: "Project Source Code" usa realidade aumentada para criar uma exposição invisível" [Hacking the Biennale: "Project Source Code" Uses Augmented Reality to Stage a Rebel Exhibition] 05 Out 2014. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/628170/hackeando-a-bienal-project-source-code-usa-realidade-aumentada-para-criar-uma-exposicao-invisivel> ISSN 0719-8906

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