El Campo de Cebada / La ciudad situada

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  • Arquitetos: O Campo de Cebada; O Campo de Cebada
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  2800
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2010
  • Fotógrafo
    Fotografías:María Carmona, O Campo de Cebada
  • Promotor: El Campo de Cebada, FRAVM (Federação Regional das Associações de Vizinhos de Madrid, e AVECLA e a Prefeitura de Madrid (Participação cidadã + Junta do distrito centro)
  • Proprietário : Titular do solar é a Área do Governo de Economia, Fazenda e Administração Pública da Prefeitura de Madrid, que o cede temporariamente para a FRAVM
  • Orçamento: Auto gestão de vizinhos e participantes através do apoio de ações pontuais de diferentes procedências que permitem obter alguns recursos e apoios. Além de um única subsídio de 40.000 euros por parte da Prefeitura de Madrid. Mas, tanto a construção do espaço como a gestão e a manutenção do mesmo precisa de um orçamento maior que é muito dificilmente calculável.
  • Equipo De Projeto: Vizinhos e coletivos que a usam diariamente
  • Cidade: Madrid
  • País: Espanha
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© El Campo de Cebada

El Campo de Cebada é um rincão especial do centro de Madrid situado na plaza de La Latina. Nasce do vazio urbano gerado pela demolição do poli esportivo de La Latina e e foi possível graças a vontade e a iniciativa dos vizinhos que lutam para conservar este espaço para a comunidade. Este aspecto o leva ao particular modo de gestão que acontece atualmente no solar, de maneira aberta, intensa e participativa. Trata-se de um espaço que está sendo transformado por uma ação conjunta de vizinhos, arquitetos, agentes culturais, associações de vizinhos e administração, tentando incluir o maior número de agentes que tentam construir uma ação propositiva, olhando para o futuro onde distintos profissionais, incluindo arquitetos, voltam a desempenhar papéis relevantes à serviço da sociedade.

© El Campo de Cebada

El Campo de Cebada é uma praça compartilhada, um pedacinho de cidade que está desenhando a si mesmo, aproveitando um momento e uma situação muito relevante da história de Madrid, que chegou a converter-se em um dos exemplos mais representativos da nova era que se preparava para a cidade, na qual ao mesmo tempo que as instituições se esvaziam os cidadãos se fazem mais fortes. A quebra, por falta de fundos na prefeitura, do projeto que se planejava para substituir o antigo equipamento era um sintoma da complicada situação a qual se dirigia o país e que na la Cebada, longe de derivar em um novo caso de esquecimento e abandono do solar, os cidadãos souberam fazer frente, negando-se a resignarem-se a perda de seu espaço com uma admirável mostra de tenacidade, esforço e compromisso que os levou inclusive a conseguir a cedência do solar até que o novo poli esportivo seja construído.

© El Campo de Cebada

El Campo de Cebada se converte assim em uma alternativa visionária e pioneira das novas dinâmicas que começam a ocorrer na cidade, segundo as quais os cidadãos se convertem em agentes ativos e propositivos que projetam e constroem seu próprio entorno como resposta as barreiras e a maneira estática como se comportam as instituições atualmente reguladoras do espaço urbano que, paradoxalmente, são as  que se encontram mais distantes da verdadeira vida dos bairros, o que inevitavelmente as leva a errar nos processos e projetos destes espaços tão valiosos para os cidadãos.

© El Campo de Cebada

Los cebadores resumem o projeto em 20 pontos que explicam sua natureza e permitem extrair as chaves para um modelo com vocação de ser replicável e melhorado.

01. Reabilitação da ciudade. El Campo de Cebada nasce como reação propositiva, projetando e construindo propostas que permitam repensar e reabilitar o modelo de cidade.

02. Necessidade de habitar o conflito. El Campo de Cebada nasce de uma controvérsia e da gestão que se faz dela sem tentar simplifica-la. Frente a eliminação dos conflitos, propomos habita-los.

