O futuro incerto do "Dream Hub" da Coréia do Sul

Block H; Cortesia de Kohn Pedersen Fox Associates

De acordo com a Business Insider e várias outras incorporadoras imobiliárias, o projeto "Dream Hub" na Coréia do Sul, que atraiu projetos de arquitetos de renome internacional como Daniel Libeskind - que concebeu o masterplan - MVRDV, Dominique Perrault, BIG, REX, KPF e Tange Associates, está à beira de um colapso. A Yongsan Development Corporation citou as dificuldades em se arrecadar fundos desde a crise mundial do mercado imobiliário em 2008. O colapso do projeto não passa, por enquanto, de especulação, pois ainda é incerto como se dará a próxima rodada de empréstimos em junho.

O empreendimento imobiliário de $ 28 bilhões deveria se desenvolver em uma área de 56 acres no centro de Seul, em um distrito empresarial moderno. No projeto estão incluídos shoppings centers, hotéis, lojas de departamento, edifícios de apartamentos e torres de escritórios e de uso misto. Saiba mais sobre o projeto na seqüência.

The Harmony Tower; © Studio Daniel Libeskind

A Harmony Tower, projetada por Daniel Libeskind -  que também concebeu o masterplan do empreendimento - é uma torre de 46 pavimentos dedicada a escritórios inspirada nas luminárias de papel coreanas. As fecetas da fachada do edifício refletem o céu e a terra de modo dinâmico. A torre se abre no térreo, criando uma ampla praça para pedestres. Ela também apresenta jardins de inverno em suas fachadas sul e oeste, proporcionando ventilação natural e locais para descanso e contemplação com pé-direito elevado. O jardim também funciona reduzindo o ganho de calor e melhorando a eficiência energética do edifício.

The Dancing Towers; © Studio Daniel Libeskind

As Dancing Towers, também de Libeskind, são um trio de edifícios residenciais de 41 pavimentos que abrigam lojas, estacionamentos e salas comerciais em seus térreos. O projeto das torres é inspirado em uma dança coreana budista chamada SeungMoo. Rotações sutis na estrutura externa e nos panos de vidro da fachada causam a impressão de movimento. A estrutura é composta por um núcleo central de concreto e paredes alternadas em balanço que suportam o edifício; a ausência de colunas permite que as torres se "torçam".

The Cloud / MVRDV; © Luxigon

O escritório MVRDV propôs duas torres de residencias de luxo, The Cloud, que se conectam em seus centros por uma nuvem pixelada que abriga outros programas. Esta nuvem é acessível a todos os moradores e apresenta equipamentos coletivos e espaços externos que criam um ambiente de vizinhança. Assim que foi lançado, o projeto foi alvo de críticas e controvérsias devido à uma possível semelhança com as torres do World Trade Center no momento que que foram atingidas pelos ataques terroristas em 11 de setembro de 2001. O MVRDV se desculpou, dizendo que não tinham a intenção de provocar o público, e que a inspiração do projeto não tinha nada a ver com os atentados, mas sim com uma "nuvem real".

The Blade © DPA / Adagp

The Blade, do arquiteto francês Dominique Perrault, é uma torre de uso misto cuja projeção losangonal dá ao edifício uma silhueta única. A fachada é uma pele texturizada e facetada que reflete uma vista multi-facetada o skyline de Seul. A torre inclui lojas, escritórios, e saguões de várias alturas por todo o edifício. The Blade apresenta uma série de estratégias de sustentabilidade e redução do consumo de energia que variam desde a utilização de coberturas verdes e utilização de energia renovável até o gerenciamento de resíduos e utilização eficiente de recursos.

Cross # Towers / BIG

O Cross # Towers é um empreendimento residencial projetado pelo escritório BIG. Trata-se de duas torres conectadas por faixas horizontais que funcionam como pontes públicas entre as duas torres. As pontes apresentam projetos paisagístico e são equipadas por uma variedade de atividades freqüentemente restritas ao solo. As coberturas foram concebidas como jardins tradicionais que proporcionam interações entre os residentes e flexibilidade para uso público.

Pentominium / Murphy/Jahn

A Pentominium Tower, projetada por Murphy/Jahn, abrigará unidades de alto padrão em duas torres unificadas por uma estrutura treliçada de aço e vidro. Grandes aberturas de vidro nos apartamentos, do chão ao teto, proporcionam visuais para a cidade, enquanto que uma segunda estrutura metálica proporciona uma espécie de tela móvel que permite aos residentes fecharem as aberturas, caso queiram sombreamento ou privacidade. Os 8 pavimentos mais baixos são reservados a escritórios e lojas.

YIBD Block C1-20 © Tange Associates

A C1-20 Tower, de Tange Associates, é um edifício de uso misto de 25 pavimentos que compreende instituições educacionais, um "pavimento sinergético" para eventos e exibições, uma academia que ocupa três pavimentos, diversas sedes regionais de companhias internacionais, espaços para clínicas privadas e um restaurante 3 estrelas que se abre para os terraços na cobertura. A fachada facetada única deste edifício se transforma em um painel midiático que pode ser programado para mostrar obras de arte digitais, contribuindo para a identidade do Dream Hub.

YIBD Project 6 / REX; © Luxigon

O REX concebeu o Project R6 como uma residência urbana para pessoas que estão trabalharão por um curto período de tempo em empresas e escritórios. Para compensar o tamanho reduzido das unidades, o edifício conta com uma variedade de usos coletivos e apresenta generosas vitas para a cidade. O edifício é dividido em blocos horizontais deslocados que criam terraços coletivos.

Block H; Cortesia de Kohn Pedersen Fox Associates

O KPF's Block H consiste em um hotel de luxo 5 estrelas e edifício residencial de alto padrão. O projeto incorpora a paisagem urbana e outros programas nos níveis mais baixos, criando uma ligação com a rua. A torre contem um cassino, lojas, e um spa no térreo, além de um grande hall para o hotél.

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Sobre este autor
Cita: Vinnitskaya, Irina. "O futuro incerto do "Dream Hub" da Coréia do Sul" [The Uncertain Future of Seoul, Korea's "Dream Hub" ] 10 Mai 2013. ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-112870/o-futuro-incerto-do-dream-hub-da-coreia-do-sul> ISSN 0719-8906

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