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Arquitetos: TEGET
- Área: 3918 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Egemen Karakaya
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto do Centro de Visitantes de Çatalhöyük está situado entre os montes oriental e ocidental de Çatalhöyük, uma cidade antiga com vestígios que remontam ao 8º milênio a.C., sendo reconhecida como uma das mais antigas ocupações humanas. Localizado a 10 km a leste do distrito de Çumra, em Konya, atualmente, a área encontra-se em meio a vastos campos que se estendem como um grande tapete, pontuados irregularmente por pequenas aldeias. As escavações arqueológicas, que começaram na década de 1960 com grande intensidade no monte oriental, têm sido apoiadas por casas de escavação compostas por um grupo de edifícios desde a década de 1980, localizadas onde o monte oriental se aplaina, abrangendo uma área ampla.
Da mesma forma, a estrutura fragmentada do campus do centro de visitantes é organizada em oposição à casa de escavação em forma de U; que um dia foi ativa do outro lado de um leito de rio seco, que outrora dava vida aos montes. O projeto, ao designar uma entrada e uma rota de passeio para os visitantes, abrange não apenas os restos arqueológicos, mas também as estruturas existentes no campo, a rota principal de acesso, que é a estrada de veículos, e o rio que outrora trouxe vida aos montes, considerando-os como organismos interconectados dentro de uma abordagem abrangente de assentamento. Os espaços são estruturados em torno desse princípio, com o objetivo principal do Centro de Visitantes de Çatalhöyük (ÇVC) de funcionar não apenas como um prédio de museu, mas também como uma espinha dorsal que organiza essas relações.
Çatalhöyük, com sua história milenar e riquezas subterrâneas, requer uma abordagem delicada ao planejar novas estruturas. Em contraste com a profundidade da memória coletiva de 9000 anos e a riqueza cultural preservada nos montes, optou-se por um sistema estrutural leve e discreto, minimizando o contato com o solo. Em uma região onde os materiais locais, especialmente os remanescentes antigos, são predominantemente de adobe, a escolha por estrutura de madeira não entra em competição com o existente, mas cria um contraste sutil com o ambiente circundante. A unidade principal, composta por elementos de construção como fundações, instalações, pisos, paredes e telhado, foi projetada levando em conta tanto o princípio de conservação quanto a estrutura tectônica. Além disso, o sistema de instalação oculto sob os edifícios, entre as fundações pontuais de concreto e os pisos de madeira, permite uma flexibilidade que se adapta à hierarquia e à geometria da unidade principal.
O ÇVC é composto por três edifícios agrupados em torno de um pátio triangular. O edifício em forma de U recebe os visitantes e os conduz ao pátio central, onde estão localizados escritórios administrativos, áreas de exposição e serviços relacionados. Ele inclui três tipos diferentes de espaços: salas de exposição, corredores de exposição e terraços. Outro destaque é uma torre de madeira com 22 metros de altura e seu terraço, que se destaca na paisagem anatólia, oferecendo uma vista panorâmica dos dois montes surgindo na vasta planície da bacia de Konya. O terceiro edifício, de frente para o pátio, abriga um salão multipropósito com capacidade para 100 pessoas, utilizado para discursos nacionais e internacionais, eventos e oficinas. Sua versatilidade, permitindo usos permanentes e temporários, contribui para a estrutura dinâmica do ÇVC.
A articulação do centro, lembrando um assentamento de vila, é evidenciada por espaços tanto fechados quanto abertos. Os terraços, jardins, pontes e o pátio central possuem uma estrutura que se integra harmoniosamente à vastidão silenciosa e à paisagem da Anatólia. Os materiais, texturas e plantas selecionados são uma extensão dessa harmonia. Os terraços, que conectam as três principais áreas do centro e continuam sob as coberturas de madeira, se transformam em duas pontes separadas para pedestres, alcançando os montes oriental e ocidental. As estruturas ao norte criam um espaço de entrada impressionante e um terraço de observação, enquanto o recuo para o sul estabelece uma relação delicada e modesta entre os visitantes e a antiga estrutura de Çatalhöyük.