03. Mind the gap. La Cebada busca construir mecanismos de gestão que permitam incluir ao maior número de agentes possíveis nas tomadas de decisões.

04. Colocar portas para o campo. El Campo de Cebada se entende como um espaço público complexo. Projetamos processos abertos que permitam trabalhar com essa complexidade.

05. Plaza equipada. Autonomia cidadã. El Campo de Cebada se entende como uma infra estrutura cidadã aberta. Permite o acesso à água e luz, mas também a armazenagem, espaço, ferramentas e instalações.

06. Cidade Híbrida. Cidade transmidiática e multi-formato. O contexto digital permite construir também espaços públicos que favorecem a comunicação, participação e também a gestão e financiamento.

07. Espaço crítico participado. Empoderamento cidadão em uma plaza que permite ser transformada a raiz por processos bottom-up, onde cabem evoluções não planificadas.

08. Urbanismo eventual. Contemplar a cidade como o grande contentor de práticas culturais, e essas práticas como ativadores de relações sociais de empoderamento cidadão.

09. El Campo de Cebada nunca foi inaugurado. E nunca se vai dar por concluído. Se propõem processos de transformação que contemplem outras margens temporais.

10. Commons Sense. Recuperação, na vida cotidiana, das regulações qualitativas do sentido comum e da escala de bairro.

11. Cidade Open Source. Uma plaza com instruções de montagem com licenças Creative Commons e com o código aberto, evolucionável e replicável.

12. Hand Made Urbanismo. Construção do espaço através de processos diretos e entornos pedagógicos.

13. Transparência e Open data. Comunicação explícita e transparente de todos os processos que sucedem e de como sucedem no Campo de Cebada.

14. Novas Governanças. Espaço de interlocução da cidadania com a administração que facilita a construção participativa da cidade.

15. Revisão das autorias. O autor do El Campo de Cebada, é o próprio Campo de Cebada.

16. Infra estrutura para o resto da cidade. El Campo de Cebada se converte em um espaço útil para alavancar possíveis novos processos em distintas partes da cidade.

17. Mobiliário na medida para o cidadão/cuidador. Projetando suportes para novas formas de utilizar a cidade e permitindo estabelecer papéis cidadãos baseados no cuidado do meio urbano.

18. Otimização dos recursos materiais. La cebada permite planificar a cidade otimizando ao máximo os recursos através de políticas de segundas vidas.

19. Os novos contratos do arquiteto. Novos espaços de participação arquitetônica que transformam colaborativamente a cidade, arquitetos como projetistas de serviços e não somente de produtos.

20. Ferramenta auto-falante. Espaço de construção de redes em contextos internos e externos que permitem amplificar as opiniões cidadãs para capacitar sua escuta.

© María Carmona

El Campo de Cebada é um desses lugares onde levar os amigos e visitas quando queres ensinar coisas incríveis que acontecem na cidade, que te fazem sentir-se orgulhoso com se fosses parte dele porque El Campo de Cebada é na medida em que os vizinhos o desfrutam, o cuidam e fazem seu. No "la Cebada" há lugar para todos. Para os próprios vizinhos do bairro e para os que cruzam a cidade inteira somente para desfrutar de uma tarde na companhia de amigos acomodados nos mobiliários projetados e fabricados nas famosas oficinas que aqui acontecem, entretidos vendo jogarem basquete na quadra central, vendo um acontecimento teatral das arquibancadas ou curtindo os pomares. La Cebada é um desses escassos logradouros urbanos que consegue que tu te sintas parte de uma equipe, de um lugar e de um momento.

© El Campo de Cebada

Galeria do Projeto

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Localização do Projeto

Endereço:Plaza de La Cebada, La Latina, Madrid, Espanha

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Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Sobre este escritório
Cita: "El Campo de Cebada / La ciudad situada " [El Campo de Cebada / La ciudad situada ] 23 Ago 2013. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-136323/el-campo-de-cebada-slash-la-ciudad-situada> ISSN 0719-8906

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